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No Peru, Defesa Civil Nacional participa de debate sobre doenças transmitidas entre animais e humanos
Os participantes debateram o fortalecimento de redes de diagnóstico molecular, bioinformática e relatórios para lidar com surto de doenças zoonóticas na Argentina, Brasil e Peru. (Foto: Comissão Organizadora do evento)
Brasília (DF) – Para debater doenças zoonóticas, aquelas que podem ser transmitidas entre animais e humanos, a Defesa Civil Nacional participou, entre os dias 2 e 5 deste mês, de um evento internacional em Paracas, no Peru. No encontro, o tema “Fortalecimento de redes de diagnóstico molecular, bioinformática e relatórios para lidar com surto de doenças zoonóticas na Argentina, Brasil e Peru” foi discutido por especialistas de diversas áreas dos três países.
Fatores ambientais, climáticos, sociais e econômicos têm profundo impacto na transmissão e na distribuição geográfica dessas doenças. Diante disso, o evento teve como finalidade o debate de práticas existentes, fortalecimento de capacidades e formulação de recomendações nacionais para aprimorar a detecção e resposta a emergências relacionadas a doenças zoonóticas e na abordagem de “Uma Só Saúde”.
"O encontro foi muito importante para discutir aperfeiçoamentos de protocolos de resposta a surtos e epidemias com base na experiência dos três países. A Defesa Civil Nacional teve a oportunidade de mostrar e disponibilizar a Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP) para uso em emergências de saúde pública", afirma o analista de monitoramento e alerta do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Defesa Civil Nacional, Rodrigo Souto Vasconcellos.
Representando o Brasil, também participaram especialistas dos ministérios da Saúde e da Agricultura e Pecuária, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Evandro Chagas (IEC).
De acordo com o Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) destaca que 60% dos patógenos causadores de doenças em humanos tiveram origem em animais; 75% das doenças infecciosas emergentes humanas têm origem animal e 80% dos patógenos com potencial para bioterrorismo também são de origem animal. Nesse sentido, patógenos zoonóticos possuem papel importante no surgimento de novas epidemias e pandemias. Entre os exemplos mais conhecidos de doenças zoonóticas, estão a leptospirose, febre maculosa, febre amarela e covid-19.
O evento foi realizado pela Health Security Partners (HSP), em colaboração com a Universidade Peruana Cayetano Heredia, pela Sociedade Brasileira de Biossegurança e Bioproteção (SB3) e pelo Escritório do Fundo de Não Proliferação e Desarmamento (NDF), do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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