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Segurança Alimentar
Estratégia Alimenta Cidades promove oficinas em Contagem, Rio de Janeiro e Niterói
Divulgação
Entre os meses de novembro e dezembro desse ano, sete cidades brasileiras receberam o primeiro ciclo de encontros presenciais da Estratégia Alimenta Cidades. A iniciativa, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e liderada pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), busca fortalecer o papel das cidades na garantia do direito humano à alimentação adequada e segurança alimentar.
Os encontros abriram espaço para diálogo com gestores locais com o objetivo de obter um diagnóstico e identificar as prioridades em cada uma das regiões. A ação visa melhorar as condições de elaborar e implementar o Alimenta Cidades nos territórios.
Contagem - MG
Em Contagem, a oficina ocorreu nos dias 9 e 10 de dezembro. Foram apresentadas estratégias focadas na segurança alimentar, como a ampliação do acesso à alimentação de qualidade de forma sustentável e inclusiva, com atenção às necessidades das populações mais vulneráveis. Os 120 participantes se reuniram no auditório do Centro Universitário UNA e a programação incluiu visitas técnicas à Cozinha Comunitária Nova Contagem, à Cozinha Solidária Ipê Amarelo e à Horta Comunitária Vargem das Flores, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as práticas já implementadas.Ana Carolina Silva e Souza, coordenadora-geral do Programa Cozinha Solidária, da Sesan/MDS, destacou que foram mais de R$ 550 mil destinados ao PAA em Contagem. Um dos destaques das ações já promovidas pelo município envolve campanhas periódicas contra o desperdício de alimentos. Elas são realizadas pelos Restaurantes Populares do município, que servem cerca de 4.700 refeições por dia, sendo 1.600 refeições destinadas às cozinhas comunitárias, que distribuem alimentos gratuitamente para 470 famílias. Além dos restaurantes, o município conta com mais de 150 unidades produtivas rurais e urbanas, com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e produção local.
Rio de Janeiro
A oficina promovida no Rio de Janeiro, nos dias 9 e 10 de dezembro, teve como um dos temas de destaque a importância da implementação adequada do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, aprovado neste ano. Além disso, enfatizou a necessidade de integração das secretarias municipais para fortalecer as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, principalmente nas favelas e comunidades mais vulneráveis.O coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Municipal de Assistência Social do RJ, Igor Barcellos, afirmou que uma das prioridades da rota de implementação da Estratégia Alimenta Cidades é a atuação nos desertos e pântanos alimentares identificados na cidade. Os desertos alimentares são locais onde há pouca oferta de alimentos saudáveis e os pântanos alimentares se referem a áreas onde predomina a venda de produtos com poucos nutrientes ou de muitos ultraprocessados. Durante o evento, a Plataforma Alimenta Cidades foi apontada como uma ferramenta essencial para a implementação da Estratégia, já , além dos dados sobre desertos e pântanos alimentares, também traz informações sobre população em situação de pobreza, favelas e comunidades urbanas.
Um dos destaques das iniciativas do Rio de Janeiro foi o programa Hortas Cariocas, que fornece alimentos e contribui para a redução de ilhas de calor e para a recuperação de áreas urbanas degradadas, com um modelo inclusivo de distribuição. Além das Hortas, aproximadamente três toneladas de alimentos são doadas por mês para cerca de 200 famílias através da parceria internacional com a cidade de Colônia, na Alemanha, que possibilitou a implementação do Banco de Alimentos do Ecoparque do Caju. O Programa Prato Feito também distribui refeições por meio de 45 cozinhas comunitárias em áreas vulneráveis.
Niterói - RJ
O foco da oficina em Niterói foi a agenda alimentar urbana e iniciativas locais que estão em desenvolvimento. Realizado no Memorial Roberto Silveira nos dias 11 e 12 de dezembro, o evento foi palco para apresentação do diagnóstico situacional da cidade, com destaque para inclusão e sustentabilidade.Os participantes realizaram visitas de campo aos Restaurantes Populares Jorge Amado e Carolina Maria de Jesus. O Jorge Amado serviu mais de 562 mil refeições entre janeiro e outubro de 2024, enquanto o Carolina Maria de Jesus, inaugurado em novembro de 2023, distribuiu 530 mil refeições no mesmo período. Juntos, os restaurantes somam mais de 1 milhão de refeições servidas.
O Banco de Alimentos Herbert de Souza foi um dos destaques da oficina em Niterói. Entre 2021 e 2024, o projeto distribuiu 205 toneladas de alimentos para 19 instituições, beneficiando cerca de 1.900 pessoas. O Banco de Alimentos recebe produtos não perecíveis arrecadados por empresas ou pessoas físicas promotoras de eventos e shows públicos e privados em espaços e equipamentos públicos.
A Moeda Social Arariboia também ganhou destaque na oficina. A iniciativa integra o Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Niterói e beneficia cerca de 37 mil famílias. Em janeiro de 2025, o programa será ampliado para beneficiar cerca de 9,5 mil novas pessoas, como idosos de baixa renda e pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além de Niterói (RJ), Contagem (MG) e Rio de Janeiro (RJ), já foram realizadas as agendas presenciais em Campina Grande (PB), Recife (PE), Cuiabá (MT) e João Pessoa (PB).
Assessoria de Comunicação - MDS