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FAO adere à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza
O Diretor-geral da FAO, QU Dongyu, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil. Foto: FAO/Santiago Mele
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, prioridade da presidência brasileira no G20. A iniciativa, que será lançada em 18 de novembro, durante a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, busca acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza até 2030, além de reduzir as desigualdades.
Ao aderir, a FAO "compromete-se a colaborar com os outros membros da Aliança para desenvolver soluções inovadoras e compartilhar boas práticas em aprendizagem, troca de conhecimentos, coleta e análise de dados, incluindo aproveitamento das redes de conhecimento locais, nacionais e internacionais, coalizões, comunidades e outros fóruns relacionados a aspectos relevantes na luta contra a fome e a pobreza."
A FAO desempenhará um papel de destaque, ao abrigar o Mecanismo de Apoio da Aliança, em sua sede, em Roma. O mecanismo propulsiona a Aliança como facilitadora e intermediária, ao ajudar a planejar, criar ou reforçar parcerias entre diferentes instituições para alcançar uma escala suficiente que permita a implementação de políticas específicas a nível nacional.
“A Aliança permitirá a implementação em grande escala de instrumentos de políticas baseadas em evidências para erradicar a fome e a pobreza, liderada e de responsabilidade nacional, por meio de seus pilares nacional, de conhecimento e financeiro”, disse o diretor-geral da FAO, QU Dongyu. “Será fundamental para levar conhecimento, experiência e histórias de sucesso às partes do mundo onde são mais necessários”, acrescentou.
Aliança Global
O princípio organizador da Aliança Global é uma cesta de referência de políticas públicas. Em torno dela, governos, organizações, instituições financeiras e de pesquisa estarão organizados nos três pilares: o nacional, o financeiro e o de conhecimento, voltados para apoiar a implementação dessas políticas, conforme a realidade e as possibilidades de cada país.
A cesta contém até cerca de 50 instrumentos de políticas e vários exemplos de países associados. Abrange áreas como apoio a crianças e famílias, transferências de renda, programas de garantia de emprego, programas de merenda escolar, nutrição, educação básica e acesso à água potável, acesso a crédito e recursos para irrigação, tecnologias climáticas inteligentes e apoio a pequenos agricultores.
Em sua Declaração de Compromisso, a FAO enfatizou que a cesta de políticas será coletivamente construída e baseada em instrumentos bem definidos, com um escopo claro, implementáveis pelos governos e, principalmente, alcançando as pessoas que vivem na pobreza e na fome. A FAO também indicou sua intenção de contribuir reunindo, analisando, monitorando e melhorando o acesso a dados e informações.
De acordo com a FAO, cerca de 735 milhões de pessoas, ou uma em cada dez pessoas no mundo, enfrentaram a fome em 2023, destacando o desafio de alcançar a fome zero até 2030, conforme estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Assessoria de Comunicação - MDS, com informações da FAO