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Cooperativas da agricultura familiar são beneficiadas com a abertura de mercado da compra institucional
Brasília - A Cooperativa de Agricultores Familiares de Planaltina de Goiás e Região (ProRural), fundada há quase quatro anos, viu seus negócios progredirem a partir do momento em que começou a vender frutas, verduras e hortaliças para os órgãos públicos federais na capital da República por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A iniciativa abriu caminhos para que a organização, que tem mais de 200 famílias, conquistasse também a venda para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Distrito Federal e nos municípios vizinhos.
Segundo o presidente da cooperativa, Jairison Gonçalo Silva, a expectativa é de que até o fim do ano o empreendimento venda R$ 7 milhões em alimentos para o mercado da Compra Institucional, mais do que o triplo vendido em 2018. Ele conta que o programa transformou a forma do agricultor pensar. “O produtor sabe que a venda aumentou, consequentemente a renda melhorou, e a manutenção dessas vendas para esses programas é constante. Isso tem trazido muitas garantias para o produtor, coisas que a venda individual não consegue apresentar”, explicou o presidente da cooperativa.
A Associação Central das Cooperativas de Agricultores Familiares do Mato Grosso (Ascoop), reúne 11 cooperativas e mais de 4 mil famílias no Estado. No ano de 2018, foram apenas R$ 300 mil reais vendidos por meio da modalidade Compra Institucional do PAA. No entanto, para este ano, com contratos fechados, a organização vai comercializar R$ 2 milhões para quartéis em quatro estados e pretende chegar a R$ 10 milhões de reais até dezembro com a venda de aves, suínos, entre outros produtos.
Para o presidente da Ascoop, João Paulo Moura, a compra dos órgãos federais representa uma forma de manter o produtor rural no campo com um mercado garantido. “É um meio que facilita e garante a venda dos nossos produtos. A Compra Institucional ajuda a promover a inclusão social e produtiva dos agricultores familiares brasileiros”, avaliou. João Paulo conta que acompanha as chamadas públicas abertas pelo portal comprasagriculturafamiliar.gov.br para poder apresentar seus produtos fora do estado do Mato Grosso.
O diretor do Departamento de Compras Públicas para a Inclusão Social e Produtiva Rural do Ministério da Cidadania, Iberê Mesquista, ressalta que mais de 400 cooperativas em todo o País já participam do PAA Compra Institucional, mas há a necessidade de capacitar mais empreendimentos com o objetivo de atender ainda mais a demanda dos órgãos federais. “As vendas acabam qualificando o nosso produtor para ele chegar ao mercado. Estamos capacitando estes produtores para que se organizem e possam produzir e vender mais”, apontou.
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Na Compra Institucional do PAA, cada agricultor familiar poderá vender até o limite de R$ 20 mil, por ano, para cada órgão comprador. Já as cooperativas ou associações, o limite é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador. A legislação determina que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para abastecer órgãos federais venham da agricultura familiar.
*Por André Luiz Gomes
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