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MIDR reforça importância de investimentos em prevenção de desastres e no combate à desigualdade, em segunda reunião do G20
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Brasília (DF) - A abordagem brasileira ao enfrentamento das desigualdades e na prevenção de desastres, com ênfase nas áreas mais vulneráveis da população, foi destaque na segunda reunião do Grupo de Trabalho da Redução de Riscos e Desastres do G20, liderada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), nesta quarta-feira (28). O encontro ocorreu por videoconferência na sede do Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados, uma das sedes do G20 no Brasil.
O grupo delineou cinco prioridades globais para a próxima década. Neste contexto, o MIDR, representado pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, ao abordar as políticas de prevenção, lamentou a falta de investimentos nos últimos anos, destacando um período de mais de uma década sem alocação de recursos significativos para obras de contenção de encostas. Ele observou as mudanças de prioridades governamentais e enfatizou a importância de uma política de Estado constante para a prevenção de desastres. "Só este ano, para contenção de encostas, nós temos perto de R$ 2 bilhões para drenagem, e outros R$ 6 bilhões para os próximos ciclos. Sem dúvida alguma, uma volta de priorização dessa política", afirmou.
O secretário nacional introduziu, ainda, uma nova prioridade já em implementação no país: o enfrentamento da desigualdade e vulnerabilidades. Wolff, ao refletir sobre as reuniões, afirmou: "O presidente Lula deixou claro que este governo concentrará esforços no combate à fome, pobreza e desigualdade. A resposta positiva dos países reflete a importância global desse enfoque", destacou.
Guilherme Simões Pereira, secretário Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, ressaltou a importância dos dois dias de discussões e contextualizou a iniciativa dentro da emergência climática global, enfatizando que o Brasil enfrenta não apenas desafios ambientais, mas também uma realidade de profunda desigualdade social e econômica. "Estarmos diante de uma agenda global, que é a agenda da emergência climática que está em voga e faz com que todas as lideranças mundiais e países, se debrucem sobre isso no Brasil", observou.
Além do combate às desigualdades e à redução das vulnerabilidades, a reunião reforçou outras prioridades do Grupo de Trabalho, como a criação de infraestruturas resilientes a desastres e ao clima; estratégias de financiamento para redução do risco de desastres; recuperação, reabilitação e reconstrução em casos de desastres; e soluções baseadas na natureza e abordagens baseadas em ecossistemas para a redução do risco de desastres.