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Prevenção às drogas
Comitiva do Ministério da Cidadania visita a comunidade terapêutica Fazenda da Esperança no interior paulista
O ministro João Roma durante visita à unidade feminina da Fazenda da Esperança em Guaratinguetá. Foto: Breno Barros/Min. Cidadania
O Governo Federal, por meio da nova Política Nacional sobre Drogas, que completou dois anos em abril, apoia as comunidades terapêuticas para oferecer às pessoas com dependência química, de álcool e de outras drogas a possibilidade de recuperação e de uma vida nova. Nesta sexta-feira (30.01) e sábado (01.05), o ministro da Cidadania, João Roma, visitou e conheceu os trabalhos desenvolvidos pelas unidades da Fazenda da Esperança São Libório, que atende 150 homens em recuperação, e pela unidade feminina, que acolhe cerca de 80 mulheres, em Guaratinguetá (SP).
Estou impressionado com o capricho e a forma leve com que as pessoas trabalham. É muito bom conhecer a realidade e os detalhes da trajetória das comunidades terapêuticas, que tanto contribuem com o nosso país”
João Roma, ministro da Cidadania
“É uma alegria estar aqui e ter esta acolhida. Estou impressionado com o capricho e a forma leve com que as pessoas trabalham. É muito bom conhecer a realidade e os detalhes da trajetória das comunidades terapêuticas, que tanto contribuem com o nosso país”, afirmou o ministro João Roma.
As comunidades terapêuticas são instituições privadas que prestam serviços de acolhimento a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de álcool e de outras drogas. Atualmente, o Governo Federal financia cerca de 500 comunidades terapêuticas em todo o país. Até 2018, a União financiava cerca de 2.900 vagas de tratamento gratuito das pessoas nessas unidades. Hoje, são 11 mil vagas.
A cidade de Guaratinguetá conta com três unidades da Fazenda da Esperança habilitadas pelo Governo Federal. A visita foi acompanhada pelo secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro, pelo chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Cidadania, Ronaldo Vieira, e pelos deputados federais Eros Biodini e Francisco Júnior.
“Nós quadruplicamos o número de vagas financiadas pelo governo para as pessoas terem acesso ao tratamento gratuito nessas entidades. Nos últimos dois anos, passaram por essas 11 mil vagas cerca de 55 mil pessoas”, avaliou Quirino Cordeiro.
Na Fazenda Esperança, o acolhimento é realizado de forma temporária, durante 12 meses, e exclusivamente voluntário. As unidades têm equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos e assistentes sociais. Em 2020, a União repassou R$ 2 milhões à entidade. Neste ano, já foram repassados R$ 508 mil.
“São jovens que estão nas ruas de todas as capitais e não têm quem ajude. E, se não recebem a ajuda de uma comunidade que acolhe, eles não têm força. Quando encontram acolhimento, descobrem quem eles são, as suas forças e se tornam cidadãos totalmente diferentes. É bonito ver essa multidão de pessoas que passaram pelas fazendas, cerca de 30 mil. Muitos hoje são empresários e reconstruíram as vidas”, disse o Frei Hans Stapel, fundador da comunidade.
“O Brasil vive hoje um momento especial no que diz respeito às políticas públicas sobre drogas. Há dois anos foi publicada a nova política nacional sobre o tema. A partir de então, o Governo Federal vem apostando e investindo na recuperação efetiva das pessoas que apresentam dependência química”, disse o secretário Quirino Cordeiro.
Produção de pães é uma das vertentes de ação na Fazenda da Esperança. Foto: Júlio Dutra/Min. Cidadania |
Pilares
A Fazenda da Esperança está presente em mais de 20 países, na Ásia, África, América e Europa. No Brasil, existem 70 comunidades terapêuticas da Fazenda da Esperança, num total de 1.342 vagas contratadas. O trabalho é feito em três pilares: processo pedagógico, convivência em família e espiritualidade.
A comunidade atua desde 1983 no processo de recuperação de pessoas com dependência química, principalmente de álcool e de outras drogas. O local recebeu a visita do Papa Emérito Bento XVI, quando esteve no Brasil em 2007.
A comunidade executa as atividades com a visão de que o ato do acolhido produzir faz com que ele se sinta útil. Assim, os acolhidos cuidam da horta e da lavoura (como milho e feijão), da criação de galinhas, patos, gado, porcos e ovelhas, além do trabalho na padaria da entidade, no açougue e na doceria, onde são produzidos doces de leite e cocadas, entre outros itens.
“Todas as nossas fazendas se esforçam para manter os trabalhos. Somos uma das poucas entidades que lutam para não depender de uma única fonte de renda. Claro, precisamos de ajuda para aumentar, pois temos mais de 150 fazendas e outras 50 foram doadas. Precisamos construir e acolher com estrutura para começar a atender a fila das pessoas que querem entrar”, disse o Frei Hans Stapel.
Foto: Júlio Dutra/Min. Cidadania |
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania