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8 DE JANEIRO
Waldez participa de ato em defesa da democracia
Ministro participou da cerimônia que marcou dois anos dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro (Foto: Luis Fortes/MEC)
Brasília (DF) - Em coalizão pela defesa do Estado Democrático de Direito, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou da cerimônia que marcou os dois anos dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, nesta quarta-feira (8), no Palácio do Planalto.
Com o slogan “Democracia Fortalecida”, o ato político realizado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou com ampla presença de ministros e ministras do Poder Executivo, além de representantes do Judiciário e do Legislativo. Os discursos tiveram como foco a memória nacional, a Constituição e a responsabilização dos mentores e executores das invasões aos prédios da Praça dos Três Poderes. Também compareceram lideranças e membros de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais.
O Presidente da República enfatizou que a democracia saiu vencedora após o episódio e que, agora, é necessário que os envolvidos sejam julgados perante a Justiça pela tentativa de rompimento democrático. “Todos pagarão pelos crimes que cometeram, inclusive os que planejaram os assassinatos do presidente, do vice-presidente da República e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, reiterou.
Na visão do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, o 8 de janeiro precisa ser sempre lembrado. “É inadmissível que autoridades e pessoas que deveriam estar sempre em defesa da democracia estivessem se utilizando do sistema democrático para amedrontar novamente o povo brasileiro com possibilidade de ditaduras, de perseguições, de fascismos”, argumentou Waldez Góes.
O ministro lembrou, ainda, que a cerimônia teve valor pessoal para ele, que estava com o Presidente em Araraquara (SP) na data dos ataques antidemocráticos. “Nós estávamos ali para assistir a população que havia sido atingida por um evento e, na segunda visita, nós tivemos que interromper as atividades para que o presidente pudesse, de lá, liderar toda uma reação e não permitisse que o golpe acontecesse”, ressaltou.
Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia
Ainda durante o evento que marcou os dois anos do ataque, foi assinado pelo Presidente Lula, o presidente da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, um decreto que cria o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia.
A honraria será concedida anualmente pelo Observatório da Democracia da AGU para cidadãos que tenham contribuído de forma substancial, seja por atuação profissional, intelectual, social ou política, para a preservação, restauração ou consolidação do regime democrático no Brasil.
Artefatos históricos restaurados
O ato também serviu para o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, apresentarem 21 artefatos históricos e obras de arte que foram reintegrados ao acervo do Palácio após terem sido destruídos na data.
Depois da cerimônia, o presidente desceu a rampa do Palácio do Planalto, acompanhado das autoridades presentes, para realizar um ato simbólico de ocupação da Praça dos Poderes.