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Em Pequim, Osmar Terra negocia intercâmbio no audiovisual e em desenvolvimento social
Em viagem oficial à China, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, negociou, nesta quarta-feira (23), em Pequim, dois acordos de cooperação no setor audiovisual. A ideia é promover a interação entre os dois países por meio de um sistema de coprodução de conteúdos audiovisuais para cinema, rádio e televisão, com um intercâmbio de profissionais. Também está prevista a criação de um canal chinês na televisão brasileira fechada, para reprodução de material audiovisual, como documentários, longas-metragens e telenovelas. E, em contrapartida, a China Media Group passaria produções brasileiras na sua programação.
“O governo federal está se empenhando em projetos audiovisuais e o mercado chinês nos interessa muito, devido às suas grandes produções e também pelo seu avanço tecnológico”, destacou o ministro Osmar Terra. “Queremos que o povo brasileiro tenha acesso à arte chinesa e possa conhecer mais a China, na sua cultura, desenvolvimento e beleza. Além de estimular a economia criativa, fomenta o turismo e a cultura entre os nossos povos”, ressaltou o ministro, que se reuniu com o vice-ministro da administração Nacional de Rádio e Televisão da China, Fan Weiping, e com o presidente da maior empresa de comunicação estatal do mundo - China Media Group (CMG), Shen Haixiong.
Para o presidente do CMG, essa cooperação com o Brasil pode abrir um novo cenário para a sociedade chinesa por meio do audiovisual. “A cultura tem grande influência na sociedade e o Brasil é um país muito rico, que temos total interesse em conhecer melhor. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e temos muito espaço para promover essa cooperação”, afirmou Shen Haishiong.
Desenvolvimento humano
A área do desenvolvimento social foi tema das reuniões com os ministros de Assuntos Civis, Huang Shuxian, e de Recursos Humanos e Segurança Social, Zhang Jinan. Osmar Terra explicou às autoridades chinesas que o Brasil tem muitos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. O ministro afirmou que essas ações são importantes, mas não reduzem a pobreza, e a aposta do governo Bolsonaro é em programas de desenvolvimento humano. O Programa Criança Feliz, por exemplo, já é reconhecido mundialmente pela sua eficácia e peculiaridade de serviço prestado.
“Nós queremos ampliar o Criança Feliz e passar de um milhão para três milhões de crianças atendidas. Sabemos que a China, pelo seu tamanho, tem problemas em escala maior, no entanto, tem soluções proporcionais e queremos aprender com eles e trocar experiências para aprimorar o que temos e, também, criar novos serviços”, explicou Terra.
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A China possui um grupo específico de trabalho voltado ao bem-estar das crianças, que somam 240 milhões (até 18 anos). O ministro de Assuntos Civis, Huang Shuxian, apresentou alguns dos programas oferecidos pela pasta, tais como apoio a crianças órfãs, que contam com instalações e um fundo para manter as despesas básicas, a fim de não entrarem para a estatística da pobreza, e apoio a crianças abandonadas, visto que a migração na China é crescente e os pais saem do país e não levam seus filhos consigo. Também foi abordado um programa para fomentar a adoção.
Osmar Terra sugeriu a criação de um grupo de trabalho entre os dois ministérios voltado ao intercâmbio de profissionais. O objetivo é que representantes de um país possa conhecer in loco experiências bem-sucedidas do outro e vice-versa. Também foi debatido um acordo de cooperação entre o Ministério da Cidadania e o Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social da China sobre qualificação e capacitação de jovens para ingressar no mercado de trabalho.
O Brasil conta com quatro milhões de jovens que não trabalham e não estudam, os chamados nem-nem. Um dos objetivos do encontro com o ministro Zhang Jhian foi trocar informações sobre como a China trata seu público jovem e a questão do desemprego. Jhian explicou que a principal ferramenta são os cursos técnicos e de capacitação, que já apresentam resultados. Atualmente o país tem taxa de desemprego de 5,5%.
Um intercâmbio de especialistas brasileiros e chineses foi proposto e aceito em comum acordo entre os dois lados. “O Governo Federal reconhece a importância da China e todo o seu potencial, por isso esses encontros são fundamentais. Tenho certeza que teremos muitos frutos para a sociedade brasileira, tratando desde a primeira infância até o público idoso”, afirmou o ministro Osmar Terra.
A previsão é que os acordos negociados durante a viagem do ministro Osmar Terra sejam oficializados no dia 12 de novembro, quando o presidente chinês, Xi Jinping, vem ao Brasil para a reunião de cúpula dos Brics, bloco político-econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
*Por Jéssica Barz
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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