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FORÇA-TAREFA
Governo Federal reúne comitiva para acompanhar situação do povo Yanomami em Roraima
Foto: Fotos: Lohana Chaves/Funai
Prestar ajuda humanitária para o povo Yanomami é prioridade para o Governo Federal. Nesta semana, uma comitiva interministerial esteve em Roraima a fim de elaborar um diagnóstico sobre a situação das famílias e continuar o trabalho de cuidado e atendimento das comunidades. Na última quarta-feira (08.02), diversas autoridades visitaram a Casa de Saúde Indígena (Casai).
Nós verificamos, principalmente, as condições de alimentação das famílias indígenas que estão abrigadas e das que estão de passagem na Casai"
Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS
A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Lilian Rahal, fez parte da comitiva. "Nós verificamos, principalmente, as condições de alimentação das famílias indígenas que estão abrigadas e das que estão de passagem na Casai. Também avaliamos a situação de alimentação e dos alimentos para distribuição àqueles que estão na terra indígena”, explicou.
O grupo também contou com os ministros da Defesa, José Múcio, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana.
“A missão tem o papel institucional de promover os direitos sociais, o direito à proteção territorial e, principalmente, fazer com que os povos indígenas sejam ouvidos em suas demandas”, destacou Joênia Wapichana.
Desde o início das ações de atendimento emergencial aos Yanomamis, mais de 78,7 toneladas de mantimentos e medicamentos foram entregues pela Força Aérea Brasileira (FAB), número referente a 3.939 cestas básicas. O trabalho é coordenado pelo Ministério da Defesa e executado pela FAB, que transporta os suprimentos.
“Estamos aqui para reunir esforços para superar essa crise. O hospital de campanha da Força Aérea Brasileira, por exemplo, já realizou cerca de mil atendimentos, a maioria em pediatria”, contou José Múcio durante a visita.
Histórico
A missão tem o papel institucional de promover os direitos sociais, o direito à proteção territorial e, principalmente, fazer com que os povos indígenas sejam ouvidos em suas demandas”
Joênia Wapichana, presidente da Funai
O Governo Federal tem trabalhado em diversas frentes para criar uma rede de suporte ao Povo Yanomami. Em 21 de janeiro, o presidente Lula desembarcou em Roraima, após o estabelecimento de um comitê integrado entre ministérios e a declaração da situação de emergência de saúde pública na região.
O Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami foi oficializado pelo Decreto nº 11.384. O grupo envolve, além do MDS, as pastas da Saúde, dos Povos Indígenas, da Defesa, da Justiça e Segurança Pública e de Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Depois de participar da visita à região, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, recebeu, em Brasília, representantes da Ação da Cidadania. A entidade também garantiu a doação de alimentos para auxiliar a força-tarefa do Governo Federal. Da mesma forma, a Central Única das Favelas (CUFA) tem auxiliado na arrecadação dos mantimentos aos indígenas.
O esforço conjunto também contou com uma reunião dos ministros Wellington Dias, Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, e Jader Filho, das Cidades, com o governador de Roraima, Antonio Denarium. O encontro debateu a garantia do fornecimento de água potável, entre outras ações, aos indígenas que estão sofrendo com quadros graves de desnutrição e insegurança alimentar.
A série de agendas em prol dos Yonamami contou também com a articulação com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Já com a Caixa Econômica, Wellington Dias assinou um protocolo de ações que incluem a instalação de duas agências, uma Casa Lotérica e destacamento de uma unidade móvel para atendimento aos indígenas. Em outra reunião, desta vez com a deputada federal Helena Lima, o ministro tratou sobre as estratégias para retirar os garimpeiros das terras indígenas.
“De forma emergencial, precisamos garantir alimentos e cuidados com a saúde, condições de segurança e de água. E, pensando no curto, médio e no longo prazo, precisamos ter um plano para dar condições de educação, comunicação e de produção”, definiu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Operação Acolhida
A comitiva interministerial desta semana passou também por instalações da Operação Acolhida em Boa Vista (RR). A ação garante o atendimento humanitário aos migrantes venezuelanos e conta com apoio logístico das Forças Armadas. Atualmente, cerca de 540 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atendem os venezuelanos que chegam ao país. São sete abrigos que recebem cerca de oito mil pessoas.
Além dos ministros José Múcio e Silvio Almeida, estiveram presentes os comandantes do Exército, general Tomás Miguel Paiva, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire. A comitiva visitou a Base da Operação, o Posto de Triagem, o Centro de Coordenação de Interiorização, o abrigo Rondon 5 e o Posto de Recepção e Acolhimento.
Assessoria de Comunicação – MDS, com informações da Secom/PR e do Ministério da Defesa