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Governo Federal vai investir R$ 5 milhões para estruturação da Rota do Açaí no Amapá
Os recursos do MIDR para a Rota do Açaí no Amapá beneficiarão as regiões da Beira Amazonas e do Arquipélago do Bailique e serão usados na expansão da planta, na mobilização e capacitação de produtores e no fortalecimento de redes e canais de comunicação (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) - O Governo Federal vai investir R$ 5 milhões na estruturação da Rota do Açaí no estado do Amapá. Os recursos serão repassados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) à cooperativa Amazonbai, que reúne 140 produtores das regiões da Beira Amazonas e do Arquipélago do Bailique, que conta com oito ilhas localizadas no delta do Rio Amazonas, a 160 quilômetros da cidade de Macapá.
O montante será destinado à expansão da planta, com a compra de novos equipamentos e a estruturação de uma unidade industrial na capital Macapá, com capacidade de processar 28 toneladas por dia de polpa congelada certificada com selos FSC e orgânico. Além da polpa, a fábrica poderá produzir até 2 mil litros de sorvete de açaí e 70 quilos de açaí em pó liofilizado. Os recursos também serão utilizados na capacitação e mobilização de produtores e no fortalecimento de redes e canais de comunicação.
“Como determinado pelo presidente Lula, os diversos ministérios vão trabalhar, de forma integrada e transversal, para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural da Amazônia”, afirmou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “É prioridade reduzir as desigualdades regionais, fomentar oportunidades para a geração de emprego e renda e proporcionar mais qualidade de vida para quem vive na região. E uma das ferramentas para isso é fortalecer as principais cadeias produtivas e, aqui no Amapá, a do açaí tem grande importância”, ressaltou.
Com os recursos, que serão liberados em duas parcelas até março de 2024, a Amazonbai prevê ampliar o número de cooperados dos atuais 140 para cerca de 2 mil, englobando também as cidades de Macapá, Itaubal e Pedra Branca do Amapari, incluindo a terra indígena Wajapi.
“A oportunidade que a Rota do Açaí está trazendo é fundamental para lidarmos com os desafios específicos da cadeia produtiva. Na região amazônica, o escoamento da produção é um desafio, e esta iniciativa do Governo Federal vai nos permitir trazer o produto para beneficiamento e entrada no mercado”, comentou o presidente da Amazonbai, Amiraldo Picanço.
Segundo Amiraldo, a participação do Governo Federal na estruturação da cadeia produtiva do açaí no Amapá trouxe diversos benefícios aos produtores. “A organização passou a ter um olhar diferenciado com a intervenção do Poder Público, que trouxe políticas públicas para nos auxiliar. Agora, é o momento de consolidar o trabalho feito até aqui e avançar no mercado de exportação. Recentemente, estive nos Estados Unidos, com apoio do Governo Federal, apresentando nosso produto em uma feira internacional. Com esse apoio, podemos entrar no mercado de exportação em grande escala. Acredito que esta oportunidade é uma virada de jogo”, afirmou.
Em 2022, a Amazonbai produziu 60 toneladas de açaí e, na safra de 2023, a previsão é chegar a 270 toneladas. “Com o suporte do MIDR, pretendemos expandir nossa unidade industrial e produzir cinco vezes mais do que hoje, alcançando mais de 500 toneladas de açaí apenas no território do Bailique”, informou Amiraldo.
No estado do Amapá, o MIDR vem realizando, desde o início do ano, ações para impulsionar a Rota do Açaí, visando incentivar o desenvolvimento regional e as oportunidades econômicas. A Pasta já promoveu missões e oficinas no estado para entender as demandas e gargalos, sobretudo, dos pequenos produtores locais. A equipe do MIDR visitou 145 produtores das comunidades de Jangada e Arraiol para traçar estratégias que visam aumentar a produtividade do fruto nas ilhas, além de ampliar o mercado para outras localidades da Região Norte do País.