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Desenvolvimento Regional
Waldez Góes destaca oportunidades de investimentos estrangeiros em ações de desenvolvimento regional no Brasil
Ministro Waldez Góes apresentou oportunidades de investimentos estrangeiros em áreas como segurança hídrica, proteção e defesa civil e desenvolvimento regional e territorial (Foto: Dênio Simões/MIDR)
Brasília (DF) – O ministro Waldez Góes apresentou, nesta terça-feira (7), a empresários brasileiros e investidores internacionais, as principais ações do Governo Federal na área de integração e desenvolvimento regional. Durante a sexta edição do Brasil Investment Forum (BIF), maior evento de atração de capital estrangeiro da América Latina, Waldez apresentou oportunidades de investimentos em áreas como segurança hídrica, proteção e defesa civil e desenvolvimento regional e territorial, entre outras.
“O Brasil é um mercado atrativo e pujante, o terceiro maior receptor de investimentos estrangeiros no mundo e o maior da América Latina, com US$ 85 bilhões em 2022, o que representa um aumento de quase 70% em comparação aos US$ 50 bilhões registrados no ano anterior”, informou Waldez Góes. “Os investidores internacionais podem aproveitar diversas vantagens competitivas locais e as cadeias de suprimentos regionais para impulsionar seus portfólios e também gerar desenvolvimento para o nosso País”, completou.
Waldez Góes foi um dos participantes da mesa O Poder das Oportunidades Regionais, que também contou com a presença do representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, do diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e do CEO da Prumo Logística, Rogério Zampronha. O BIF é promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Em sua apresentação, o ministro abordou as estratégias adotadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) para fomentar o desenvolvimento inclusivo e sustentável do País. “Temos uma diversidade de políticas que são transversais com outras pastas do Governo Federal”, explicou Waldez. “Somos responsáveis pelas políticas de desenvolvimento regional e de fronteiras, de ordenamento territorial, de segurança hídrica e de proteção e defesa civil. Também cuidamos dos fundos constitucionais e de desenvolvimento do Nordeste, Centro-Oeste e da Amazônia”, informou.
O ministro destacou que as políticas e ações do MIDR têm como focos principais a redução da pobreza e das desigualdades regionais, a distribuição de renda, a mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas e o exercício democrático permanente. “Essas são agendas consideradas prioritárias pelo presidente Lula e que nós estamos cumprindo rigorosamente, sempre em sintonia com os mais diversos órgãos do Governo Federal”, apontou.
Carteira de projetos
Durante o debate, Waldez Góes informou que o MIDR elaborou, em parceria com a ApexBrasil, um portfólio de projetos com potencial de receber investimentos estrangeiros. Estão na lista iniciativas das secretarias da Pasta e também das instituições vinculadas – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).
“Este portfólio observa todas as práticas internacionais e tem relação direta com a Agenda 2030 e com os critérios ASG (sigla para ambiental, social e governança”, afirmou Waldez. “Os projetos foram selecionados tendo como base essas características. E uma que é muito importante é a adaptabilidade às mudanças climáticas, que é um tema que causa insegurança não só na vida das pessoas atingidas, mas também do investidor”, apontou o ministro.
Sociobioeconomia
Uma das áreas destacadas pelo ministro Waldez Góes e que tem grande potencial de gerar desenvolvimento regional é a sociobioeconomia. “A bioeconomia já vem ocorrendo em vários locais, entre eles a Amazônia, mas é preciso estender e fomentar o conceito da sociobioeconomia. Todos os negócios são bem-vindos, mas o benefício não pode ser para meia dúzia de empresas”, afirmou. “É preciso que os investidores internacionais interessados nesse modelo de desenvolvimento trabalhem para incluir as populações tradicionais, os povos originários, aqueles que estão na luta permanente”, completou.
Waldez Góes informou, ainda, que foi aprovada recentemente a criação de linhas de microcrédito com recursos dos Fundos Constitucionais de Desenvolvimento do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO). “Essas linhas terão como foco, por exemplo, as mulheres e os agricultores familiares, entre outros”, explicou o ministro. “E estamos trabalhando em parceria com os bancos para que esse recurso possa chegar, de fato, às mãos de quem mais precisa”, observou.
Rotas de Integração Nacional
Outra ação abordada por Waldez Góes são as Rotas de Integração Nacional. O objetivo da iniciativa é estimular o empreendedorismo, o cooperativismo e a inclusão produtiva, possibilitando que os produtores trabalhem em conjunto, ganhem escala e possam comercializar com outras localidades, estados e até países.
Atualmente, o MIDR reconhece, em todo o País, seis polos da Rota do Açaí; seis da Rota da Biodiversidade; três da Rota do Cacau; 15 da Rota do Cordeiro; duas da Rota da Economia Circular; cinco da Rota da Fruticultura; seis da Rota do Leite; nove da Rota do Mel; quatro da Rota da Moda; sete da Rota do Pescado; e quatro da Rota da Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC).
Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil
O ministro destacou, ainda, a elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que tem previsão de conclusão para o início de 2024. “O Brasil é um país de dimensão continental e que não tem uma cultura de convivência com eventos extremos, que têm se tornado cada vez mais frequentes”, afirmou Waldez. “O plano vai estabelecer diretrizes para que a União, os estados e os municípios trabalhem, de maneira coordenada, em todas as ações necessárias, seja de adaptação, mitigação, resposta, restabelecimento de serviços ou reconstrução de infraestruturas. Conseguiremos realizar um trabalho integrado e cada vez mais eficiente”, completou.