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Segurança Alimentar
Ceará se engaja na luta por um Brasil sem fome
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou da assinatura da carta de adesão do Pacto por um Ceará sem Fome, nesta sexta-feira (16.06), em Fortaleza, com a presença do governador Elmano de Freitas e várias autoridades. O objetivo foi envolver o poder público, as organizações da sociedade civil e a iniciativa privada em prol de uma única causa: o combate à fome e à desnutrição no país.
Com esse programa, estamos precedendo um grande programa que é o Brasil sem Fome. Temos que ter esse olhar para a renda e para combater a fome das pessoas"
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
“A fome tem pressa e o Ceará sai na frente”, disse o ministro Wellington Dias no seu discurso no Centro de Eventos de Fortaleza lotado. “Com esse programa, estamos precedendo um grande programa que é o Brasil sem Fome. Temos que ter esse olhar para a renda e para combater a fome das pessoas. O Ceará vai tirar proporcionalmente mais famílias da extrema pobreza do que outros estados brasileiros”, completou o titular do MDS.
O programa vai beneficiar, no estado, mais de 300 mil pessoas, a partir do resultado de duas ações vinculadas ao projeto: cartão-alimentação mensal de R$ 300 para famílias em situação de vulnerabilidade e de refeições diárias disponibilizadas por meio de cozinhas solidárias espalhadas em todo o estado.
“Estamos unindo o governo, a sociedade civil, empresários e movimentos sociais para enfrentar um problema que já havíamos superado. Vamos investir mais R$ 160 milhões por ano para garantir que as famílias cearenses tenham o cartão no valor de R$ 300, para aquelas que recebem abaixo de R$ 168”, detalhou o governador cearense.
Uma das primeiras ações foi a entrega de 45 mil cartões-alimentação como parte do programa Ceará sem Fome. Além disso, Elmano de Freitas explicou que serão estruturadas cozinhas solidárias para distribuição de 100 mil refeições diárias, durante cinco dias da semana. “A nossa meta é que o Brasil saia do mapa da fome e queremos ser os primeiros a realizar isso aqui no Nordeste”, prometeu.
O governo do Ceará divulgou edital para o credenciamento de unidades de cozinhas solidárias com objetivo de dar suporte com insumos e recursos para mais de 1,2 mil unidades produtoras de refeição. Um investimento de R$ 184 milhões.
“Estamos dando um passo importante aqui no Ceará e este programa será estendido a todo o país. Queremos proporcionar mais do que uma transferência de renda. Precisamos tirar mais gente da miséria. É um patamar de renda por pessoa onde uma parte já é atendida pelo Bolsa Família, garantindo as três refeições por dia e as suas necessidades básicas”, acrescentou o ministro Wellington Dias.
A primeira-dama Lia de Freitas ressaltou o cuidado com as mulheres: "As beneficiárias principais são mulheres, chefes de família que estão em vulnerabilidade social, com renda per capita de até R$ 168, com crianças e adolescentes nas suas residências", detalhou.
Escola de Gastronomia
Inaugurada em 2018, no bairro Cais do Porto em Fortaleza, a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco é um bom exemplo de compromisso social que pode dar certo. Resultado de uma parceria entre poder público e privado, o local associa ensino e pesquisa incentivando o empreendedorismo, além de qualificar os alunos para o mercado de trabalho.
Os cursos oferecidos são gratuitos, de longa ou curta duração, abrangendo várias áreas da gastronomia local. Segundo a superintendente da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, Selene Penaforte, o local é resultado da primeira política pública nacional que garante recursos para o desenvolvimento da cultura alimentar e da gastronomia social no Ceará.
“Além de formações profissionalizantes nas áreas de confeitaria panificação, cozinha quente, desenvolvemos pesquisas e este é o nosso grande diferencial, porque elas visam valorizar aquilo que é produzido no campo, o que está ligado à agricultura familiar, a cadeia produtiva do alimento e olhando, principalmente, para as comunidades tradicionais como indígenas, ribeirinhas e quilombolas”, disse.
“Este é o nosso público preferencial, além de mulheres, idosos e pessoas com deficiência. É uma grande escola inclusiva, que se utiliza da linguagem da gastronomia para proporcionar mobilidade e transformação social”, finalizou Selene Penaforte.
Em torno de 27 mil pessoas já foram beneficiadas nos diversos programas da escola: cursos profissionalizantes, cursos básicos, laboratório de criação e pesquisa e programa de horta agroecológica.
Assessoria de Comunicação - MDS