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Dependentes recebem tratamento gratuito em comunidades terapêuticas financiadas pelo governo federal
- Foto: Clarice Castro
Dependentes de álcool e drogas tem conseguido, no atual governo, um apoio relevante para o abandono do vício e o retorno ao convívio familiar e ao trabalho. Esse apoio é oferecido por meio de vagas financiadas em comunidades terapêuticas. Instituições privadas sem fins lucrativos, as comunidades acolhem pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de drogas e, a partir daí, oferecem oportunidades que envolvem desde o cuidado em diversos aspectos da saúde à capacitação profissional. Em 2019, o Ministério da Cidadania quadruplicou o número de vagas financiadas pelo governo federal nessas unidades: de 2.900 para 11 mil vagas, em todas as regiões do País. Para este ano, a meta é chegar a 20 mil vagas financiadas.
Segundo o secretário nacional de Cuidado e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, as comunidades terapêuticas têm um papel fundamental, ao promover a ressocialização de usuários e dependentes químicos. “As comunidades terapêuticas valorizam a convivência entre os acolhidos, fortalecendo a mudança de hábitos e rotinas para a redução dos fatores de risco, que levam à dependência e uso de drogas. Além disso, promovem o resgate dos vínculos familiares”, completa.
Daniel Costa Caldas, de 46 anos, é testemunha da importância do trabalho desenvolvido nas comunidades terapêuticas. Ele começou a usar drogas na adolescência e, em função do vício, foi morar na rua. Determinado a se tratar, Daniel procurou a Comunidade Terapêutica Fazenda Renascer, em Belo Horizonte. Ali, ocupou uma das vagas oferecidas pelo Ministério da Cidadania, fez exames e deu início ao tratamento.
“Quando eu entrei, eu propus a levar a sério, a me dedicar ao máximo. E está dando certo. A fazenda é completa, tem tratamento psicológico, tem reuniões de grupo. Então, eu aproveito todas as ferramentas que me são oferecidas. E com isso, né, eu vou voltando à sanidade. Hoje, graças a este tratamento, eu estou conseguindo enxergar novamente uma possibilidade de voltar a viver”, afirma Daniel, internado há seis meses. Ele já está pronto para o primeiro período de ressocialização, de quatro dias com a família, e aproveita todas as atividades oferecidas pela instituição.
Convivência do bem
A base da terapia utilizada nas comunidades terapêuticas é a convivência mútua com outras pessoas que também utilizaram drogas ou álcool e que tenham desenvolvido dependência química. São organizados grupos de mútua ajuda e, assim, os próprios acolhidos se incentivam a atingir os objetivos dos tratamentos, entre eles: a manutenção total da abstinência, a conquista da autonomia, o resgate dos vínculos familiares, a mudança de hábitos e a criação de rotinas. De acordo com o Ministério da Cidadania, todas estas estratégias fortalecem a proteção e reduzem os fatores de risco que poderiam levar a uma recaída no uso de drogas.
É por meio da Secretaria Nacional de Cuidado e Prevenção às Drogas (Senapred) que o Ministério da Cidadania apoia o trabalho das comunidades terapêuticas. Regularmente, a Senapred formula editais de chamamento público, por meio dos quais repassa recursos para a garantia de vagas nestas instituições. Deste modo, a secretaria oferece o tratamento de forma gratuita para pessoas que não tenham como financiá-lo.
Encontre uma oportunidade
Para ingressar em uma comunidade terapêutica, é preciso fazer uma avaliação médica e apresentar um diagnóstico, que pode ser emitido por médico da rede pública ou privada de saúde ou, até mesmo, por médico contratado pela própria entidade que considere a pessoa apta a acolhimento. O tempo deste acolhimento varia entre três e 12 meses.
As vagas financiadas pelo governo federal podem ser encontradas em um mapa online. Por meio dele, qualquer cidadão pode acessar as comunidades conveniadas mais próximas de onde mora e verificar se há vagas disponíveis.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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