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Primeira Infância
Evento em Brasília (DF) debate importância do investimento na educação na primeira infância
A secretária executiva adjunta do MEC, Sylvia Gouveia, e o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento. Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania
Com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do trabalho de gestores e profissionais da rede pública da educação infantil, foi realizado nesta terça-feira, 23.08, a primeira edição do Diálogos sobre a Infância. O evento, realizado pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), reuniu especialistas e autoridades de diversas áreas do conhecimento para debater a primeira infância no Brasil.
A ação faz parte do projeto Primeiros Anos, parceria da OEI com o Ministério da Educação que pretende desenvolver metodologias e ferramentas voltadas à implementação de políticas para a Primeira Infância. As discussões tiveram como base os porquês de investir em educação infantil e o significado de qualidade nesta etapa da formação. Ao fim, foi lançada uma pesquisa inédita com as condições e desafios da educação infantil nas redes públicas municipais do Brasil.
A Primeira Infância corresponde ao período da gestação aos seis anos e é considerada uma janela de oportunidade essencial, pela intensa capacidade de meninos e meninas absorverem estímulos nessa faixa etária. É nesse período que 90% das conexões cerebrais se formam.
O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, esteve no encerramento do evento, ao lado da secretária executiva adjunta do MEC, Sylvia Gouveia, e do diretor da OEI, Raphael Callou. O ministro exaltou a importância do diagnóstico apresentado pela OEI. “Um diagnóstico da situação da atenção à primeira infância, da educação infantil, é muito bem vindo. O primeiro passo para melhorar e desenhar políticas é ter um trabalho que identifique a situação atual do cenário nacional. Temos esse espírito de trabalhar em conjunto em torno de um mesmo propósito”, afirmou.
O ministro listou uma série de ações sociais e esportivas do ministério voltadas para a atenção à primeira infância, como o programa Segundo Tempo, o Forças no Esporte e o investimento superior a R$ 2,5 bilhões para entregar projetos de infraestrutura esportiva em todo o país. Na área de desenvolvimento social, enfatizou o Criança Feliz, programa de visitação domiciliar, e a parceria com o Ministério da Educação em torno do Conta pra Mim, iniciativa de literacia familiar.
Criança Feliz
Uma das palestrantes do evento foi a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira. Ela reforçou a tese de que os países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade maior, altas taxas de gravidez na adolescência e de evasão escolar e menores índices de produtividade no mercado de trabalho.
No âmbito do Ministério da Cidadania, o Criança Feliz é a iniciativa voltada para estimular o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo em famílias sob condição de vulnerabilidade social. Em agosto de 2022, o programa superou três mil municípios com adesão ativa.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania totalizadas em 22 de agosto, há 3.021 municípios oficialmente conectados ao programa. Desse universo, 2.952 já registraram visitas.
Ao todo, o Criança Feliz acumula 71,2 milhões de visitas domiciliares desde 2017, 14 milhões delas só em 2022. Nesse percurso, 1,5 milhão de famílias foram acompanhadas, com um total de 1,4 milhão de crianças e 374 mil gestantes. No sistema do programa, há 22.502 visitadores designados e 3.678 supervisores.
O programa é financiado pelo Governo Federal, sem custos para os municípios. A gestão é feita de acordo com a meta de atendimento estipulada de profissionais para as equipes de supervisão e visitação.
Assessoria de Comunicação - Ministério da Cidadania