Notícias
Estratégia Rotas de Integração Nacional e Plataforma Rota-S são apresentadas a representantes de 12 países
Brasília (DF) – O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) apresentou a Estratégia Rotas de Integração Nacional, programa que atua na promoção do desenvolvimento das regiões e no fortalecimento das cadeias produtivas locais, a países parceiros durante seminário on-line na manhã desta terça-feira (9). Além disso, os participantes também conheceram a Plataforma Rota-S, que conta com uma página na internet e com uma versão para smartphones, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos com o nome Rotas de Integração Nacional.
Quem acessar a página ou o aplicativo da Rota-S vai encontrar dados como os tipos de Rotas existentes, os polos que já estão em funcionamento por todo o País e quais cidades integram cada unidade. Também é possível conhecer um breve histórico de cada cadeia produtiva apoiada pela Estratégia e fazer um cadastro de produtos. Nesta última etapa, o produtor deve informar a Rota de que faz parte, qual polo integra e inserir dados da empresa.
Cerca de 180 pessoas participaram do seminário. Além de brasileiros, representantes de outros 12 países também acompanharam a sessão: Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, República Dominicana e México.
“Esse evento é uma oportunidade que temos de mostrar as boas práticas que estão sendo aplicadas no Brasil para estimular o desenvolvimento regional e que podem ser replicadas em países vizinhos que acompanharam o seminário”, destacou a secretária nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Sandra Holanda. “As Rotas são um importante instrumento para levarmos desenvolvimento para as diversas regiões do Brasil, especialmente aquelas que ainda necessitam de apoio para criar melhores condições para a população, por meio do crescimento econômico, da geração de renda e da melhoria da qualidade de vida. Elas são, de fato, uma estratégia de inteligência para promover o desenvolvimento regional”, completou.
A Plataforma Rota-S foi desenvolvida a partir de uma parceria entre o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), organismo multilateral ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Quem acessar a página ou o aplicativo da Rota-S vai encontrar dados como os tipos de Rotas existentes, os polos que já estão em funcionamento por todo o País e quais cidades integram cada unidade. Também é possível conhecer um breve histórico de cada cadeia produtiva apoiada pela Estratégia e fazer um cadastro de produtos e do produtor. Nesta última etapa, o produtor deve informar a Rota de que faz parte, qual polo integra e inserir dados da empresa.
Casos de sucesso
A sessão desta terça-feira também foi destinada a apresentar ações bem-sucedidas da Estratégia Rotas de Integração Nacional. Os casos selecionados foram da polo da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF) da Rota da Fruticultura e do Polo Apícola do Norte de Minas Gerais da Rota do Mel.
Rotas de Integração Nacional
As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Buscam promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.
Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
“As Rotas têm esse caráter de promover o desenvolvimento regional, beneficiando milhares de pessoas que integram essa iniciativa”, disse o diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Francisco Soares Júnior. “E a Rota-S vai facilitar o intercâmbio de informações entre os produtores para desenvolvermos ainda mais as Rotas”, reforçou.
Além dos milhares de pequenos produtores familiares beneficiados com a geração de emprego e renda, as Rotas contribuem na produção de alimentos regionais de qualidade e a preços acessíveis. Estima-se que nos últimos anos foram produzidos mais de 1,5 milhão de litros de leite e derivados nos polos da Rota do Leite; cerca de 157 mil toneladas de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau; 161 toneladas de açaí; 940 toneladas de mel e derivados; 1,2 milhão de toneladas de frutas diversas pela Rota da Fruticultura.
Já a Rota do Cordeiro, a estimativa é de um rebanho de 14 milhões de cordeiros e na do peixe, 841 mil toneladas. Há, ainda, os produtos provenientes da biodiversidade, que somam cerca de 22 de toneladas.
Próxima ação
Na próxima terça-feira (16), também a partir das 9h30, acontece o segundo dia do seminário internacional. Haverá uma apresentação técnica sobre a experiência da criação da Rota do Mel, abordando o mecanismo de definição de uma Rota, como encontrar os produtores, a criação do Comitê Gestor dos polos e como eles devem alimentar a Plataforma Rota-S.
Em seguida, será a vez dos produtores aprenderem as funcionalidades da ferramenta, as informações que podem ser adicionadas ao sistema e as facilidades de acesso, tanto pelo computador quanto pelo aplicativo.
Também serão apresentadas mais duas experiências de sucesso: do polo da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Ride-DF) da Rota da Fruticultura, que também engloba produtores de cidades próximas de Goiás e de Minas Gerais; e do Polo Apícola do Norte de Minas da Rota do Mel.
Os participantes receberão certificados. Para receber o seu, cadastre-se aqui.
O Seminário é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS) e o Instituto Avaliação.
Programação completa
Dia 16
9h-9h30 – Abertura da sala
9h30-9h50 – Fala de boas-vindas
9h50-10h20 – Plataforma Rota-S por dentro: a experiência de criação da Rota do Mel (coordenador de Geoinformações do MDR, Samuel Menezes de Castro)
10h20-10h40 – Debate
10h40-11h00 – Plataforma Rota-S por dentro: como alimentar o sistema produtor (coordenador da Rota da Economia Circular, Luiz Paulo de Oliveira)
11h-11h15 – Caso de sucesso no Brasil: Polo de Fruticultura da Ride-DF (coordenador do polo, Luiz Curado)
11h15-1130 – Caso de sucesso no Brasil: mel de aroeira: do Brasil para o Mundo (Alex Demier, analista em desenvolvimento da Codevasf em Montes Claros-MG)
11h30-11h40 – Debate
11h40-11h50 – Expectativas de diálogo internacional com a Plataforma Rota-S (diretor de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Francisco Soares)
11h50-12h - Expectativas de diálogo internacional com a Plataforma Rota-S (parceiros internacionais)
12h-12h10 – Encerramento