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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Rotas de Integração Nacional já beneficiam 70 mil produtores
Programa que promove a inclusão produtiva já alcança 70 mil produtores (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília (DF) - Presente em 1249 municípios em 18 unidades federativas do Brasil, o Programa Rotas de Integração Nacional, da Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), pasta vinculada ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), já beneficia mais de 70 mil produtores e deve avançar em 2025. “São 77 pólos territoriais que envolvem um conjunto de municípios em todas as regiões do país. Os resultados das Rotas já são visíveis e, de fato, elas conseguem transformar vidas e aproveitar uma coisa que o Brasil tem: as potencialidades regionais”, comenta a secretária Adriana Melo.
As cadeias trabalhadas dentro das Rotas de Integração promovem a inclusão produtiva desde que foi criado em 2015. “Se formos considerar, por exemplo, a avicultura caipira no Nordeste, ela está presente em boa parte das famílias, especialmente nas comunidades rurais. Só que essa produção, muitas vezes, não é considerada, inclusive nos censos, e existe um alto grau de informalidade”, salientou a secretária em entrevista ao programa Brasil em Dia, da EBC.
O Rotas organiza a produção, estimula o cooperativismo e o associativismo, trabalha com assistência técnica e com o beneficiamento dessa produção de modo a agregar valor e gerar maior renda para o produtor. “Utilizando como exemplo uma das Rotas mais recentes, a da mandioca, sabemos que o Brasil tem um altíssimo potencial na produção desse insumo em todas as regiões do país. O programa, por sua vez, visa organizar essa produção e fomentar o cooperativismo, que é uma frente bastante importante que a gente vem buscando valorizar ainda mais desde o ano passado. Agora, em 2025, a meta é ter mais fôlego e força para continuar nesse caminho”, compartilha a Adriana Melo.
Como exemplos de sucesso dessa iniciativa, a secretária cita a Rota do Mel, produto esse que já trabalha com exportação. “O mel produzido por comunidades locais, hoje já atinge mercados internacionais”, comenta. Mas esse não foi o único produto a demonstrar bons resultados. “Em Altamira, no Pará, o cacau já atinge mercados internacionais com chocolate. E nós temos também grandes potenciais com açaí, com pescado e com cordeiro, com uma gama de setores produtivos. São 13 setores produtivos apoiados com as rotas de integração e com potenciais gigantescos de exportação”, avalia a titular da SDR.
Cidades intermediadoras
Outro tema abordado na entrevista foi o mais recente lançamento da SDR, o Programa Cidades Intermediadoras, cuja resolução foi publicada em dezembro de 2024. A iniciativa tem como objetivo promover a descentralização do crescimento econômico e social do país. “Estruturar uma rede de cidades de forma a interiorizar o processo de desenvolvimento no nosso país que, hoje, é bastante concentrado no litoral”, explica a secretária.
O programa pretende diminuir a pressão nas metrópoles e capitais brasileiras, promovendo a ativação em rede das cidades que se conectam no território, como intermediadoras de bens e serviços públicos. “Em torno dessas regiões, serão formatadas e construídas agendas de desenvolvimento que envolvem tanto a parte de infraestrutura, e desenvolvimento produtivo, quanto fortalecimento de capacidades dos entes federados”, destaca Adriana.
O objetivo é montar uma rede de cidades mais equilibrada no território nacional, fortalecendo sub-regiões que estão, muitas vezes, interiorizadas, para que seja possível prestar o melhor serviço à população. “Queremos fazer com que os municípios que compõem essa região gerem receitas próprias, diminuam a dependência dos fundos de participação municipais e consigam capitanear processos produtivos para que a gente consiga induzir processos de desenvolvimento mais autônomos, mais sustentáveis e para além das capitais brasileiras”, esclareceu Adriana Melo. Esse é um programa que o MIDR tem investido com força quando se trata de construção de agendas de desenvolvimento dessas cidades.
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