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Sprints 2030
Governos, OIs, fundações e fundos ampliam o apoio integrado à maternidade e à primeira infância para famílias em situação de pobreza
MDS / Divulgação
Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2024. Um grupo de governos, fundos e organizações internacionais está avançando com compromissos que visam alcançar mais de 200 milhões de crianças e mulheres em todo o mundo por meio de programas de apoio materno e à primeira infância.
O impulso para intervenções integradas de apoio à maternidade e à primeira infância antecede o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, previsto para o dia 18 de novembro na Cúpula de Líderes do G20 – uma iniciativa impulsionada pelo G20 sob a presidência do Brasil, que visa apoiar a adoção de políticas e programas nacionais baseados em evidências, beneficiando os mais pobres e vulneráveis. O Mecanismo de Apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza auxiliará no acompanhamento dos compromissos anunciados e nos esforços de coordenação.
Os governos estão intensificando esforços para ampliar o alcance dos programas em questão. Entre as medidas anunciadas estão:
- A integração do programa de Primeira Infância de Moçambique ao sistema de atenção primária à saúde, que será expandido de duas províncias para todo o país até 2030;
- O Programa de Visitação Domiciliar de Primeira Infância do Brasil, que planeja ampliar seu alcance para mais 300.000 crianças de 0 a 6 anos e 25.000 gestantes;
- O governo Palestino fornecerá serviços essenciais de emergência para 155.000 gestantes e mães em fase de amamentação, bem como serviços de saúde e sociais para aproximadamente 10.000 crianças pequenas que perderam seus cuidadores;
- Angola quase duplicará o número de crianças de 0 a 2 anos que recebem apoio nutricional até 2030;
- O objetivo do Paraguai é criar 165 novos centros dedicados às famílias para atender mais de 450.000 crianças, buscando alcançar cobertura nacional de forma incremental;
- A Tanzânia expandirá seus serviços de desenvolvimento da primeira infância para todo o país, assegurando o acesso universal a serviços de qualidade em educação precoce, saúde, nutrição e proteção social até 2030;
- Bangladesh alcançará cerca de 6 milhões de gestantes, especialmente aquelas em áreas de difícil acesso, com serviços de nutrição;
- Madagascar visa acelerar a redução da mortalidade materna e neonatal, assim como reduzir a prevalência de desnutrição crônica em crianças menores de 5 anos.
Uma lista completa de anúncios específicos e compromissos dos participantes pode ser encontrada no final deste documento.
Motivação para a ação. Essas intervenções coordenadas e lideradas pelos governos podem incluir: prevenção, transferências sociais com benefícios em dinheiro para famílias com gestantes, recém-nascidos ou crianças pequenas; cuidados infantis e acesso ampliado à educação pré-escolar; visitas domiciliares e outras formas de informação, aconselhamento e apoio; promoção do aleitamento materno e dietas saudáveis na primeira infância, incluindo acesso a suplementos alimentares e micronutrientes adequados; serviços de saúde essenciais para gestantes e crianças pequenas em comunidades pobres e vulneráveis; e detecção precoce e manejo de casos de desnutrição aguda infantil.
Uma nutrição adequada nos primeiros dias de vida de uma criança é fundamental. “A nutrição é o combustível essencial para a primeira infância, permitindo que crianças cresçam, adultos trabalhem e comunidades prosperem. No entanto, todos os países do planeta são afetados pela desnutrição de alguma forma, e 2,8 bilhões de pessoas não conseguem arcar com o custo de uma alimentação saudável. A Aliança Global é uma oportunidade crucial para impulsionar nosso progresso conjunto enquanto trabalhamos para acabar com todas as formas de desnutrição e fome", disse a Diretora Executiva do WFP, Cindy McCain.
“Houve um progresso importante na redução da desnutrição infantil em um terço nas últimas duas décadas, o que se traduz em 55 milhões de crianças a menos com problemas de crescimento. No entanto, em todo o mundo, cerca de 150 milhões de crianças menores de cinco anos não recebem nutrição, estímulo e cuidados adequados para crescer e desenvolver seu pleno potencial. A falta de uma boa base na infância perpetua ciclos de desnutrição, pobreza e desvantagens que atravessam gerações, comprometendo a estabilidade e a prosperidade das nações”, afirmou a Diretora Regional da UNICEF para a América Latina e o Caribe, Karin Hulshof.
