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Segurança Hídrica
Governo Federal assina Ordem de Serviço para início das obras do Ramal do Salgado, em Iguatu, no Ceará
O presidente Lula e os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e dos Transportes, Renan Filho, entregaram tamb´´em mais obras de Segurança Hídrica e fizeram uma vistoria na Transnordestina. (Fotos: Dênio Simões/MIDR)
Brasília (DF) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assinaram, nesta sexta-feira, 5 de abril, a ordem de serviço, no valor de R$ 434 milhões, para dar início às obras do Ramal do Salgado, em Iguatu, no Ceará. A obra de 36 km irá conectar a Cachoeira dos Índios, na Paraíba, a Lavras de Mangabeira, no Ceará, onde deságua no Rio Salgado. Na ocasião, foi assinada a ordem de serviço para implementação de dez sistemas de abastecimento de água no estado.
Além de conectar regiões historicamente carentes de recursos hídricos, o Ramal do Salgado trará uma série de benefícios palpáveis para os habitantes dessas áreas. Estima-se que aproximadamente cinco milhões de pessoas serão diretamente beneficiadas com a segurança hídrica proporcionada pela iniciativa.
“Desde a época do Império, se falava na riqueza do Rio São Francisco. Mas foi só em 2007, no meu segundo governo, que começamos a obra da Transposição. Pois eu sei o que é sentir sede e não ter água de qualidade para beber. Temos que pensar em todos que vivem sem ter recurso hídrico e não só naqueles que podem até escolher a água que quiser, pois o povo precisa de dignidade”, ressaltou o presidente Lula.
O ministro Waldez Góes fez questão de ressaltar a importância que o Governo Federal, sob comando do presidente Lula, dá à população mais pobre e que a maioria das agendas é para reduzir as desigualdades sociais. “É importante fazer esse destaque porque o presidente Lula, que já investiu ao longo da história R$ 12 bilhões na Transposição do São Francisco, destinou agora para esse Eixo do PAC, que é para levar a água para onde as pessoas mais precisam, para dar segurança às pessoas no uso da água, seja no consumo humano, seja também para produzir alimentos de baixas emoções e combater a fome”, destacou.
“Quando o presidente Lula saiu da Presidência, deixou o Brasil fora do mapa da fome e o Brasil voltou para o mapa da fome, no governo passado. Por isso que ele tem sido intransigente ao defendeu o combate às desigualdades e a defender também a diminuição da pobreza e 90 % das agendas que ele faz de Norte a Sul do país é com objetivo de ajudar a população que mais precisa”, enfatizou Waldez.
“Temos também aqui no Ceará, o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que é uma obra com aproximadamente 1300 km, que envolve mais de R$ 2 bilhões de investimentos, dos quais 89% já foram empenhados. E hoje estamos empenhando mais R$ 100 milhões para as obras do CAC. Isso vai atender as pessoas, as indústrias, o turismo, projetos de irrigação. Há pouco assinei a ordem de serviço para dar início as construções do Ramal do Salgado, que faz parte do trecho 3 Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), que no final vai dar um investimento de mais de R$ 600 milhões e vai garantir segurança hídrica para cinco milhões de pessoas”, disse Waldez Góes.
Rapidez na vazão
Ao reduzir o percurso em cerca de 100 km em comparação com a derivação em Jati, a adução da água ao açude Castanhão vai trazer rapidez e eficiência da transferência de vazões. Isso não só beneficiará a Região Metropolitana de Fortaleza, o maior centro urbano a ser atendido pelo Projeto da Transposição, mas também permitirá o abastecimento de cidades de médio porte, como Lavras da Mangabeira, Aurora, Cedro, Icó e outras sedes municipais do Centro-Sul Cearense.
Atualmente, a transferência emergencial das vazões transpostas do rio São Francisco para o açude Castanhão ocorre por meio do CAC, sendo essa a única via possível. A construção do Trecho III (Ramal do Salgado) trará uma mudança significativa no cenário. Com capacidade de adução de até 20 m3/s, o Ramal do Salgado proporcionará maior segurança ao abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, substituindo os atuais métodos emergenciais.
O início das obras do Ramal do Salgado representa mais um passo significativo na busca por soluções hídricas sustentáveis e no compromisso do governo em garantir o acesso à água para todos os brasileiros, especialmente nas regiões mais afetadas pela escassez. O projeto é mais do que uma infraestrutura. Será um símbolo de esperança e progresso para o povo do Nordeste brasileiro.
Sistemas de abastecimentos
Com os dez sistemas de abastecimento de água, o Ceará terá 37 empreendimentos desse porte, que beneficiarão cerca de 40 mil pessoas. As obras serão implantadas nos municípios de Penaforte, Jati, Brejo Santo, Barro e Mauriti.
Em 7 de agosto de 2023, foi feita uma parceria entre o Governo Federal e o Governo do Ceará, com investimento de R$ 22,8 milhões, sendo R$ 18,8 milhões da União e como contrapartida o Ceará repassará de R$ 4 milhões, para a ampliação do abastecimento de água para a população atendida.
Representantes do MIDR se reuniram com a Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Ceará antes de implementar o 1000º sistema de dessalinização no município de Chorozinho
A Secretaria de Recursos Hídricos recebeu, nesta quinta-feira, 04, coordenadores e representantes dos estados com atuação do Programa Água Doce (PAD) no Brasil, além dos Diretores e Assessores do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
“É importante dizer também que aqui hoje nós estamos anunciando o milésimo sistema de dessalinização, que faz parte do Programa Água Doce, lançado em 2004 pelo presidente Lula o senhor lançou em 2004. São mais de 300 sistemas somente no Ceará, e hoje a gente dá por inaugurado no Município de Chorozinho, o milésimo”, destacou o ministro Waldez Góes.
O momento ocorreu como espaço de troca de experiências sobre a aplicação do PAD em cada região onde é instalado, além do levantamento de demandas em comum para o MIDR.
O Programa Água Doce (PAD) é uma ação coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil para estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação e gestão de sistemas de dessalinização no semiárido brasileiro, levando-se em consideração a característica da presença de sais nas águas subterrâneas desta região.
No Ceará, o Programa Água Doce (PAD) implantou 252 sistemas de dessalinização em 44 municípios cearenses, beneficiando milhares de famílias com água potável. Outros 22 estão em fase de implantação.
Transnordestina
Parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ferrovia terá 1.206 km de extensão em linha principal, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza, passando por Salgueiro (PE). A fase 1 do empreendimento já alcançou mais de 70% de execução. Atualmente com os R$ 811 milhões, que era a última parcela do empréstimo anterior, a TLSA está realizando os lotes 4, 5 e 6, até Quixeramobim, sendo 11 lotes no Ceará.
“Tenham certeza de que o presidente Lula voltou para entregar a Transnordestina ao povo brasileiro, que é a maior obra linear entre todas as obras de infraestrutura que o esse país realiza, uma ferrovia de 1200 km cabe em poucos países do mundo. Não é fácil ter uma ferrovia cortando 51 cidades, três estados e criando as condições para levar milho, soja, minério e trazer adubo e combustível, tanto para o mar quanto do mar para o continente adentro”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.