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Em conferência da FAO no Chile, Wellington Dias destaca ações de combate à fome no Brasil
A atuação do Brasil foi decisiva para o enfrentamento da fome na América do Sul, conforme a edição deste ano do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024). Nesta terça-feira (06.08), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, tratou dos avanços do país sobre o tema, a partir da perspectiva da integração das políticas sociais. A palestra foi em Santiago, no Chile, em conferência das Nações Unidas (ONU).
No escritório regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe, Wellington Dias destacou as ações estratégicas do MDS que contribuíram para a redução da fome. O subdiretor e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, também participou do fórum.
O relatório SOFI atualiza anualmente as condições da fome no mundo. Dados extraídos do relatório apontaram que em 2023 a insegurança alimentar severa no Brasil caiu 85% em relação ao ano anterior. O resgate do Programa Bolsa Família, a recriação da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), a reestruturação do Cadastro Único e a retomada do cofinanciamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foram instrumentos fundamentais para essa queda, como ressaltou o ministro brasileiro.
“Os investimentos nos Sistemas de Assistência Social (SUAS) e de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) são fundamentais para tirar as pessoas da pobreza e da fome. Trago aqui o exemplo de Guaribas, no estado do Piauí, que viveu uma verdadeira transformação social há 20 anos, quando o presidente Lula lançou, na época, o Fome Zero”, lembrou o titular do MDS.
“Foi investindo nesses sistemas que o Brasil saiu do Mapa da Fome. Quando você transfere renda, a economia circula. Quando a economia cresce, você combate a pobreza. E tudo começa por um cadastro”, complementou o ministro. O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014, entretanto, voltou a ele em 2022, segundo a ONU.
Em 2023, o governo brasileiro também implementou o Plano Brasil Sem Fome, estratégia que concentra 80 ações e programas de 24 ministérios. A iniciativa é organizada em três eixos: acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; alimentação adequada e saudável, da promoção ao consumo e; mobilização para erradicar a fome.
O subdiretor da FAO, Mario Lubetkin, ressaltou que a conferência com o ministro Wellington Dias é uma importante oportunidade para conhecer experiências exitosas do país. “Embora a fome no mundo continue sendo muito complexa, devemos observar avanços que temos hoje, como na América Latina. Vamos nos reinventar, todos os dias, para podermos progredir”, declarou.
Aliança Global
À frente do G20, o governo brasileiro está empenhado em mais uma iniciativa nessa linha: consolidar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A partir do seu lançamento - durante a Cúpula dos líderes do G20 em novembro deste ano - até 2030, a Aliança terá a missão de apoiar e acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza.
Tratativas para a adesão do governo do Chile à Aliança Global foram parte da agenda do ministro Wellington Dias, na capital Santiago. O titular do MDS integra a comitiva brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A missão oficial do Brasil no Chile, que foi até esta terça-feira (06.08), teve como objetivo fortalecer laços diplomáticos, promover a cooperação em diversas áreas e discutir temas de interesse mútuo entre os países.
Assessoria de Comunicação - MDS