The UK’s Development Minister Anneliese Dodds said: “It is unacceptable that today, over 45 million children suffer from wasting- the deadliest form of malnutrition. Hunger and poverty cannot be tackled without investing in the nutrition of mothers, infants and young children. We must scale up treatment and fund measures that prevent wasting, especially in the communities that are being hit the hardest by hunger.”
A Ministra de Desenvolvimento do Reino Unido, Anneliese Dodds, declarou: “É inaceitável que hoje mais de 45 milhões de crianças sofram de desnutrição aguda - a forma mais letal de desnutrição. Não podemos combater a fome e a pobreza sem investir na nutrição de mães, bebês e crianças pequenas. Precisamos ampliar o tratamento e financiar medidas que previnam a desnutrição aguda, especialmente nas comunidades mais afetadas pela fome.”
Além das intervenções nutricionais, a implementação de visitas domiciliares, auxílios, vacinação e outros programas e serviços públicos para apoiar crianças vulneráveis e suas famílias também é fundamental. Anunciando o compromisso do Brasil em expandir seu programa de visitas domiciliares, o Secretário Nacional de Assistência Social, André Quintão, comentou: “O Programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social apoia as famílias brasileiras na proteção, cuidado e educação de crianças na primeira infância. Atualmente, temos quase 3.000 municípios participando do programa. Com o apoio dos parceiros da Aliança Global, podemos expandir esse número para todos os municípios brasileiros que desejarem aderir.”
Apesar da sólida justificativa para não deixar nenhuma criança para trás, especialmente nos primeiros anos de vida, governos em países de baixa renda (LICs) e de renda média baixa em todo o mundo estão enfrentando dificuldades para ampliar o alcance de intervenções na primeira infância e para gestantes devido a restrições financeiras ligadas ao crescimento econômico mais lento, endividamento e acesso limitado a financiamento para desenvolvimento a custos acessíveis. Limitações técnicas e coordenação intersetorial também são desafios importantes, pois tais intervenções precisam ser planejadas entre os sistemas nacionais de proteção social, educação, alimentação e saúde para serem executadas de forma eficaz.
Combinando vontade política, programas baseados em evidências e financiamento. Apresentando uma nova e mais estruturada forma de trabalho, os participantes deste anúncio fornecerão apoio mais consistente aos governos implementadores, aproveitando as forças de cada um. Doadores bilaterais, como França e Reino Unido, além de doadores multilaterais, fundações filantrópicas e fundos dedicados, como o Child Nutrition Fund, o International Finance Facility for Education (IFFEd), o Education Cannot Wait (ECW), a Parceria Global para a Educação (GPE), a Fundação Bill e Melinda Gates e a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, por meio de cooperação, apoio bem direcionado e melhor alinhamento, ajudarão os países a se prepararem para projetar e fortalecer tais programas. Bancos multilaterais de desenvolvimento, como o Banco Mundial e sua Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), fornecerão financiamento e recursos concessionais para ajudar a ampliar essas intervenções.
Em todas essas etapas, a troca de experiências relevantes e conhecimento será mobilizada pelos esforços de organizações internacionais e da cooperação Sul-Sul, com organizações como o UNICEF, o Programa Mundial de Alimentos (WFP), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outras ajudando a transferir esse conhecimento para desenvolver a capacidade dos governos, ao lado de redes como Theirworld e World Vision International. Outros governos e parceiros implementadores são bem-vindos para se juntar aos esforços nos próximos meses, através dos esforços da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“As múltiplas formas de desnutrição, incluindo a desnutrição infantil, deficiências de vitaminas e minerais e obesidade, afetam todos os países e são responsáveis por uma grande parcela da carga global de doenças”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. “A ação e o investimento coordenados levam a mudanças positivas, como a redução do atraso de crescimento infantil e o aumento das taxas de amamentação exclusiva. As medidas anunciadas hoje têm um enorme potencial para reverter o cenário de mortes, doenças e sofrimento causados pela desnutrição.” “Por meio do Child Nutrition Fund, não estamos apenas igualando investimentos; estamos amplificando-os – desbloqueando o potencial de cada contribuição para transformar a nutrição materna e infantil. Ao alinhar vontade política, recursos e experiência, garantimos que crianças e mulheres tenham acesso à nutrição de que precisam para prosperar, criando um impacto duradouro nas gerações futuras", disse Victor Aguayo, Diretor Global de Nutrição e Desenvolvimento Infantil do UNICEF.
