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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Rio Grande do Sul ganha primeiro Polo da Rota da Fruticultura
MIDR lançou o primeiro Polo da Rota da Fruticultura na região (Foto: Divulgação)
Brasília (DF) - Diante do enorme potencial do estado do Rio Grande do Sul para produzir frutas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), lançou, nesta sexta-feira (22), o primeiro Polo da Rota da Fruticultura na região. Intitulado “Polo da Fruticultura da Bacia do Rio Uruguai”, seu objetivo é estabelecer iniciativas de agregação de valor para a produção que, hoje, está presente em mais de 80% das propriedades de agricultura familiar que compõem a Zona de Produção (Amzop).
A Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), promoveu ainda a primeira Oficina de Planejamento Estratégico da Rota no estado. O encontro, realizado em Palmeira das Missões, teve como objetivo elaborar uma estratégia de ação territorial, instituir um comitê gestor e desenvolver uma carteira de projetos voltada ao fortalecimento do sistema produtivo regional da fruticultura no norte do Rio Grande do Sul.
A realização da oficina permitiu uma definição da área de abrangência, elaboração de um diagnóstico conciso, construção de uma visão de futuro, desenvolvimento de uma carteira de projetos e a definição do comitê gestor. A partir dessas informações, é possível determinar os recursos necessários para fortalecer a cadeia produtiva e o arranjo produtivo, além de realizar investimentos essenciais para aumentar a resiliência das infraestruturas físicas, econômicas e sociais diante de possíveis eventos futuros.
“Pensando em termos de importância aqui para a nossa região, situada no norte do estado do Rio Grande do Sul, onde temos 87% das propriedades caracterizadas como de agricultura familiar, há uma possibilidade de se estabelecer iniciativas de agregação de valor para a produção que ainda não vai para a industrialização. Adicionar valor que retorne em renda e emprego para as famílias”, defende o professor da UFMS, Luiz Zucato. Segundo o docente, as frutas mais produzidas pelos municípios associados à Amzop no RS são a laranja, uva, nozes e o figo.
Conforme explica Viviane Pires Ribeiro, consultora na SDR, a fruticultura é uma atividade de grande importância para o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto econômico quanto social e ambiental. “Um estudo realizado pelos professores da Universidade Federal de Santa Maria mostra que o estado possui condições climáticas e edafológicas (de solo) favoráveis para o cultivo de uma significativa variedade de frutas, consolidando-se como um dos principais pólos frutícolas do Brasil”, avalia Viviane.
“As Rotas de Integração Nacional tem muito a contribuir com o estado por meio da criação desse polo, provendo a coordenação de ações públicas e privadas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade em prol da inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável do setor”, acrescentou a consultora.
Com o lançamento, o Programa Rotas de Integração Nacional passou a ter 13 setores produtivos em 77 polos espalhados pelo País, em todas as regiões. São 20 estados atendidos pelo projeto e mais de 70 mil famílias beneficiadas.
Rota da Fruticultura
Criada em 2022, a Rota da Fruticultura já recebeu, do MIDR, mais de R$ 20 milhões para investimento na estruturação da cadeia em mais de 150 municípios de quatro estados do País: Alagoas, Ceará, Goiás e Distrito Federal e, agora, Rio Grande do Sul. Já foram beneficiados mais de 3 mil produtores, responsáveis por cerca de 30 mil toneladas anuais de frutas e derivados, como polpas, doces e geleias. Atualmente, a Rota da Fruticultura conta com 6 polos estruturados.
A secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, ressalta que o programa traz, principalmente, capacitação aos produtores. “Investimos em projetos de agregação de valor e capacitação de produtores de frutas, como abacaxi, goiaba e jabuticaba, e também com a fabricação de doces, geleias e sucos. O apoio do Governo Federal, por meio do MIDR, se dá a partir de diferentes frentes de atuação, como a realização de oficinas e seminários, realização de pesquisas e aquisição de equipamentos”, completou.
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