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Defesa Civil
MIDR destaca tecnologias inovadoras para mitigar efeitos das mudanças climáticas
"As mudanças climáticas têm um impacto cada vez maior na ocorrência de desastres naturais. Portanto, é fundamental dispor de ferramentas tecnológicas que permitam que a população receba alertas pertinentes e saiba como agir diante dos desastres, o que contribui para salvar vidas e reduzir danos e prejuízos", destacou Junia Cristina (Foto: Júnior Rosa/MIDR)
Brasília (DF) – O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) conduziu, nesta quarta-feira (8), durante a 9ª Semana de Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), um painel sobre como a tecnologia pode ajudar a mitigar os impactos das mudanças climáticas. O evento, que segue até esta quinta-feira, é direcionado a gestores, profissionais, acadêmicos e entusiastas da inovação pública, com o propósito de refletir sobre o papel da inovação na superação dos desafios públicos.
Por ser responsável pela área de proteção e defesa civil, o MIDR é uma das instituições que mais vivencia os impactos das mudanças climáticas enfrentadas pelo mundo. De acordo com o coordenador-geral de Apoio aos Entes Subnacionais, Paulo Alexandre de Toledo Alves, o ministério desempenha um papel significativo na agenda de adaptação às mudanças climáticas.
"Essa agenda é de extrema importância para o desenvolvimento regional do Brasil, pois reforça a resiliência das cidades e das regiões rurais diante das mudanças climáticas e eventos extremos que vivenciamos atualmente no Brasil", afirmou Toledo.
Durante a mesa redonda, foram apresentadas três tecnologias do MIDR para mitigar os impactos das mudanças climáticas e dos eventos extremos: Atlas Digital de Desastres no Brasil, alertas para moradores em áreas de risco de desastres e a Plataforma ClimaAdapt.
A coordenadora de Análise de Riscos do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Junia Cristina Ribeiro, destacou a importância do Atlas Digital de Desastres no Brasil. Segundo ela, a ferramenta possibilita aos usuários visualizarem dados sobre desastres no Brasil de forma estruturada, apresentando gráficos, tabelas e mapas que detalham as ocorrências e os danos associados a cada município.
“O Atlas Digital sistematiza todos os dados que reunimos, de 1991 até 2022, sobre os impactos do desastre no Brasil. Ele pode ser acessado, consultado e trabalhado para a elaboração de políticas públicas e também para a própria população saber como os desastres afetam a sua região”, explicou.
Já os alertas, que tem objetivo de minimizar os impactos dos desastres, são enviados à população das áreas de risco por meio de mensagens de texto (SMS), TV por assinatura, Telegram, WhatsApp e pelo Google Alertas Públicos.
"As mudanças climáticas têm um impacto cada vez maior na ocorrência de desastres naturais. Portanto, é fundamental dispor de ferramentas tecnológicas que permitam que a população receba alertas pertinentes e saiba como agir diante dos desastres, o que contribui para salvar vidas e reduzir danos e prejuízos", destacou Junia Cristina.
ClimaAdapt
Já a plataforma ClimaAdapt, desenvolvida pelo MIDR em parceria com a Microsoft, pode auxiliar os estados e municípios a se prepararem e enfrentarem os desafios causados pelas mudanças climáticas.
"O ClimaAdapt pode ser usado para planejar investimentos em infraestrutura e serviços, além de fornecer informações para a população que reside em áreas vulneráveis às mudanças climáticas", afirmou Paulo Toledo. “A plataforma é totalmente automatizada e utiliza dados públicos disponíveis em órgãos envolvidos diretamente ou indiretamente na agenda de mudanças climáticas. Com base nessas informações, a plataforma apresenta um mapa com uma precisão de 100 metros, permitindo a identificação de vulnerabilidades específicas nas regiões brasileiras diante de eventos climáticos extremos”, explicou.
Segundo Toledo, a plataforma ClimaAdapt é uma ferramenta extremamente inovadora, simples, intuitiva e visual, que possibilita a análise da vulnerabilidade de todo o território brasileiro e de seus habitantes diante dos eventos climáticos extremos decorrentes das mudanças climáticas. São consideradas vulnerabilidades as características ambientais, sociais e climáticas específicas de uma região que a tornam mais ou menos suscetível aos impactos adversos do clima.
Também participaram do debate a subchefe da Divisão de Negociação Climática do Ministério das Relações Exteriores, Bruna Veríssimo, o diretor de Indústria e Governo da Microsoft na América Latina, Carlos Teixeira, e o diretor do Departamento de Estruturação de Projetos da Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Marcos Torreão.