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Primeira Infância
Estímulos literários são aliados para família auxiliar desenvolvimento de criança autista
Fotos: Helano Stuckert/ Min. Cidadania
Joaquim Noah, dois anos e cinco meses, tem dificuldade para olhar nos olhos, para expressar os sentimentos e para falar. Os pais Juliana da Cruz, 36 anos, e Diego Santos, 37 anos, vêm aprendendo a lidar com as limitações do filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde o último mês, a família ganhou aliados neste aprendizado. O “faz de conta”, a imaginação e a criatividade para estreitar os laços afetivos, estimular a curiosidade e a concentração por meio de histórias infantis.
Morador de Natal, Joaquim Noah é uma das 1.300 crianças que participam da ação piloto dos Programas Criança Feliz, do Ministério da Cidadania, e do Conta pra Mim, do Ministério da Educação, que incorporam as práticas de literacia no dia a dia das famílias atendidas pelo Governo Federal.
"Um dos nossos objetivos é fazer com que o vínculo familiar seja fortalecido. A prática de literacia acrescenta, além do estímulo à linguagem, o desenvolvimento da criança", explica a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira.
Para Diego Santos, a família adquiriu a compreensão de que o filho tem o próprio tempo para realizar as atividades. “Ele tem o mundo dele e a gente entra nesse mundo também. Nós aprendemos a viver essa experiência, aprendemos a lidar com ele, com a questão do toque, do olhar diferente para o mundo”, conta o pai de Joaquim. “Nós, pais, precisamos também desse suporte do Criança Feliz com a presença semanal da visitadora e o contato pelo WhatsApp, com os vídeos de orientação”, conclui.
Em Natal, o Programa Criança Feliz conta com 40 visitadores, que receberam o treinamento do Conta pra Mim para aplicar as novas dinâmicas com as famílias e os kits de leitura, compostos por 20 livros infantis e materiais de orientação.
“É muito importante a estimulação da leitura para que futuramente as crianças leiam na escola, desenvolvam a fala, entendam melhor as coisas ao seu redor. Com a nossa leitura e as imagens coloridas, ele interage e vai aprendendo, se envolvendo e expandindo a imaginação. O faz de conta é importante nesta fase”, explica a mãe, Juliana da Cruz.
Os dois programas do Governo Federal têm como foco o desenvolvimento de crianças na primeira infância (idade de zero a seis anos). Por meio de estratégias simples e divertidas, as famílias são estimuladas a realizarem conversas, leituras, brincadeiras e atividades informais. Assim, os pais contribuem para o desenvolvimento da linguagem dos filhos.
“Eu aprendi a lidar melhor com o Joaquim. A visitadora é muito envolvida, presente, todas as semanas enviando vídeos com dicas de como estimulá-lo a fazer algumas atividades do cotidiano”, acrescenta Juliana da Cruz.
Mais de 60 milhões de visitas
O Criança Feliz está presente em todos os estados e no Distrito Federal, com adesão ativa em 3.027 municípios e 1,59 milhão de indivíduos visitados em 1,33 milhão de famílias, segundo dados referentes a março de 2022. São 1,27 milhão de crianças e 321 mil gestantes acompanhadas. O total de visitas ao longo da história do programa supera 60,9 milhões.
O Criança Feliz atende prioritariamente gestantes, crianças de até 36 meses (três anos) e suas famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e crianças de até 72 meses (seis anos) e suas famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania