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Educação é alternativa para prevenir o uso de drogas e incentivar a reinserção social
Brasília – A educação pode ser o caminho para garantir oportunidades aos jovens que cumprem medidas socioeducativas, fazendo com que não voltem ao crime e ao tráfico. Também pode ser uma forma de impedir que crianças e adolescentes virem dependentes químicos. Foi o que constataram os participantes de um painel durante o Seminário Intersetorial de Prevenção, Conscientização e Combate às Drogas, nesta terça-feira (11), em Brasília (DF).
O Programa Saúde na Escola, uma ação articulada entre os ministérios da Educação e Saúde, foi uma das alternativas apresentadas no debate. A representante da pasta de Educação Gláucia Campos disse que a iniciativa está em mais de 5,2 mil municípios e envolve mais de 22 milhões de estudantes. Ela destacou que a nova Política Nacional sobre Drogas, lançada pelo governo federal, abrirá mais uma janela de prevenção. Outra medida importante, na visão dela, são as atividades extracurriculares. "Tentamos prevenir. Pedagogicamente, o nosso trabalho é agir antes que eles comecem a ter problema com drogas. Junto com a comunidade, promovemos o acesso à cultura e ao esporte, por exemplo."
A coordenadora substituta de assuntos socioeducativos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Rosângela Paulino, trouxe para o painel a experiência do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), voltado ao atendimento a crianças e adolescentes em conflitos com a lei. Paulino reforçou o papel da família e a urgência de investir na reinserção social por meio do ensino e da capacitação profissional. "A educação é uma vertente da ação de transformação, seja com a família ou a escola atuando na prevenção. Precisa ser uma construção com a participação de todos os atores", afirmou. "A maioria dos adolescentes atendidos pelo Sinase estão em defasagem escolar e não tem nenhum tipo de qualificação profissional. Atuamos para que eles adquiram não somente um diploma, mas que seja um estímulo para uma mudança de vida", completou.
Funcionário do Desafio Jovem Peniel de Uberlândia (MG), comunidade terapêutica que atende 30 jovens, Marcos Aurélio dos Santos assistiu ao painel e sugeriu que o professor desempenhe o papel de agente no combate às drogas. Para isso, o assunto deveria entrar na grade curricular de formação dos educadores. "Nosso trabalho seria mais efetivo se tivéssemos esse reforço constante dentro da escola, com ações preventivas no dia a dia com os nossos filhos."
Encontro - O Seminário Intersetorial de Prevenção, Conscientização e Combate às Drogas aborda temas como a Nova Política Nacional sobre Drogas, o papel da família no tratamento de dependentes químicos, a violência doméstica, e os programas de prevenção ao uso de drogas, entre outros.
O evento termina nesta terça-feira (11) e é realizado em parceria com os ministérios da Justiça e Segurança Pública, Defesa, Infraestrutura, Educação, Saúde e Mulher, Família e Direitos Humanos.
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*Por André Luiz Gomes
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