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CALOR EXTREMO
Medidas urgentes para proteger populações vulneráveis
De acordo com a ONU, as comunidades mais pobres são as que sofrem as maiores consequências do calor extremo. (Foto: Agência Brasil)
Brasília (DF) – Em resposta ao Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo, ministros e autoridades em Redução de Riscos de Desastres (DRR) vão se reunir para debater abordagens práticas para lidar com os efeitos graves das ondas de calor que afetam, principalmente, grupos sociais mais vulneráveis. O evento, aberto ao público, contará com transmissão ao vivo pelo canal do MIDR no Youtube e será realizado na próxima sexta-feira, 1° de novembro. A data coincide com o encontro do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 em Belém (PA).
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, fará a abertura da reunião sobre ondas de calor. O objetivo é discutir a utilização de finanças, inovações políticas e cooperação global como pilares para promover a resiliência climática.
De acordo com o Chamado à Ação da ONU, são as comunidades mais pobres que sofrem as maiores consequências do calor extremo. Dessa forma, o evento busca debater medidas para proteger idosos, trabalhadores externos, mulheres grávidas e pessoas com deficiência, que estão entre os grupos mais suscetíveis aos efeitos climáticos.
"A emissão de gás carbônico e o aquecimento extremo do planeta vem provocando mudanças climáticas colossais que causam desastres e vem varrendo cidades e comunidades. Rotineiramente, quem mais sofre com isso são as pessoas que moram em áreas de risco, em habitações inapropriadas e castigadas pela pobreza. Temos, portanto, que combater forte e energicamente a desigualdade para reduzir a vulnerabilidade dessas comunidades", destacou o ministro Waldez.
Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo
O Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo destaca os efeitos graves das ondas de calor crescentes e propõe ações urgentes para mitigá-los. Entre as principais medidas sugeridas estão:
1. Proteção dos mais vulneráveis – especialmente crianças, idosos e populações urbanas pobres, que enfrentam maiores riscos devido às altas temperaturas;
2. Segurança para trabalhadores expostos ao calor – proteger trabalhadores em áreas com calor extremo, garantindo leis trabalhistas adaptadas para essa nova realidade;
3. Resiliência de economias e infraestrutura – fortalecer sistemas de alerta precoce e investir em estratégias que aumentem a resistência de cidades e setores econômicos ao calor;
4. Redução das emissões e incentivo às energias renováveis – limitar o aquecimento global a 1,5°C por meio da redução do uso de combustíveis fósseis e o apoio à transição para energias limpas.
A iniciativa busca salvar vidas e evitar perdas econômicas, que podem ultrapassar trilhões de dólares devido ao impacto do calor no trabalho e nas infraestruturas urbanas.
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