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Covid-19
Ferramentas digitais e adaptações mantêm o Criança Feliz ativo em meio à pandemia
Em Pacajá (PA), celular na mão ajuda em ações remotas e equipamentos de proteção são item indispensável aos atendimentos presenciais. Fotos: Programa Criança Feliz/Divulgação
As ferramentas digitais se tornaram parceiras essenciais dos visitadores do programa Criança Feliz, do Governo Federal, durante o período de emergência em saúde causado pelo novo coronavírus. As equipes de trabalho tiveram de se ajustar para manter o atendimento socioassistencial às famílias vulneráveis.
Os visitadores desenvolvem todas as atividades e enviam aos cuidadores para que apliquem com as crianças. Após o fim do exercício, eles nos contam como foi e tiram dúvidas. Estamos dando continuidade ao programa da forma como pode ser feito neste período"
Islândia Cristina, supervisora do Criança Feliz em Pacajá (PA)
O município de Pacajá (PA), com cerca de 47 mil habitantes, é um dos exemplos de adaptação. Com cinco visitadores atendendo a 150 famílias, muitas das atividades passaram a ser realizadas de forma remota. A supervisora do programa no município, Islândia Cristina, conta que os profissionais gravam vídeos e áudios com as atividades, escrevem as orientações e passam via WhatsApp para pais ou responsáveis reproduzirem em casa.
“Os visitadores desenvolvem todas as atividades e enviam aos cuidadores para que apliquem com as crianças. Após o fim do exercício, eles nos contam como foi e tiram dúvidas. Estamos dando continuidade ao programa da forma como pode ser feito neste período. Agora, por exemplo, estamos montando uma atividade com mistura de cores para que os pais possam fazer em casa. Isso ajuda no desenvolvimento infantil”, disse Islândia.
Há alguns casos, contudo, de famílias que não têm celulares. Nessa situação, os visitadores vão até as residências desenvolver o mesmo trabalho demonstrado no material audiovisual. “Os visitadores usam todo o equipamento de proteção, como toucas, luvas e capas. Nós também oferecemos transporte para que eles não precisem entrar em contato com outras pessoas em transporte público. Nos locais em que o carro não chega, eles fazem o trajeto a pé, tomando todos os cuidados”, explica.
O atendimento remoto foi autorizado em Portaria Conjunta entre a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) e a Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano (SNPDH) do Ministério da Cidadania, publicada no dia 27 de abril, no Diário Oficial da União. Além das atividades oferecidas para promoção do desenvolvimento infantil e familiar, os visitadores que acompanham presencialmente as famílias ainda orientam e informam sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo coronavírus.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, ressalta que o trabalho dessas equipes é imprescindível para a continuidade da política de Assistência Social. "Nosso ministério está trabalhando incessantemente para dar o suporte necessário a quem trabalha na assistência das crianças e da população mais vulnerável. O governo do presidente Jair Bolsonaro não vai deixar ninguém para trás e o Criança Feliz é exemplo disso. O apoio prestado pelos visitadores garante às famílias um vínculo ainda mais forte e promove o desenvolvimento infantil, que neste momento se faz mais importante”.
Números
Em todo o país, 2.941 cidades recebem recursos do Governo Federal para realizar os atendimentos promovidos pelo Criança Feliz. O processo de adesão ao Programa segue ativo mesmo diante da crise do coronavírus, assim como os pedidos para expansão nas localidades que já contam com a iniciativa.
O Ministério da Cidadania também prorrogou até 31 de maio o prazo para registro, no Prontuário Eletrônico do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), das visitas domiciliares do Criança Feliz do mês de março.
Criança Feliz
O programa é coordenado pelo Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, e conduzido pela Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano. A proposta tem como foco o atendimento a gestantes e crianças de até três anos inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e crianças de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A ação consiste em realizar visitas domiciliares e levar orientações às famílias para o melhor desenvolvimento na primeira infância, ao integrar ações nas áreas da saúde, assistência social, educação, justiça, cultura e direitos humanos.
Jéssica Barz - Assessoria de Comunicação, Ministério da Cidadania