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Cuidados e Prevenção às drogas
Governo Federal acompanha ações de cuidados e prevenção às drogas no Pará e em Mato Grosso do Sul
Ações da Senapred com comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul e no Pará. Fotos: Divulgação
Uma sessão especial na Assembleia Legislativa do Pará, uma palestra para alunos de escolas públicas do ensino médio de Belém e visitas a unidades de recuperação e tratamento de dependentes químicos na Ilha de Mosqueiro. Esse foi o resumo da passagem do secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Jr., pelo território paraense nesta quinta-feira, 17.03.
Na Assembleia Legislativa, o secretário apresentou a palestra Perspectivas e Desafios do Novo Plano Nacional de Políticas sobre Drogas. Na oportunidade, Quirino Cordeiro abordou diretrizes e prioridades do Governo Federal em torno do tema.
“A Nova Política Nacional sobre Drogas diferencia usuário e traficantes. Prevê ações de endurecimento contra o narcotráfico. Tem foco na abstinência, posição contrária à legalização e ações tanto no tratamento de dependentes químicos quanto voltadas para a família”, disse o secretário. A política também aposta na descapitalização do tráfico, revertendo bens apreendidos para uso em ações de cuidados e recuperação de dependentes químicos.
O modelo aposta na interligação da rede de assistência, que envolve dezenas de instituições e entidades federais, estaduais e municipais, como Unidades Básicas de Saúde, ambulatórios, CAPS, comunidades terapêuticas, hospitais gerais, hospitais psiquiátricos, clínicas especializadas, casas de apoio e grupos de mútua ajuda, entre outros.
A reunião com alunos do ensino médio de escolas públicas ocorreu na sede do Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves, e o secretário listou as ações federais, em especial da Senapred, na implementação de políticas públicas sobre drogas.
Já na Ilha de Mosqueiro, distrito da capital paraense famoso pelas praias de rio, Quirino Cordeiro Jr. visitou duas comunidades terapêuticas, instituições que atuam no tratamento e na recuperação de dependentes químicos.
As comunidades terapêuticas passaram a ter papel protagonista na atual gestão do Governo Federal, com significativa ampliação de vagas financiadas. No início de 2018 eram 2.900, com aporte de R$ 40 milhões ao ano. Entre 2020 e 2021, foram repassados R$ 193,2 milhões e mais de 80 mil dependentes químicos tiveram oportunidade de tratamento em mais de 10.657 vagas financiadas em 483 comunidades terapêuticas pelo Brasil.
Em dezembro de 2021, o Governo Federal abriu novas 6.337 vagas em 203 comunidades terapêuticas, em um investimento de R$ 90 milhões por ano. Com isso, subiu para mais de 17,3 mil o número de vagas custeadas. Atualmente, são mais de 700 comunidades terapêuticas com investimento federal.
Projeto Cuidar
Representantes da Senapred também estiveram nesta quinta-feira em Dourados, no Mato Grosso do Sul, para apresentar a lideranças indígenas e comunidade a proposta do Projeto Cuidar - Promoção da Saúde, voltado para cuidado e prevenção ao uso de álcool e outras drogas entre Povos e Comunidades Tradicionais. O projeto é desenvolvido em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A visita teve por objetivo ouvir a comunidade e lideranças indígenas das etnias guarani, kaiowá e terenas e obter subsídios para que o Governo Federal tenha uma visão da realidade local sobre consumo de álcool e outras drogas e dos problemas a ele associados. Uma das intenções é avaliar a possibilidade de implementar um Grupo de Narcóticos Anônimos específico para a população indígena. A visita também contou com a presença de agentes de saúde e da assistência social, educadores e do conselho tutelar. O representante da Senapred foi Felipe Zordan, assessor da diretoria de Prevenção, Cuidados e Reinserção Social.
No projeto Cuidar, a Senapred tem como missões a capacitação de profissionais que atuam junto às comunidades indígenas, a identificação e articulação da rede social existente nas comunidades indígenas e municípios vizinhos, o estímulo à parceria com grupos de mútua ajuda próximos das comunidades, a qualificação de agentes indígenas de saúde na metodologia de trabalho dos grupos de mútua ajuda e a produção de materiais didáticos.
A consulta à população indígena contou com a participação de Zila Sanchez, coordenadora do Programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Escola Paulista de Medicina e de representantes dos Narcóticos Anônimos.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania