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Waldez Góes articula ações para o desenvolvimento dos estados da Região Nordeste
Durante o encontro, o ministro Waldez Góes ressaltou que, no âmbito do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), há várias ações em execução para o desenvolvimento dos estados do Nordeste (Foto: Dênio Simões/MIDR)
Brasília (DF) – O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, articulou, nesta quarta-feira (26), ações para o desenvolvimento dos estados do Nordeste brasileiro, entre elas a execução de um plano estratégico que leve em consideração as oportunidades surgidas com a economia e a indústria verde e que combata problemas históricos da região, como a falta de água potável para parte dos moradores do semiárido.
As discussões ocorreram no Palácio do Planalto, em Brasília, durante o evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, realizado pelo Governo Federal em parceria com o Consórcio Nordeste. Também participaram das discussões o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e os governadores do Ceará, Elmano de Freitas, do Maranhão, Carlos Brandão, e de Pernambuco, Raquel Lyra, além do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, entre outras autoridades.
Durante o encontro, o ministro Waldez Góes destacou a importância do trabalho integrado entre os governos federal e estaduais. “É ordem do presidente Lula que a gente esteja perto dos estados, fazendo com eles as escolhas dos consensos daquilo que é prioridade para o desenvolvimento regional e para a diminuição das desigualdades sociais”, destacou.
“Sempre estimulei e sou um defensor do associativismo, do cooperativismo, da colaboração e os governos estaduais, mesmo que esse princípio esteja na Constituição Federal desde 1988, praticaram pouco isso. Recentemente, o Nordeste brasileiro tomou a iniciativa e, depois, o Brasil Central e a Amazônia. Tive a oportunidade de presidir por duas vezes o Consórcio da Amazônia Legal e é impressionante o nível de crescimento de consensos que somos capazes de criar entre os diferentes estados. Sou um estimulador e parabenizo essa iniciativa, pois esse é o caminho para os governos estaduais terem uma visão mais integrada de desenvolvimento regional e possam ter seus ganhos potencializados”, enfatizou Góes.
O ministro Waldez Góes ressaltou que, no âmbito do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), há várias ações em execução para o desenvolvimento dos estados do Nordeste. “Só na área de segurança hídrica, temos a transposição do São Francisco e diversas obras e equipamentos para acesso à água, além de iniciativas de agricultura irrigada e de revitalização de bacias hidrográficas”, citou o ministro. “Outra obra prioritária para o Governo Federal na região é a conclusão das obras da ferrovia Transnordestina, que é de interesse do Ceará, Pernambuco e Piauí”, ressaltou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também ressaltou que o Governo Federal não medirá esforços para o desenvolvimento do Nordeste brasileiro. “Todo mundo sabe que o presidente Lula é apaixonado pelo Nordeste e pelo povo nordestino, então, não tenham dúvidas de que ele já está fazendo e fará o melhor para esta região, sem esquecer das demais, evidentemente”, afirmou. “E um tema bastante recorrente em discussões para levar melhorias à região é a segurança hídrica, na qual duas ações são bastante discutidas, o programa de cisternas, um dos mais importantes do mundo, e a transposição do Rio São Francisco”, destacou.
O programa de cisternas consiste na implantação de tecnologias sociais de captação de água da chuva com a finalidade de apoiar a produção agrícola e a criação de pequenos animais. Isso porque, no autoconsumo, a alimentação fica mais diversificada e com maior qualidade nutricional e a comercialização de excedentes gera renda para as famílias.
“É preciso dar um tratamento diferenciado ao Nordeste e fazer uma correção história com o Norte e o Nordeste, ajudando mais a quem mais precisa. Nesse sentido, o mais importante é a equidade e não a igualdade. Pois, quando vamos preparar um plano de ajuda para desenvolver uma região, temos que ver qual é mais carente e em que aspecto”, afirmou o ministro Rui Costa.
O ministro Wellington Dias ressaltou que o desenvolvimento econômico da região deve vir acompanhado do desenvolvimento social. “Queremos que o nordestino tenha cada vez mais dignidade e condições de conquistar um emprego, estudo, renda. Aí, sim, podemos dizer que fizemos um papel correto com o povo brasileiro”, destacou.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, apontou que o Nordeste do Brasil vive um momento de grandes transformações sociais e econômicas e que é preciso “aproveitar o momento” e atuar em coordenação com o Governo Federal.
“É preciso trazer sempre fatores que estejam sendo cobrados pela população de cada estado e aproveitarmos também para discutirmos ações que beneficiarão mais de um estado, como é o caso da Transnordestina. Queria destacar o setor do turismo, que é muito forte em boa parte da região, mas para seguirmos atraindo turistas, precisamos ter boa infraestrutura e sei que não faltará apoio”, declarou.
Para o governador do Maranhão, Carlos Brandão, o Consórcio do Nordeste tem construído e apresentado importantes soluções para a região. “Ele é proativo e funciona, de fato, como uma unidade. E, desde a mudança no Governo Federal, podemos ter certeza de que a esperança voltou a reinar. A gente sempre debate ações que possam ser importantes a todos, como as inovações tecnológicas no uso de energia limpa e renovável”, exemplificou.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ressaltou que a Transnordestina é prova de que os gestores da região, apesar de defenderem prioritariamente seus estados, querem o bem de todo o Nordeste. “Isso porque não há uma disputa entre Ceará e Pernambuco, como dizem. Nós queremos é que os dois estados sejam contemplados com a realização do empreendimento. Outra questão que discutimos é que a maioria dos estados do Nordeste está sempre em situação de emergência, seja por seca ou chuvas acima do esperado e essa é uma questão que podemos colocar em pauta, dentre várias outras”, avaliou.
“Estamos com a esperança renovada, nós temos fé que nossa região irá crescer bastante assim como a Bahia, pois o presidente Lula sabe o quanto há sofrimento em nosso povo. E sabemos que são necessárias políticas transversais na educação, na saúde pública, no abastecimento de água e que elas irão ser atendidas”, comentou o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior.
Parceria
No fim, foi firmado um termo de compromisso entre o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a abertura de um edital de R$ 10 milhões para restauração da caatinga, por meio do programa Floresta Viva. A iniciativa conjunta é destinada a implementar projetos de preservação ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, informou que cada instituição entrará com R$ 5 milhões para financiar os projetos.
“Vamos restaurar a mata branca, restaurar a caatinga, que é um dos biomas mais devastados, e precisa ser restaurada. Não tem atenção que muitas vezes é dada à floresta amazônica. A caatinga tem um enorme potencial de resgate de carbono, pode ser uma entrega muito importante”, disse.
Também estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral, além de representantes dos estados da Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas e do Banco do Brasil e do Sebrae.