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Combate à fome
Bahia adere ao Plano Brasil Sem Fome e recebe recursos do PAA
Como parte das políticas para o combate à fome e à insegurança alimentar no país, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, assinou o repasse de R$ 13,88 milhões para a execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na Bahia. O ato ocorreu durante a 6ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, na última terça-feira (17.10), em Salvador, quando o governador Jerônimo Rodrigues também assinou a adesão do estado ao Plano Brasil Sem Fome.
“Temos um grande desafio pela frente”, enfatizou o ministro. “O país já esteve fora do mapa da fome e parecia impossível reverter esses números, mas conseguimos. Agora precisamos novamente nos unir para buscar novas formas de manter o nosso povo alimentado com qualidade”, completou, diante de cerca de 800 pessoas entre delegados, representantes da sociedade civil e autoridades.
O país já esteve fora do mapa da fome e parecia impossível reverter esses números, mas conseguimos. Agora precisamos novamente nos unir para buscar novas formas de manter o nosso povo alimentado com qualidade”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social
A meta é tirar novamente o Brasil do mapa da fome até 2030, reduzindo as taxas totais de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional. O Plano Brasil Sem Fome articula 80 ações e programas dos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), recriada neste ano. Ao todo, são 100 metas propostas.
“Quero de volta essa integração com municípios e estados para que a união seja a força de que precisamos para colocar o Brasil de pé novamente, estendendo a mão a todos que precisam”, pontuou Wellington Dias.
No PAA, os R$ 13,88 milhões são para as modalidades compra com doação simultânea, PAA - Leite, compra direta, compra institucional e apoio à formação de estoques. A distribuição está prevista para 34 municípios em 16 territórios de identidade: Bacia do Jacuípe, Baixo Sul, Extremo Sul, Litoral Sul, Metropolitano de Salvador, Semiárido Nordeste II, Sertão Produtivo, Sudoeste Baiano, Bacia do Paramirim, Costa do Descobrimento, Litoral Norte e Agreste Baiano, Médio Rio de Contas, Portal do Sertão, Sertão do São Francisco, Sisal e Vale do Jiquiriçá.
Desse total, R$ 4 milhões serão destinados para povos indígenas, quilombolas e assentados em situação de insegurança alimentar, provimento de cestas de alimentos com produtos in natura e apoio a equipamentos públicos e sociais existentes em seus territórios.
"O Brasil tem capacidade de produção de alimentos e de geração de renda para sair do mapa da fome outra vez", afirmou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. "Esse plano significa isso. Um Brasil sem fome é uma Bahia sem fome”, completou.
Conferência
No estado, o programa Bahia Sem Fome também atua no auxílio aos mais vulneráveis. A iniciativa une esforços de organizações civis, de entidades privadas e a participação social, levando alimentos e doações a periferias dos municípios baianos. A rede atende centros de abastecimentos, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e solidárias, escolas públicas, bancos de leite materno e armazéns de agricultura familiar.
“Não queremos apenas erradicar a fome, queremos comida de verdade na mesa dos brasileiros, produzida de maneira justa, sustentável e de maneira que a distribuição dessa riqueza alimentar seja igualmente repartida na nossa população”, disse a presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine.
Ao todo, a Bahia realizou 18 conferências territoriais de segurança alimentar e nutricional, que mobilizaram mais de 1.500 pessoas em 349 municípios, e foram eleitos 564 delegados. Os resultados dessas discussões vão auxiliar na elaboração de políticas públicas focadas na efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável no estado e na consolidação do sistema de segurança alimentar e nutricional.
“Esse evento é um movimento de resistência e de resgate do Consea Nacional. O Consea da Bahia nunca parou de funcionar, mesmo durante a pandemia e o governo anterior”, explicou o coordenador do território Litoral Sul, Carlos Alberto dos Santos. “Cada evento que fazemos abordando a segurança alimentar é um passo a mais para a soberania alimentar do nosso povo, porque o índice de pessoas passando fome é muito grande aqui no estado”, acrescentou.
A 6ª Conferência Estadual segue até quinta-feira (19) e vai eleger 92 delegados para a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que será realizada de 11 a 14 de dezembro de 2023, em Brasília.
Assessoria de Comunicação - MDS