Notícias
União
Campanha da Fraternidade da CNBB reforça pacto pela erradicação da fome no país
Foto: MDS
A fome volta a ser o tema da Campanha da Fraternidade após 38 anos. Lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta quarta-feira (22.02), a iniciativa chama a atenção para o problema pela terceira vez em sua história. Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mais de 33 milhões de pessoas estão em situação de fome no país.
Tudo o que mais precisamos no Brasil é de um pacto contra a fome. Unir todos para ajudar a quem mais precisa"
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Com o lema “Fraternidade e Fome”, a campanha tem como um dos objetivos despertar a atenção para o sofrimento humano causado pela falta de alimento. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou a importância de se levantar o debate sobre a questão, após o Brasil voltar a aparecer no Mapa da Fome das Organizações das Nações Unidas (ONU).
“Tudo o que mais precisamos no Brasil é de um pacto contra a fome. Unir todos para ajudar a quem mais precisa. Estamos em fase final de elaboração da proposta do Bolsa Família, que será um dos mais importantes programas para retirarmos novamente o país do mapa da fome, da insegurança alimentar e da pobreza”, projetou o ministro.
Em 2014, o Brasil recebeu da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) a certificação de país fora do Mapa da Fome e da Insegurança Alimentar e Nutricional, consequência de ações como o Programa Fome Zero, lançado há 20 anos.
“Vamos alcançar esta meta novamente. E somente será possível com o engajamento de todos, de mãos dadas, setor público e setor privado, estados, municípios, Governo Federal, legislativo e judiciário, entidades de classe, organizações não governamentais e igrejas. É hora de deixar as diferenças de lado para levar um prato de alimento a quem passa fome”, prosseguiu Wellington Dias.
O MDS estabeleceu desde janeiro uma agenda de encontros e reuniões com os mais diversos setores da sociedade, governos e iniciativa privada no intuito de estabelecer modelos e alternativas para enfrentar o problema da fome no país. Por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/22), o ainda governo de transição conseguiu negociar com o Congresso Nacional um espaço orçamentário de R$ 145 bilhões para serem destinados às iniciativas sociais.
“O Governo Federal dispõe de 32 programas voltados para a cidadania plena e inclusão socioeconômica. Vamos investir para cuidar de 55 milhões de pessoas que estão entre as mais pobres e viabilizar condições de alimentação a outras 35 milhões. São 90 milhões de pessoas que sofrem pelo desmantelamento de muitas políticas sociais que estamos com a missão de reconstruir”, finalizou o ministro.
Assessoria de Comunicação - MDS