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SUSTENTABILIDADE
MIDR realiza primeira Oficina de Planejamento do BioRegio
O MIDR apresentou projetos voltados para o desenvolvimento da bioeconomia e outros setores estratégicos para o território amazônico como a implementação do Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões e do Centro MAPATI de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento Sociobioeconômico do Alto Solimões. (Foto: Divulgação/MIDR)
(Brasília-DF) – Com o objetivo de construir o Plano Estratégico da Bioeconomia no Território do Alto Solimões (BioRegio) no Amazonas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) realizou, no último dia 25 de outubro, a Primeira Oficina de Planejamento do BioRegio, no Sebrae Tabatinga. A ideia é que o plano seja um instrumento para o desenvolvimento sustentável e a inovação inclusiva na região.
O programa é coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR) e objetiva fortalecer a bioeconomia, com foco inicial na faixa de fronteira amazônica. O evento da última semana contou com uma oficina de planejamento para incentivar soluções inovadoras e sustentáveis baseadas na bioeconomia local.
Além da elaboração do Plano, o MIDR também apresentou projetos voltados para o desenvolvimento da bioeconomia e outros setores estratégicos para o território. Dentre eles estão a implementação do Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões (PACTAS), por meio de repasse de R$ 2 milhões à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a Implantação do Centro MAPATI de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento Sociobioeconômico do Alto Solimões, por meio de repasse de R$ 5,4 milhões ao IFAM – Instituto Federal do Amazonas.
A programação trabalhou as cadeias de valor prioritárias da bioeconomia local com vistas ao desenvolvimento do Plano de Negócios e de Investimentos. Pretende-se, desta forma, promover o empreendedorismo inovador e sustentável como ferramenta de desenvolvimento para faixa de fronteira amazônica. “O objetivo geral da iniciativa BioRegio é promover a inovação, investimento e geração de emprego e renda a partir da bioeconomia, por meio do fortalecimento da base socioeconômica territorial, sua diversificação a partir do adensamento de cadeias produtivas e do fortalecimento de sistemas produtivos inovadores, utilizando-se de maneira sustentável os recursos naturais disponíveis”, explicou Vitarque Coelho, coordenador-geral de Gestão do Território na SDR-MIDR.
Conforme esclarece Vitarque, a oficina ocorreu a fim de começar um "ecossistema regional de inovação". “Trabalhamos em uma perspectiva chamada de Sêxtupla Hélice, que envolve produtores, instituições de ciência e tecnologia, governo, seja ele municipal, estadual ou federal, o terceiro setor, que são as organizações da cidade civil, investidores, além de bancos, organizações internacionais, e também empresas interessadas em desenvolver produtos e serviços da bioeconomia”, comenta o coordenador.
Foram realizadas mesas de trabalho temáticas para discutir as principais dificuldades e oportunidades da bioeconomia local de modo a subsidiar o Plano de Negócios dos segmentos priorizados como arte, cultura & turismo, fruticultura, pesca e piscicultura.
Na ocasião, foram identificados projetos em andamento que podem ser aperfeiçoados e expandidos, principalmente na produção de pescado do pirarucu, beneficiamento do açaí e outras frutas, artesanato, moda, e indústria de ecocosméticos com frutas regionais da Amazônia. “A partir desses negócios que ficaram em destaque, começamos um trabalho de identificação dos requisitos, das condições habilitadoras desses projetos, que tem a ver com capacitação, assistência técnica, esforço adicional de pesquisa & desenvolvimento, fortalecimento da infraestrutura local de energia, conectividade, logística, água e saneamento, que trabalhamos também dentro do Programa Fronteira Integrada – PFI, sob a responsabilidade da SDR MIDR”, finalizou Vitarque Coelho.
Na oficina, estiveram presentes instituições como a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o Instituto Federal do Amazonas (IFAM), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti-AM), além de diversos órgãos federais, forças armadas, empresas, produtores, empreendedores (startups), incubadoras de empresas (InPactas), órgãos de cooperação internacional e organizações da sociedade civil
BioRegio
A iniciativa BioRegio é apoiada pelo Programa Fronteira Integrada (PFI) cujo objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social no território da faixa de fronteira por meio da cooperação entre os países vizinhos. “O BioRegio olha para o território a partir dos biomas, e ali são reunidos diversos agentes de promoção e desenvolvimento, universidades, empresas, setor público e privado, para a gente estruturar novos produtos e processos ou novas atividades focadas na bioeconomia”, pondera a secretária da SDR, Adriana Melo. “No caso específico da Amazônia, nós estamos trabalhando com a faixa de fronteira, que é uma região prioritária da política regional. Estamos desenvolvendo centros de bioeconomia e biotecnologia para a produção de fármacos fitoterápicos, nutracêuticos e dermocosméticos”, acrescentou a gestora.
A proposta do programa é criar oportunidades que resultem em atração de investimento, crescimento econômico, inovação, redução das desigualdades, geração de trabalho e renda e mais qualidade de vida para a população brasileira e dos países transfronteiriços. Neste sentido, também está em estruturação um ecossistema regional de inovação baseado na bioeconomia amazônica na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia, em parceria com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O desenvolvimento da bioeconomia no Território do Alto Solimões é uma entrega prevista em Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) celebrados entre o MIDR e o Consórcio Amazônia Legal (CAL), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI – PR).
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