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Transferência de Renda
Auxílio Brasil impacta na redução da extrema pobreza no país, indica estudo do Ipea
O ministro Ronaldo Bento durante a coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania
Enquanto a expectativa é de que a extrema pobreza cresça 15% no mundo segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil vai na contramão e terá queda de 24% até o fim de 2022. A previsão está no estudo “Expansão do Programa Auxílio Brasil: Uma reflexão Preliminar”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A pesquisa aponta que o Auxílio Emergencial do Governo Federal teve papel estratégico para mitigar efeitos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19, além de conectar o programa permanente de transferência de renda do Ministério da Cidadania com indicadores de melhoria do mercado formal de trabalho.
Segundo o Ipea, foram gerados, em média, 365 novos empregos formais para cada mil famílias incluídas no Auxílio Brasil. As informações foram detalhadas nesta quarta-feira (17.08) pelo ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, e pelo presidente do Ipea, Erik Figueiredo, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.
“O estudo técnico mostra uma evolução da política de transferência de renda em nosso país. O Auxílio Brasil vem com uma mudança de conceito em termos de proteção social. Procuramos trazer uma assistência social voltada à autonomia das famílias”, disse Ronaldo Bento.
O ministro explicou que as políticas sociais passaram a ter visão sistêmica e uma proteção global que permite a busca da emancipação. “Quando a gente analisa um estudo sério, que aponta que a cada 100 famílias que entram no Auxílio Brasil são criadas 37 vagas formais de emprego, a gente acaba com o discurso que insinuava que a ajuda à população pobre era um estímulo ao não trabalho. O Auxílio Brasil quebra esse paradigma”, afirmou Ronaldo Bento.
O ministro Ronaldo Bento e o presidente do Ipea, Erik Figueiredo. Fotos: Júlio Dutra/ Min. Cidadania |
Segundo o estudo do Ipea, 33% dos empregos formais vêm sendo criados em municípios com menos de 100 mil habitantes. Ao considerar municípios com taxa de informalidade superior a 40%, verificou-se que 21% dos novos empregos foram criados nessas localidades.
Para o presidente do Ipea, o número de vagas contraria a ideia de que benefícios sociais prejudicam o mercado de trabalho, porque as pessoas tenderiam a deixar de procurar emprego. “Agora, as pessoas têm uma porta de saída clara. Você pode conseguir um emprego formal e permanecer recebendo o auxílio por pelo menos dois anos”, disse.
Sobre as trilhas de emancipação, Ronaldo Bento destaca o papel dos benefícios complementares pagos de acordo com os perfis das famílias do Auxílio Brasil, como o Auxílio Esporte Escolar, a Bolsa de Iniciação Científica Júnior e o Auxílio Inclusão Produtiva Rural.
“É importante lembrar que o programa conta com mais de 80% das famílias chefiadas por mulheres . Essas mulheres contam com ferramentas que auxiliam, como os benefícios complementares”, explicou o ministro.
Auxílio Brasil
De julho para agosto, mais de 2,2 milhões de famílias de todo o país foram incluídas no Auxílio Brasil, o que garantiu atendimento pleno de todas as famílias que apresentavam, no Cadastro Único, perfil para serem contempladas. Levando em conta o histórico do programa, implementado em novembro de 2021, são mais de 7,1 milhões de famílias adicionadas ao longo dos últimos dez meses. O Auxílio Brasil chegou a 20,2 milhões de famílias beneficiadas em todo o país.
O reajuste do valor para R$ 600, que começou a ser pago neste mês de agosto, não foi considerado pelo estudo. O Ipea diz que o incremento tem possibilitado ganhos no poder de compra que podem chegar a 116% com o piso de R$600.
Os R$ 600 levam em conta o valor mínimo pago por família de R$ 400 e o valor complementar de R$ 200 até dezembro de 2022, viabilizado a partir da aprovação de Emenda Constitucional pelo Congresso Nacional. O investimento para o pagamento do Auxílio Brasil em agosto de 2022 é superior a R$ 12 bilhões.
“O Brasil está na contramão do mundo após 2019. Tivemos queda generalizada na pobreza em função das ações do Ministério da Cidadania. A ampliação do Auxílio Brasil impactou. As quedas mais fortes foram nas regiões Norte e Nordeste”, finalizou Erik Figueiredo.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania