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ACOLHIMENTO
Governo federal estreita relação com comunidades que acolhem dependentes químicos
Ministro Osmar Terra em visita à Comunidade Terapêutica Renovando a Vida - Foto: Ronaldo Caldas
Ceilândia/DF – Acolhimento, tratamento e ressocialização. Sobre os três pilares está estruturada a Comunidade Terapêutica Renovando a Vida, na zona rural de Ceilândia, região do Distrito Federal (DF). O ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro Junior, visitaram a instituição nesta quinta-feira (6). Terra reforçou aos acolhidos o importante papel das comunidades terapêuticas na recuperação da dependência química. A pasta está com um edital público aberto até o dia 16 de março para ampliar o número de vagas nessas instituições
O edital prevê um aumento expressivo do número de vagas financiadas pelo governo federal. A expectativa é passar de 11 mil – número que já é quatro vezes superior ao registrado em 2018 – para 20 mil pessoas atendidas. “No governo do presidente Bolsonaro, criamos uma política nacional de enfrentamento às drogas, que aumentou o rigor da lei em relação a essas substâncias. E estamos trabalhando para que um número cada vez maior de pessoas tenha acesso a tratamento”, assegurou o ministro da Cidadania, durante a visita.
Terra também parabenizou os cerca de 40 acolhidos pela escolha do tratamento. “Quero parabenizar vocês pela luta. Eu sou médico e sei que é uma batalha na cabeça de cada um”, ressaltou – e recebeu como resposta dos usuários acenos positivo com a cabeça. À frente da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro Junior falou sobre a importância de expandir o trabalho das comunidades terapêuticas: “Ao ampliar o número de oferta de vagas e de comunidades com recurso público, diminuiremos as barreiras de acesso das pessoas com dependência química ao tratamento de qualidade e gratuito nessas entidades”.
Mente, corpo e espiritualidade
Outra tríade que sustenta o trabalho na Renovando a Vida é formada por mente, corpo e espiritualidade. A comunidade terapêutica presta atendimentos psiquiátrico, psicológico, social e de saúde – momentos de oração também são incentivados pela instituição. “A gente acredita que todas as áreas precisam ser trabalhadas para que tudo ocorra em paz, em sintonia”, afirmou o fundador e diretor da instituição, Marcello Rodrigues.
Com vagas financiadas pelo governo federal, a comunidade abriga oito quartos, banheiros, sala, área externa com horta, tanque de peixes, equipamentos de academia, além de promover qualificação profissional por meio de atividades como panificação. “A ajuda do governo federal nos trouxe estabilidade, pois sabemos que no final do mês teremos esse dinheiro. Então, a gente pode fazer planos na parte de alimentação, terapêutica, psicológica e tudo mais”, contou Rodrigues.
Em busca do equilíbrio
Há quatro meses acolhido na Comunidade Terapêutica Renovando a Vida, Willamy Medeiros Junior, de 32 anos, estampa um sorriso de alívio. Antes de iniciar o tratamento, trabalhava com venda de bebidas alcoólicas. Ao sair da casa de acolhimento - o que deve ocorrer nos próximos três meses - já sabe que deverá criar outra realidade. “Eu me cobrava muito, corria muito atrás, porque eu era meio ambicioso. Parecia um maluco trabalhando, eu era muito acelerado”, lembrou.
Após um acidente de carro decorrente do uso de psicoativos e que quase comprometeu a vida da esposa, ele se deu conta que “precisava tratar”. “E aqui eu estou aprendendo que a vida não é só isso. Vivo um dia de cada vez e consigo ter um controle sobre a minha rotina”, avaliou. Há 13 anos em atividade, a instituição trabalha com um período mínimo de sete meses de tratamento para o cumprimento de 12 etapas do programa terapêutico.
Política Nacional sobre Drogas
A Política Nacional Sobre Drogas é desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A pasta da Cidadania é responsável pelo tratamento de dependentes químicos com foco na estratégia da abstinência dos usuários.
Por Renata Garcia
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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