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Trabalho de reconstrução sem hora para acabar
As fortes chuvas impactaram, até o momento, 475 dos 497 municípios do estado,, causaram 171 mortes e deixaram 617.923 desabrigas ou desalojadas (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Brasília (DF) – O Governo Federal segue atuando em diversas frentes para reconstruir o Rio Grande do Sul, afetado pela maior enchente da história enfrentada pelos gaúchos. Neste sábado (1º), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), liderado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolf. segue no estado apoiando as prefeituras, tanto na elaboração de planos de trabalho para que elas recebam mais recursos do Governo Federal, quanto para ajudar no cadastro para que moradores possam receber o Auxílio-Reconstrução.
O Auxílio reconstrução é um apoio financeiro no valor de R$ 5.100,00 pago em uma única parcela pelo Governo Federal às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul. Têm direito a recebê-lo famílias residentes em áreas atingidas pelas enchentes, que abandonaram suas casas, de forma temporária ou definitiva, nos municípios em situação de calamidade ou emergência.
Mais 47.584 famílias desabrigadas ou desalojadas de 47 municípios gaúchos podem acessar o site do Auxílio Reconstrução e confirmar os dados cadastrados pelas prefeituras, para terem acesso ao segundo lote do benefício de R$ 5,1 mil. Com isso, mais de 90 mil famílias foram aprovadas até o momento.
A validação dos dados deve ser feita pela pessoa responsável de cada família com a conta do Governo Federal. Após a confirmação, as informações serão enviadas para a Caixa Econômica Federal, responsável pelo depósito na conta do beneficiário. No primeiro lote, das 44.592 famílias aprovadas, 34.196 validaram as informações e garantiram o direito ao recurso.
O secretário Wolnei está percorrendo todas as regiões do estado ao lado do chefe Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, ministro Paulo Pimenta, ouvindo as demandas, para que as políticas públicas sejam cada vez mais eficazes no processo de reconstruir o estado. E restabelecer a cidadania e dignidade da população.
As fortes chuvas impactaram, até o momento, 475 dos 497 municípios do estado, causaram 171 mortes e deixaram 617.923 desabrigas ou desalojadas. Desde 29 de abril, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) ajuda, de forma presencial, o governo e prefeituras do Rio Grande do Sul.
"O tempo que for necessário"
O secretário Wolnei Wolff comentou a situação do Rio Grande do Sul e avisou o que fez neste sábado e os próximos passos da atuação do MIDR no estado. “Estamos aqui no Rio Grande do Sul, desde quando foram emitidos os alertas sobre as possíveis enchentes. Hoje estou seguindo as recomendações do ministro Waldez e do presidente Lula, que são cuidar das pessoas, conversar com prefeitos para agilizar os planos de trabalho para darmos, o quanto antes, mais civilidade e vida ao povo gaúcho. Tanto que, além de mim, estamos com mais 25 integrantes da Defesa Civil Nacional para ajudar as defesas civis municipais”, disse Wolnei Wolff.
“Fazemos isso em todo e qualquer desastre, mas o que ocorreu e está ocorrendo no Rio Grande do Sul tomou proporções que não imaginávamos, por isso estamos há mais de 30 dias aqui para restabelecer o estado”, emocionou-se Wolnei. “Além disso, estamos apoiando prefeituras a cadastrarem o mais breve possível a população apta a receber o auxílio reconstrução, pois os moradores estão precisando de recursos com urgência. E essa ideia do presidente Lula foi fundamental para seguirmos na luta de vermos o Rio Grande do Sul bem o quanto antes. Seguiremos aqui o tempo que for necessário”, concluiu.
Até o fechamento desta matéria, o MIDR autorizou a liberação de R$ 379,4 milhões, aprovando planos de trabalho das prefeituras. No total, foram 469 planos aprovados, sendo 230 para assistência humanitária, 145 para restabelecimento e 53 para reconstrução. Além disso, foram aprovados 41 planos, de forma sumária, para dar apoio à proteção de animais, com um investimento de R$ 4,4 milhões. A equipe foi litoral norte do estado para se reunir com prefeitos, empresários e avaliar a possibilidade do aeroporto regional de Torres ser um apoio para a malha aérea do estado.