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RIO SÃO FRANCISCO
Velho Chico completa 523 anos
Terceira maior bacia hidrográfica do País, com mais de 2.800 km, o Rio São Francisco atravessa 508 municípios e sustenta inúmeras famílias que dependem da água para viver e prosperar. (Foto: IFBA)
Brasília (DF) – Fonte de vida e desenvolvimento para o Brasil, o Rio São Francisco, o Velho Chico, completa, nesta sexta-feira (4), 523 anos de história. Terceira maior bacia hidrográfica do País, o rio conta com mais de 2.800 km, atravessa 508 municípios e sustenta inúmeras famílias que dependem da água para viver e prosperar.
O Velho Chico conecta seis estados, além do Distrito Federal, beneficiando mais de 20 milhões de habitantes por meio da irrigação, pesca e geração de energia, e transforma o potencial econômico de várias localidades.
Apesar dos desafios, o rio é uma das principais fontes de segurança hídrica do País. Com o Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), conhecido como Transposição do São Francisco, as águas do Velho Chico vão ainda mais longe, garantindo abastecimento a mais de 12 milhões de brasileiros.
O secretário Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira, comemora a data e ressalta a importância da Transposição do São Francisco. “Essa é a maior obra de infraestrutura hídrica que existe no País e uma das maiores do mundo. É um empreendimento que conta com 477 quilômetros de canais construídos a céu aberto, dividido em dois eixos: Norte e Leste”, afirma o secretário.
Giuseppe explica que o projeto foi iniciado no governo do presidente Lula, em 2007, e estava 100% operacional em 2018, com mais de 96% das obras contratadas executadas. “Hoje, os dois eixos estão operacionais e mais obras estão sendo executadas. Tudo viabilizado pelo presidente Lula em seu terceiro mandato. Não podemos deixar de destacar a criação do Novo Plano de Aceleração de Crescimento (Novo PAC), que garantiu recursos para as obras de melhoria e para dar continuidade ao projeto, com novos ramais associados e, também, com obras complementares para os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte”, acrescenta.
Manutenção e duplicação do bombeamento
O secretário destaca que a obra possui muitos equipamentos mecânicos. “Toda obra que envolve equipamentos mecânicos requer manutenção frequente e é isso que o MIDR vem garantindo. O que não queremos é a interrupção do funcionamento dos equipamentos que permitem o abastecimento da população. Por isso, fazemos as manutenções de rotina, cuidando muito bem da infraestrutura. Além disso, no Novo PAC, foi prevista a duplicação do bombeamento do Eixo Norte. Temos um projeto em andamento e estamos perto de soltar o edital para a contratação desse serviço”, afirma.
De acordo com o projeto inicial, o Eixo Norte tem que bombear 99 metros cúbicos por segundo e, atualmente, está bombeando 25 metros cúbicos por segundo. “A ideia é aumentar a disponibilidade hídrica na região para garantir que, além do abastecimento humano, o recurso hídrico possa ser utilizado para promover o desenvolvimento de atividades como, por exemplo, a agricultura irrigada”, completa Giuseppe.
Novos ramais
Entre os novos ramais, destaque para o Ramal do Apodi, previsto no Novo PAC. A obra começa na estrutura de controle na barragem Caiçara, localizada na Paraíba, e se desenvolve pelos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, com extensão de 115,5 km, até alcançar o reservatório da barragem Angicos, situada no município de José da Penha, no Rio Grande do Norte.
“No total, o Ramal do Apodi atenderá 54 cidades, alcançando aproximadamente 750 mil pessoas”, comemora o secretário. A obra está em execução, tendo alcançado 65% do previsto no projeto, e terá investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão do Governo Federal, com R$ 756 milhões em 2023 (R$ 519,93 milhões) e 2024 (R$ 237 milhões).
O Ramal do Salgado também se destaca. A obra teve a ordem de serviço assinada em abril deste ano e contou com a presença do presidente Lula. O Ramal do Salgado possui 36 km de extensão, com início no km 30 do Trecho IV, na cidade de Cachoeira dos Índios (PB), passando por Ipaumirim (CE), até chegar em Lavras da Mangabeira (CE), onde deságua no Rio Salgado.
A previsão é de que sejam investidos mais de R$ 430 milhões na obra, que tem previsão de término em setembro de 2027. No total, o Ramal do Salgado irá beneficiar 54 municípios cearenses, garantindo segurança hídrica para aproximadamente 4,7 milhões de habitantes.
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