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Transferência de Renda
Auxílio Brasil abre caminho para emancipação de beneficiários
Na periferia de Brasília, Cassilene Santos Rocha, 38 anos, alimenta o desejo de proporcionar as melhores oportunidades para os seus quatro filhos. Ela cuida sozinha deles e conta com o Auxílio Brasil para o complemento da renda. O novo programa de transferência de renda do Governo Federal permite à artesã se dedicar ao empreendedorismo e, por consequência, melhorar a qualidade de vida da família.
O artesanato me ajuda muito a complementar a minha renda. Eu sempre fiz laços de cabelo para crianças e crochê. Há um ano, aprendi a fazer sabonetes artesanais, que é também uma arte. Para mim, é um ganho e um aprendizado maravilhoso”
Cassilene Rocha
“Faço crochê desde os 10 anos de idade. Sou apaixonada por todo tipo de artesanato. O artesanato me ajuda muito a complementar a minha renda. Eu sempre fiz laços de cabelo para crianças e crochê. Há um ano, aprendi a fazer sabonetes artesanais, que é também uma arte. Para mim, é um ganho e um aprendizado maravilhoso”, disse Cassilene.
A artesã faz parte dos 17,5 milhões de beneficiados no mês de janeiro pelo Auxílio Brasil. Este é o maior patamar já registrado na história dos programas sociais no país. Cada família recebe o valor mínimo de R$ 400 por mês. O programa é inovador ao integrar políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda, além de fornecer trilhas de emancipação aos cidadãos.
“Com esse conjunto de ações, fortalecemos as políticas de transferência de renda. Há todo um suporte a esses brasileiros, que pode servir de sustentação para uma economia que precisa buscar aquecer, retomar a estrutura para gerar emprego e fazer com que o Brasil avance, cada vez mais”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.
A história de Cassilene é semelhante à de milhares de brasileiros que saíram do interior para buscar melhores oportunidades de trabalho e renda nas capitais. Nascida no município de Ibiaí, com cerca de 10 mil habitantes no interior de Minas Gerais, ela mora há 10 anos no Distrito Federal.
A vida de Cassilene teve uma virada em 2020, quando foi diagnosticada com câncer de Cólon e Reto. Sem poder trabalhar, ela fez cirurgia e começou o tratamento. Foi o período em que o programa de transferência de renda do Governo Federal foi primordial para garantir a compra de alimentos para a casa e pagar outras despesas. O Auxílio Emergencial chegou a pagar R$ 1.200 mensais para mulheres chefes de família monoparental.
“Falo sempre que nunca vou esquecer o ano de 2020, porque há males que vêm para o bem. Aconteceu a doença, veio a pandemia, o benefício que eu recebia do governo triplicou e consegui pagar os exames”, relembra Cassilene.
O olhar empreendedor aflorou durante o tratamento de saúde. Entre uma sessão e outra de quimioterapia, ela fazia crochê como forma de terapia. Foi quando enxergou a oportunidade de investir na compra de matéria prima e passar a vender seus produtos.
“Eu falo que foi o crochê que me ajudou a não entrar em depressão. Já o sabonete eu pensei em fazer pensando mais na minha cidade, porque lá não tem esse tipo de produto. No dia que fui para Ibiaí, consegui vender 30 sabonetes em um dia. Agora, estou investindo pensando em quando eu mudar para lá de volta”, projeta a artesã.
O Programa
O Auxílio Brasil tem importantes diretrizes, como a integração entre os programas, os serviços e os benefícios de assistência social para o atendimento das famílias, a implementação e a gestão compartilhadas entre os entes federativos, a atuação transparente, democrática e integrada dos órgãos da administração pública federal com a administração pública estadual, distrital e municipal, a utilização da tecnologia da informação como meio prioritário de identificação, inclusão e emancipação cidadã dos beneficiários, além da promoção de oportunidades de capacitação e de empregabilidade dos beneficiários, de forma a proporcionar autonomia a essas pessoas.
O programa é composto por diversos núcleos de benefícios financeiros, tais como o Benefício Primeira Infância, Benefício Composição Familiar e Benefício de Superação da Extrema Pobreza.
Outros seis benefícios complementam o Programa Auxílio Brasil: Auxílio Esporte Escolar, Auxílio de Iniciação Científica Júnior, Auxílio Criança Cidadã, Auxílio Inclusão Produtiva Rural – concedido às famílias de agricultores familiares, beneficiárias do Auxílio Brasil, para incentivar a produção, doação e consumo de alimentos saudáveis e Auxílio Inclusão Produtiva Urbana e Benefício Compensatório de Transição – concedido às famílias beneficiárias do Bolsa Família, que, com o novo enquadramento na estrutura do Programa Auxílio Brasil, tiveram redução no valor total dos benefícios recebidos.
Assim, com esses auxílios, são propostas diferentes linhas de enfrentamento à vulnerabilidade social: um auxílio direcionado à primeira infância, outros ao desenvolvimento educacional dos jovens, e os que visam à emancipação das famílias por meio da inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania