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Segurança Alimentar
Agricultora familiar do DF afirma que pagamento certo e direto na conta dá segurança para quem vende pelo PAA
A agricultora familiar, Cliene Santos, 42 anos, é beneficiária do Bolsa Família e também fornece parte da sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Ela conta que sonhava em trabalhar com a terra e isso a motivou a deixar a cidade, enquanto os programas sociais tornaram viável esse projeto de vida. “Isso é muito em função desses programas, que nos dá condição de cuidar da nossa terra, cuidar mais da família”, atestou a moradora do Núcleo Rural Capão Cumprido, em São Sebastião (DF).
A família da Cliene, casada e mãe de cinco filhos, é uma das 11.246 de todo o país que venderam a produção para o PAA, na modalidade Compra com Doação Simultânea, em julho. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) investiu R$ 32,09 milhões no mês, para adquirir 5,42 milhões de quilos de alimentos (5,42 mil toneladas).
O valor da compra cai direto na conta do agricultor, que pode usar o cartão do PAA para sacar e movimentar o dinheiro. “O cartão, além de facilitar o saque... o bom desse Programa é que o dinheiro cai direto na conta do agricultor”, elogiou a piauiense erradicada no Distrito Federal. Segundo ela, o PAA é ‘a galinha dos ovos de ouro’ dos programas sociais. “Não sou só eu que falo isso, muitos agricultores falam”, completou.
Com uma agenda com datas certas para a entrega da produção, que vai abastecer a rede socioassintencial, escolas, equipamentos sociais de alimentação e nutrição, como as cozinhas solidárias, dentre outros locais, os agricultores que fornecem para o PAA na modalidade de Compra com Doação Simultânea têm garantida a venda.
Cliene enumerou ainda outros motivos que fazem o PAA ser importante para os produtores rurais. “Uma das coisas é sair da conta direto do governo para a conta do agricultor. É um Programa certo em termos de pagamento, de cair naquele dia e estar lá na conta. Também valorizam muito nosso trabalho, a qualidade do nosso produto que é orgânico”, elencou.
Para a agricultora, o PAA permite o desenvolvimento constante da produção, desde a possibilidade de acesso à água até a compra de maquinário. “Com o Programa, a gente pode fazer muito mais. Eu não tinha água, deu a oportunidade de entrar numa dívida para um poço. Hoje a gente está com transporte melhor para trabalhar. Tudo isso o Programa ajuda e nos dá segurança”, declarou Cliene, que produz ao lado do marido Jurandy Pereira, vagem, abóbora, quiabo, pepino, couve, cenoura, mandioca, dentre outros legumes e hortaliças.
No entanto, a agricultora projeta ampliar a variedade de produtos pensando no futuro, quando não conseguir mais trabalhar na horta. “A gente quer passar a investir em frutíferas. Aqui nas hortas têm limões. A gente não quer deixar a área sem nada, quer deixar o espaço tratado com as frutíferas. Eu gosto desse sistema de agrofloresta. É a nossa aposentadoria”, disse Cliene, com amor pelo que faz, sem se arrepender de ter mudado o estilo de vida. “Eu sou agricultora com muito orgulho”.
Recorte estadual
Em julho, o estado que mais teve dinheiro investido na compra da produção dos agricultores familiares pelo PAA foi a Bahia, com R$ 3,87 milhões, na aquisição de 688,08 mil quilos de alimentos (688 toneladas), beneficiando 1.594 agricultores.
O Pará aparece na sequência, com R$ 3,06 milhões transferidos para a compra de 501,67 mil quilos de alimentos de 942 agricultores. O Maranhão teve o terceiro maior montante, com R$ 2,83 milhões. Foram 437,37 mil quilos de alimentos de 859 agricultores.
Minas Gerais teve R$ 2,81 milhões para a aquisição de 457,76 mil quilos de alimentos de 1.452 produtores rurais. No Amazonas, foram R$ 2,65 milhões para 484 agricultores que forneceram 554,79 mil quilos de alimentos.
Assessoria de Comunicação - MDS