Ação antecipada em várias frentes. Os compromissos de hoje fazem parte de uma série de “Sprints 2030”, um esforço concentrado impulsionado pela Presidência Brasileira do G20 para motivar ação antecipada e melhor alinhamento de parceiros comprometidos nos três pilares da Aliança Global (Nacional, Conhecimento, Financeiro) para seis áreas prioritárias de sua “Cesta de Políticas” baseada em evidências, incluindo alimentação escolar, transferências de renda, programas de inclusão socioeconômica, intervenções maternas e para a primeira infância e acesso à água para comunidades vulneráveis. O Mecanismo de Apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza ajudará a acompanhar os compromissos assumidos hoje e a apoiar novos esforços conjuntos. – Leia mais sobre os anúncios mais amplos dos Sprints 2030 aqui.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está demonstrando sua capacidade de ação antecipada e resultados concretos, mesmo antes de seu lançamento formal, reunindo a vontade política de governos e o apoio consistente de organizações financeiras e de conhecimento”, disse Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento Social e Assistência, Família e Combate à Fome do Brasil. Dias é um dos coordenadores do Grupo de Trabalho do G20 que, sob a Presidência do Brasil, ajudou a desenvolver e implementar a Aliança Global. “Mas este é apenas o começo. Mais governos e parceiros são bem-vindos a se juntarem a esse esforço nos próximos meses, pois precisamos de mais escala e alcance para realizar nossa visão. Este é um sprint, mas estamos aqui para uma corrida de longa distância.”
O Sprint 2030 para programas de apoio à primeira infância está sendo anunciado como parte dos Anúncios dos Sprints 2030 da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, realizados hoje, 15 de novembro, das 14h às 19h, no auditório do Espaço Kobra na Cúpula Social do G20 no Rio, na Praça Mauá. O evento é aberto à imprensa e um link para transmissão ao vivo pode ser encontrado aqui: https://youtube.com/live/9jCw1ESr4b8?feature=share.
ANÚNCIOS E CITAÇÕES ESPECÍFICAS DOS PARTICIPANTES DO 2030 SPRINT
Além dos anúncios mencionados acima, os participantes do 2030 Sprint estão hoje anunciando as seguintes ações para promover intervenções que melhorem a nutrição e desenvolvimento materno e infantil, aproveitando os sistemas nacionais de proteção social, educação, alimentação e saúde:
Os países anunciaram ambições nacionais específicas em relação à implementação e ao desenvolvimento de programas de apoio à maternidade e à primeira infância:
Angola: expandirá a assistência às crianças por meio do Programa de Melhoria da Saúde Materno-Infantil, bem como do Programa de Proteção e Promoção dos Direitos da Criança, incluídos no Plano Nacional de Desenvolvimento (PDN 2023-2027). O objetivo é aumentar o número de crianças de 0 a 2 anos recebendo apoio nutricional de 6.500 em 2024 para 12.500 até 2030. “Acreditamos firmemente que cuidar das crianças na primeira infância é a chave para construir um novo e mais justo Angola para o nosso povo”, diz Luís Kondjimbi Kaíca Epalanga, Secretário de Estado para o Planejamento de Angola.
Bangladesh: alcançará aproximadamente 6 milhões de mulheres grávidas, especialmente aquelas em áreas de difícil acesso, que serão atendidas com serviços de nutrição, incluindo suplementos múltiplos de micronutrientes, além de suporte financeiro adicional. O plano aproveita parcerias com o Fundo de Nutrição Infantil, o Banco Mundial e a UNICEF.
Brasil: expandirá o programa de visitação à primeira infância para 2.550 municípios, ampliando os serviços para mais 300.000 crianças de 0 a 6 anos e 25.000 mulheres grávidas, caso seja disponibilizado financiamento adicional de US$50 milhões para apoiar os municípios na criação de 2.500 equipes de cuidados infantis. Além disso, o Brasil gostaria de aprender sobre experiências bem-sucedidas na promoção da amamentação em creches.
Madagascar: compromete-se a acelerar a redução da mortalidade materna e neonatal no período de 2023 a 2027. Os objetivos são reduzir a taxa de mortalidade materna de 408 para 295 por 100.000 nascidos vivos, reduzir a taxa de mortalidade neonatal de 26 para 17 por 1.000 nascidos vivos e reduzir a taxa de natimortalidade de 16 para 10 por 1.000 nascidos vivos. Para as metas nutricionais, os objetivos são reduzir a prevalência de desnutrição crônica em crianças menores de 5 anos de 39,8% para 25,9%, a prevalência de anemia em mulheres em idade reprodutiva de 26,4% para 18,7%, a prevalência de baixo peso ao nascer de 16,4% para 13,4%, a prevalência de caquexia em crianças menores de 5 anos de 7,7% para abaixo de 3%, aumentar a taxa de aleitamento exclusivo nos primeiros 6 meses de vida de 54% para 74%, e manter a prevalência de sobrepeso em crianças menores de 5 anos abaixo de 1%.
Moçambique: compromete-se a acelerar a redução da desnutrição em todas as suas formas, especialmente o atraso no crescimento infantil e a desnutrição grave, atraves da ampliacao de uma vasta gama de programas de desenvolvimento da primeira infância como parte da implementação de suas estratégias nacionais para alimentação infantil e de crianças pequenas, segurança alimentar e nutricional, proteção social e gênero. A integração do programa de Desenvolvimento da Primeira Infância na atenção primária à saúde será expandida de duas províncias para todo o país até 2030 e o Programa de Subsídio à Criança será ampliado para atender 174.000 crianças até 2026. O Governo de Moçambique estimou que serão necessários cerca de US$ 8,5 bilhões entre 2024 e 2030 para alcançar as metas nacionais estabelecidas por meio de uma abordagem multissetorial, integrada e de múltiplas parcerias (a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2030 e Estratégia de Implementação).
Palestina: o Ministério de Desenvolvimento Social da Palestina fornecerá serviços de emergência essenciais à 155.000 mulheres grávidas e mães em fase de amamentação, bem como serviços de saúde e assistência social a cerca de 10.000 crianças pequenas que perderam seus cuidadores. Além disso, os serviços serão estendidos a 300 centros de cuidado infantil atendendo crianças de 0 a 4 anos, juntamente com o apoio a 35 centros que cessaram suas atividades devido à guerra. Caso seja garantido um fundo anual de US$10 milhões, o Ministério será capaz de estabelecer uma equipe especializada de cuidado infantil e fornecer serviços sociais a mães e centros de educação infantil, especialmente na Faixa de Gaza. Além disso, a Palestina está interessada em aprender com experiências bem-sucedidas para aprimorar o conhecimento e as habilidades para operar em condições de emergência e crise.
Paraguai: pretende expandir a assistência a mulheres grávidas e crianças na primeira infância por meio do Programa Nacional de Atenção Integral à Primeira Infância, criando um novo programa para atender mulheres grávidas e crianças até 2025. O programa terá um modelo de gestão intersetorial, intergovernamental e interinstitucional para melhorar o acesso a serviços integrais e de qualidade para a primeira infância, crianças de 0 a 8 anos e suas famílias, por meio de intervenções nas áreas de prevenção, proteção e promoção de direitos; nos eixos de família, inclusão social, saúde, identidade, educação e recreação. O objetivo é criar 165 novos centros dedicados às famílias para atender mais de 450.000 crianças, buscando alcançar cobertura nacional, com um custo de 540.000 dólares por centro no primeiro ano e 180.000 dólares a partir do segundo ano para manutenção. “O Governo do Paraguai prioriza a Primeira Infância, pois entendemos que cuidar das crianças hoje é cuidar do futuro do nosso país”, afirmou o Ministro da Infância e Adolescência, Sr. Walter Gutiérrez Cabrera.
Tanzânia: as metas da Tanzânia para o desenvolvimento materno e da primeira infância no âmbito do Programa Nacional Multi-setorial de Desenvolvimento da Primeira Infância (NM-ECDP): melhoria da saúde infantil, nutrição, educação infantil e apoio aos cuidadores. As principais metas incluem reduzir o atraso no crescimento infantil entre crianças menores de cinco anos de 32% para 28% até 2026, aumentar a proporção de crianças de 3 a 4 anos frequentando a educação infantil de 28% para 50%, e melhorar os serviços de saúde materna, como o cuidado pré-natal, para atingir 90% das mulheres grávidas até 2026. A ambição é expandir os serviços integrados de Desenvolvimento da Primeira Infância (ECD) em todo o país, garantindo o acesso universal à educação infantil de qualidade, saúde, nutrição e serviços de proteção social até 2030.
