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Comunidade Terapêutica Fazenda da Esperança recebe homenagem no Senado Federal
Brasília/DF - Gleidson Pereira, de 47 anos, está há quatro meses em abstinência do uso de crack depois de 30 anos de dependência química. No momento, ele está sendo atendido por uma das 142 unidades da Fazenda Esperança, em Aurilândia, em Goiás. Gleidson conta o que encontrou na comunidade terapêutica que o faz querer continuar na luta contra as drogas.
“Todas as quintas-feiras temos a eucaristia, Jesus presente na Fazenda Esperança. Isso é um dos motivos que está me levando a vivenciar uma vida nova, um homem novo. Temos também as laborterapias, que a cada quatro meses, você fica na horta, na cozinha, na triagem”, contou o atendido.
A Comunidade Terapêutica Fazenda da Esperança é uma das parceiras do governo federal no atendimento e acolhimento aos dependentes químicos. Nesta segunda-feira, a entidade foi homenageada no Senado Federal em sessão especial pelos 36 anos de serviço e mais de 30 mil pessoas atendidas. Atualmente, 71 unidades recebem financiamento do Ministério da Cidadania para acolher mais de 1,3 mil homens e mulheres em todo o País.
Para o secretário Nacional de Cuidados e Prevenção ao Uso de Drogas, Quirino Cordeiro, a homenagem é uma forma de reconhecer o trabalho executado pelas comunidades terapêuticas em todo o País. “Pela primeira vez no Brasil temos uma lei federal que regulamenta as comunidades terapêuticas. Com isso, o governo federal acaba intensificando as suas ações. Esse reconhecimento do poder público a esta entidade e agora do poder legislativo é fundamental para a continuidade da iniciativa”, disse.
Um dos fundadores da Fazenda Esperança, Frei Hans Stapel, ressaltou o real objetivo da entidade. “Para mim, tirar das drogas é muito pouco. Precisa fazer homens novos e mulheres novas. Agora o desejo é aumentar mais para poder acolher aqueles que ainda estão nas cracolândias da vida, nas nossas prisões”, projetou.
De acordo com o senador Siqueira Campos, presidente da sessão, o trabalho executado pela Fazenda da Esperança no tratamento dos usuários de entorpecentes é fundamental na promoção da abstinência e deve ser apoiado ainda mais. “Esse é um dos mais belos projetos sociais de amparo, de encaminhamento da juventude, das pessoas desvalidas, das pessoas que não têm condições de viver normalmente”, avaliou o senador.
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Ao todo, o Ministério da Cidadania financia cerca de 11 mil vagas em comunidades terapêuticas - quantidade quatro vezes maior do que a do ano anterior. A Nova Lei de Drogas foi sancionada em junho pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Entre as modificações, estabelece ações mais rígidas contra o tráfico de drogas, prevê a internação involuntária de usuários para desintoxicação e reforça o trabalho das comunidades terapêuticas.
A Política Nacional Sobre Drogas é desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, Saúde, Justiça e Segurança Pública, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A pasta da Cidadania é responsável pelo tratamento de dependentes químicos com foco na estratégia da abstinência dos usuários.
*Por André Luiz Gomes
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