Notícias
Waldez Góes: “vamos disponibilizar o que for necessário para apoiar as cidades afetadas pelo ciclone”
Ministro Waldez Góes informou que o Governo Federal vai disponibilizar todos os recursos necessários para apoiar os mais de 50 municípios afetados pelo ciclone que atingiu os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) – O Governo Federal vai disponibilizar todos os recursos necessários para apoiar os mais de 50 municípios afetados pelo ciclone que atingiu os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A garantia é do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que se reuniu, na tarde desta terça-feira (5), com parlamentares e prefeitos gaúchos.
“Uma pergunta que já recebi é quanto terá à disposição para os municípios que foram atingidos. Não existe um limite. Vamos disponibilizar o que for preciso para atendimento humanitário, restabelecimentos dos serviços essenciais e, mais para frente, para reconstrução de infraestrutura destruída pelo desastre, o que também pode incluir moradias”, afirmou Waldez Góes. “No momento, nossa preocupação principal é garantir segurança, abrigo, água potável e alimentação para a população afetada”, observou.
Nesta quarta-feira (6), Waldez Góes e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, estarão no Rio Grande do Sul, onde visitarão as áreas mais afetadas pelo desastre. A primeira cidade será Muçum, que está com cerca de 80% das estruturas embaixo d´água. A comitiva também passará por Encantado e por Caxias do Sul, onde haverá reunião com o governador Eduardo Leite. Uma equipe da Defesa Civil Nacional já está no estado, dando apoio às prefeituras nos pedidos de solicitação de situação de emergência e de repasse de recursos.
“Esta visita será importante para alinharmos esforços e definirmos estratégias conjuntas para atendermos com o máximo de agilidade as pessoas e os municípios que enfrentam esse desastre”, observou Góes. “Quanto mais sinergia tivermos, melhor poderemos atender e mais rápido será a liberação de recursos para os municípios”, completou.
Também presente à reunião com os parlamentares e prefeitos gaúchos, o ministro Paulo Pimenta elogiou o trabalho realizado pela Defesa Civil Nacional e informou que o Exército Brasileiro já foi mobilizado para ajudar nas ações de resgate dos moradores.
“A Defesa Civil faz um trabalho incansável e de imensa dedicação no apoio às cidades que enfrentam desastres. E, agora no Sul, teremos o suporte do Ministério da Defesa, por meio do Exército, que já disponibilizou botes para resgate de pessoas que estão em áreas alagadas”, informou Pimenta. “E, com apoio do Ministério da Justiça, também disponibilizaremos helicópteros para as ações de salvamento”, completou.
O prefeito de Muçum, Mateus Trojan, agradeceu o apoio do Governo Federal. “Estamos com 80% da área da cidade alagada, com mais de 50 pontos com pessoas necessitando de resgate. Está o caos absoluto, tudo completamente destruído”, lamentou. “Precisamos de recursos para reconstruir a cidade. Nosso objetivo principal é salvar vidas e todo apoio é muito importante neste momento”, enfatizou.
Excesso de chuvas
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde o último domingo (3) são consequência de uma frente fria causada por um ciclone que se instalou no oceano, perto da Região Sul do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a frente fria agora segue para a região Sudeste. Entretanto, mais chuvas fortes são esperadas até a próxima sexta (8) no Rio Grande do Sul, com risco alto de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra nas áreas afetadas.
“Diante do quadro de mudanças climáticas que está estabelecido e o fenômeno do El Niño, que começa a se manifestar, temos visto eventos climáticos extremos. Segundo nos reportaram, em Passo Fundo, choveu cerca de 300 milímetros em 24 horas. É muita água. É um evento fora da normalidade, muito acima da média, o que dificulta qualquer tipo de prevenção. Entretanto, precisamos trabalhar nessa política de adaptação aos novos tempos, com chuvas de maior intensidade e maior frequência”, destacou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff.
No momento, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), da Defesa Civil Nacional, opera com alerta máximo (vermelho), em parceria com outros órgãos que integram o Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), como as Agências Nacionais de Águas e Saneamento Básico (ANA), de Mineração (ANM), do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entre outros.
Solicitação de recursos
Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.
As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).
Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado.
Capacitações da Defesa Civil Nacional
A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.
Leia mais
Conheça medidas de autoproteção que a população deve tomar em casos de chuvas intensas
Conheça medidas de autoproteção que a população deve tomar em casos de inundações
Conheça medidas de autoproteção que a população deve tomar em casos de deslizamentos
Conheça medidas de autoproteção que a população deve tomar em casos de alagamento
Conheça medidas de autoproteção que a população deve tomar em casos de enxurradas