Uruguai: promoverá uma redução significativa da pobreza infantil por meio de planos e propostas adaptadas à diversidade das famílias e dos diferentes territórios, com investimentos sustentados. O governo fortalecerá e promoverá programas de apoio às famílias, com prioridade para mães grávidas e crianças com menos de 2 anos de idade, em situações de vulnerabilidade socioeconômica. Da mesma forma, os programas integrados continuarão a se expandir para garantir a disponibilidade de alimentos de qualidade nutricional nos territórios, priorizando gestantes e a primeira infância, em busca de um sistema alimentar abrangente e sustentável.
Parceiros financeiros e de conhecimento anunciaram as seguintes medidas para ajudar esses e outros países a ampliar os programas de apoio à maternidade e à primeira infância:
França: compromete-se a dedicar pelo menos 50% de seu Programa de Assistência Alimentar (FAP) ao combate de todas as formas de desnutrição, com forte foco nos primeiros 1.000 dias de vida. Essa assistência beneficiará mais de 2,5 milhões de mulheres grávidas, em amamentação, e crianças menores de dois anos.
Reino Unido: compromete-se a ajudar a fortalecer a qualidade e a cobertura dos serviços para prevenir e tratar a desnutrição infantil, especialmente em países da África e do Sul da Ásia, onde a desnutrição infantil continua persistentemente alta, trabalhando em parceria com a UNICEF, a Fundação Bill e Melinda Gates, e a Fundação do Fundo de Investimentos para Crianças para ampliar os esforços por meio do Fundo de Nutrição Infantil e do Programa de Desnutrição Infantil & Inovação.
UNICEF: compromete-se a atingir pelo menos 200 milhões de crianças e mães anualmente com intervenções para melhorar a nutrição, o crescimento e o desenvolvimento infantil, aprimorando o acesso das crianças a dietas nutritivas, serviços essenciais de nutrição e práticas positivas de nutrição e cuidados por meio de intervenções nos sistemas de alimentação, saúde e proteção social. A UNICEF também pode catalisar recursos adicionais para a nutrição materna e infantil por meio do Fundo de Nutrição Infantil. Aproveitando a janela de oportunidade, o Fundo de Nutrição Infantil pode efetivamente dobrar o financiamento doméstico disponível, maximizando o impacto e o alcance.
Fundo de Nutrição Infantil: Liderado pela UNICEF, com o apoio dos Governos do Reino Unido, Canadá e Irlanda, da Fundação Bill e Melinda Gates e da Fundação do Fundo de Investimentos para Crianças, o Fundo de Nutrição Infantil visa alcançar 250 milhões de crianças e 100 milhões de mulheres em 23 países com serviços para a prevenção da desnutrição materna e infantil.
Grupo Banco Mundial compromete-se a ampliar os programas de proteção social, trabalhando ao lado de parceiros para apoiar pelo menos 500 milhões de pessoas – com a meta de que metade dessas pessoas sejam mulheres e meninas; e alcançar 1,5 bilhão de pessoas com serviços de saúde de qualidade até 2030, incluindo por meio da sua Associação Internacional de Desenvolvimento (AID). As intervenções maternas e da primeira infância são partes integrais desses sistemas, oferecendo apoio essencial a mulheres e crianças pobres e vulneráveis, contribuindo assim para o fortalecimento do capital humano do país, ao mesmo tempo em que reduz a pobreza, a desnutrição, as doenças e os resultados de aprendizagem comprometidos.
