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DEFESA CIVIL
G20: reunião técnica do Grupo de Trabalho avança em discussões sobre gestão da Redução de Risco de Desastres
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Brasília (DF) – Diante dos desafios na promoção do desenvolvimento sustentável, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) conduziu a primeira reunião do Grupo de Trabalho da Redução de Riscos e Desastres do G20, nesta terça-feira (27). O encontro, com o objetivo de discutir as prioridades dos trabalhos a serem realizados, ocorreu por videoconferência na sede do Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados, uma das sedes do G20 no Brasil.
Anteriormente coordenado pela Índia, o grupo apresentou cinco prioridades com base no Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, cujo propósito fundamental é reduzir significativamente o risco de desastres nos próximos anos. Neste ano, o MIDR, representado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, apresentou uma nova prioridade já em implementação pelo Governo Federal: o combate à desigualdade e às vulnerabilidades. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, reforçou o compromisso do Governo Federal com a proteção dos mais vulneráveis.
“Nós acreditamos que só é possível melhorar a Gestão de Riscos, seja com obras preventivas, estruturais ou não estruturais, a partir de um combate muito forte às desigualdades de uma maneira geral, e principalmente para aquelas pessoas que moram em área de risco no Brasil”, destacou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil e representante do MIDR no G20, Wolnei Wolff.
O secretário destacou, ainda, estudos que relatam que mais de dez milhões de pessoas moram em áreas de risco alto ou muito alto no Brasil. “As pessoas precisam ter mais condições para se adaptar. Sabemos que muitas pessoas moram em áreas de risco e não é por vontade, elas não têm escolha, o Brasil vai colocar essa questão dentro do G20, conforme está sendo colocada em nossas políticas públicas”, completou.
Outro tema debatido durante a reunião foi a ampliação da cobertura global de sistemas de alerta precoce, que contou com a participação e colaboração de nações que vêm desenvolvendo diferentes tipos de tecnologias. “Esses sistemas são muito importantes, pois são capazes de levar informação de risco antecipada à população, e sabemos que com o incremento de desastres, muitos relacionados à mudança do clima, é necessário antecipar a informação para a população por meio de alertas”, comenta o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Armin Braun.
Além do combate às desigualdades e à redução das vulnerabilidades, a reunião reforçou outras prioridades do Grupo de Trabalho, como a criação de infraestruturas resilientes a desastres e ao clima; estratégias de financiamento para redução do risco de desastres; recuperação, reabilitação e reconstrução em casos de desastres; e soluções baseadas na natureza e abordagens baseadas em ecossistemas para a redução do risco de desastres.
“Tivemos uma boa recepção. Todos os países, sem exceção, colocaram prioridade no combate à desigualdade e às vulnerabilidades proposto pelo Brasil”, apontou o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Estiveram presentes neste primeiro dia de reuniões o secretário nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões Pereira; o diretor do Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco do Ministério das Cidades, Rodolfo Baêsso Moura; a coordenadora-geral de Articulação do Ministério das Cidades, Samia Nascimento Sulaiman; o chefe da Divisão de Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Adriana Rodrigues Martins; e os coordenadores do G20, Ana Cecília Sabbá Colares e Felipe Vivas.
O Colegiado se reunirá novamente nesta quarta-feira (28) para discutir mais ações de defesa civil no âmbito dos países membros do fórum, e ao final da agenda, a coordenação do grupo fará uma coletiva de imprensa virtual para apresentar o balanço do dia.