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): O BID fornecerá – sujeito à aprovação de seu conselho – uma estimativa de 25 bilhões de dólares de 2025 a 2030 para apoiar a implementação de políticas e programas de propriedade e liderança dos países incluídos no conjunto de referências da Aliança Global, incluindo programas de transferências de renda, para acelerar o progresso contra a pobreza e a fome e alcançar os ODS. O BID também compromete-se a garantir que 50% dos projetos recémaprovados pelo BID beneficiem diretamente os pobres, especialmente mulheres, pessoas de ascendência africana e povos indígenas – aqueles mais afetados pela pobreza. Além disso, 60% dos projetos recém-aprovados pelo BID Lab beneficiarão diretamente populações pobres e vulneráveis. E o BID servirá como um importante braço financeiro da Aliança por meio da realocação de Direitos Especiais de Saque (DES) para Bancos Multilaterais de Desenvolvimento. Para cada US$1 bilhão equivalente em DES canalizado pelo BID, o BID gerará aproximadamente US$7 bilhões em financiamento adicional. Isso pode resultar em um adicional de: 1,3 milhão de mães e crianças recebendo intervenções essenciais de saúde materna, neonatal e de cuidados infantis e nutrição. O BID também está pronto para fornecer apoio analítico, político e operacional aos países por meio de transferência de conhecimento e parcerias.
Programa Mundial de Alimentos (WFP): visa ampliar seu apoio a 29,2 milhões de mulheres e crianças por meio de programas de tratamento (15,8 milhões) e prevenção (13,4 milhões) da desnutrição e promover dietas melhoradas em 53 países até 2025. O WFP está comprometido a expandir ainda mais seus programas de nutrição e aumentar seu apoio em termos de conhecimento e implementação aos governos nacionais, para acelerar as ações visando acabar com todas as formas de desnutrição e fome até 2030.
Organização Mundial da Saúde (OMS): compromete-se a fornecer assistência técnica a 30 países para integrar os serviços de saúde materna e infantil na entrega de cuidados primários de saúde de rotina.
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO): incluirá intervenções de nutrição em suas respostas agrícolas de emergência e resiliência, com o objetivo de alcançar famílias produtoras vulneráveis com crianças em risco, mulheres grávidas e lactantes e meninas em 15 países em crise alimentar, a fim de prevenir a desnutrição aguda infantil ou garantir que não haja recaídas para crianças que foram liberadas após tratamento. A FAO apoiará as comunidades a promover os meios de subsistência das famílias e a construir a resiliência dos indivíduos mais vulneráveis, conectando a produção agrícola à educação nutricional e outras ações que favoreçam dietas mais saudáveis, rompendo assim o ciclo de dificuldades que fundamenta a desnutrição aguda infantil.
Fundação Bill & Melinda Gates: anuncia apoio aos governos para projetar, pilotar e incentivar programas de proteção social sensíveis à nutrição – com foco em mulheres e crianças – por meio de uma nova parceria com a Prática Global de Proteção Social e Empregos do Banco Mundial. Isso incluirá US$2 milhões em novos recursos para a janela de Segurança Alimentar e Nutricional do Fundo de Resposta Social Rápida do Banco Mundial, uma nova janela para ajudar os países a atingir suas metas nutricionais por meio de uma melhor colaboração entre setores e ministérios.
Parceria Global para Educação (GPE): compromete-se a apoiar o aumento dos investimentos por meio dos países parceiros e a cumprir os compromissos globais e nacionais com a aprendizagem precoce, o que representou um total de US$ 272 milhões em 2023, correspondendo a 10,7% do portfólio total de concessões. Muitos países parceiros, incluindo Butão e El Salvador, priorizaram investimentos em aprendizagem precoce com o apoio da GPE. Como parte da Sprint Global para ECE, a GPE irá: (a) fomentar a demanda por aprendizagem precoce financiando programas de aprendizagem de qualidade e equitativos; (b) impulsionar a inovação e a geração de evidências para escalar de forma sustentável políticas e programas nacionais de aprendizagem precoce; e (c) promover investimentos internacionais e nacionais sustentáveis em aprendizagem precoce com a ambição de alcançar o compromisso do ODS de pelo menos um ano de educação pré-escolar para todas as crianças.
Educação Não Pode Esperar (ECW): mantém seu compromisso na Assembleia Geral da ONU de 2019 de alocar pelo menos 10% dos recursos para a Educação Infantil (ECE) para reduzir a interrupção da aprendizagem e promover a prontidão escolar para todas as crianças jovens afetadas por crises e deslocamento. Com base no plano estratégico de 2023 – 2026, o objetivo estratégico da ECW é alcançar mais de 1 milhão de crianças com serviços de ECE, com um compromisso financeiro de US$100 milhões.
Facilidade Internacional de Financiamento para a Educação (IFFEd): anuncia apoio aos países de renda média-baixa para alcançar a meta de investir 10% dos orçamentos de educação em educação infantil. Ao fazer este compromisso, Karthik Krishnan, CEO fundador da IFFEd – um fundo global de educação lançado com um compromisso de US$1,5 bilhão para 2024-2025 para a educação global – disse: “Os primeiros cinco anos são transformadores. Investir na educação infantil proporciona os maiores retornos financeiros, molda destinos individuais e o futuro do nosso mundo. Estamos empolgados em colaborar com países de renda média-baixa para alcançar a meta de financiamento de 10% e liberar o poder do desenvolvimento infantil para tirar as nações da pobreza e impulsionar o crescimento econômico.”
Theirworld: anuncia seu compromisso em avançar os objetivos da Aliança Global para o desenvolvimento da primeira infância por meio de sua campanha Act For Early Years. Isso inclui o acompanhamento dos compromissos do G20, incentivando a primeira Cúpula de Finanças sobre a Primeira Infância, e colaborando com mais de 150 parceiros-chave da primeira infância, incluindo UNICEF, UNESCO, ECDAN, Fundação Lego e Sesame Workshop, nos objetivos da campanha. A iniciativa apoiará 2.000 Embaixadores Globais da Juventude e campanhas nacionais e regionais, envolvendo parceiros como sindicatos, líderes empresariais e campeões de alto perfil, como as Primeiras Damas.
World Vision International: até 2030, a World Vision tem como objetivo alcançar 250.000 crianças com tratamento para desnutrição, 2,3 milhões de crianças com monitoramento e promoção do crescimento, e 3,4 milhões de mulheres e crianças com intervenções de micronutrientes anualmente. Além disso, 53.000 pessoas se beneficiarão de abordagens alimentares para combater a desnutrição. Por meio de sua campanha ENOUGH Child Hunger and Malnutrition, a World Vision está comprometida em ampliar esses programas, apoiar os governos nacionais e trabalhar com outras partes interessadas para acelerar os esforços para acabar com a fome e todas as formas de desnutrição até 2030.
Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal: anuncia apoio ao governo brasileiro por meio de pesquisa e assistência técnica para programas focados na primeira infância, e em particular, visitas domiciliares. O esforço visa apoiar o desenvolvimento e a testagem de uma estratégia baseada em evidências científicas para qualificar a implementação de visitas domiciliares no Brasil, apoiando no fortalecimento de 2.500 novas equipes públicas em 2.550 municípios brasileiros. "Atualmente no Brasil, mais da metade das crianças pequenas — ou seja, 10 milhões de crianças até 6 anos — vivem nas famílias mais pobres do país. Isso ilustra a magnitude do nosso desafio como nação para combater a fome e a pobreza desde os primeiros estágios da vida", disse Mariana Luz, CEO da Fundação.
CONTATOS DE IMPRENSA E MÍDIA:
Perguntas da imprensa devem ser enviadas para:
Presidência do G20 – Brasil Carlos Alberto Jr. – press@g20.gov.br
Brasil – Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – imprensa@mds.gov.br
Theirworld / Act For Early Years - nicole@theirworld.org
UNICEF - Ereis@unicef.org - Desharma@unicef.org
Parceria Global para Educação - tkummer@globalpartnership.org
Ministério de Saúde Pública de Madagascar - rajoelinamiarytoky@gmail.com
Fundação Maria Cecília Souto Vidigal - gp4@fundamento.com.br
Reino Unido - esther.obikoya@fcdo.gov.uk
Programa Mundial de Alimentos (WFP) - wfp.media@wfp.org - edna.possolo@wfp.org
World Vision - niamh_cooper@wvi.org
Ministério de Desenvolvimento Social do Paraguai - areco.marcos@mds.gov.py
Grupo Banco Mundial – Kristyn Schrader-King – kschrader@worldbank.org
Ministério da Saúde e Bem-Estar da família de Bangladesh - secretary@hsd.gov.bd
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
https://globalallianceagainsthungerandpoverty.org/
A Aliança Global foi proposta pelo G20 com o objetivo de acelerar o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicação da fome e da pobreza. A abordagem da Aliança (detalhada com mais informações nesta ficha informativa) concentra-se no apoio a programas de propriedade dos países e em abordagens baseadas em evidências, por meio do fortalecimento da cooperação internacional e do compartilhamento de conhecimentos.