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Força-tarefa do Governo Federal leva esperança para a população atingida pelas chuvas que castigam a região Sudeste
Secretário Wolnei Wolff: "O Governo Federal, por meio do MIDR, quer reconstruir as estruturas físicas em menor tempo possível”. Os Ministérios da Defesa e da Saúde também estão engajados na força-tarefa para restabelecer a vida normal da população. (Fotos: divulgação MDIR)
Brasília (DF) – As chuvas que castigam a região Sudeste têm provocado desolação e tristeza em quem perdeu tudo. O cenário é de caos. Mas, mesmo diante de tanta destruição, estar vivo é ainda a esperança e força da população para seguir.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) acompanha de perto todas os municípios da região afetados pelas chuvas intensas.
Desde a ultima quinta-feira (21),o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do MIDR, Wolnei Wolff, esteve à frente das adversidades, instruiu e orientou prefeitos de cidades fluminenses e capixabas. A situação mais crítica, porém, estava em Mimoso do Sul.
"Foi um cenário de guerra. Destruição de mais de uma centena de casas e pontes. O Governo Federal, por meio do MIDR, quer reconstruir as estruturas físicas em menor tempo possível”, disse o secretário. Os Ministérios da Defesa e da Saúde também estão engajados na força-tarefa para restabelecer a vida normal da população.
“Passei na cozinha do alojamento em que algumas pessoas foram removidas e era possível ver a cara de desesperança das pessoas. O município tem apenas 24 mil pessoas e era o que tinha mais óbitos (18). Eu voltaria para Vitória na segunda-feira, para em seguida retornar a Brasília, mas aquela situação me incomodou muito.
Então fui para Mimoso do Sul para agilizarmos tanto o estado de calamidade pública e os planos de trabalho. Contratamos mais de 100 pessoas para atuarem na ação de respostas, como a limpeza urbana e levar combustível para as equipes das prefeituras poderem percorrer a parte mais afetada”, relata o secretário Wolnei.
“Estávamos em um cenário de guerra. O cenário é devastador, com uma subida de 8m76 do rio da cidade. A gente conseguia ver casas de dois andares embaixo da água. No centro da cidade, o comércio fechado, pois todos foram atingidos, “Conversei com algumas pessoas nas ruas, que nos relataram que a água subiu muito rapidamente, em questão de poucas horas.”
Repasses
Para limpeza urbana, o MIDR repassará R$ 670,3 mil para limpeza urbana e R$ 88 mil para a compra de combustível. “Isso pode diminuir a tristeza das pessoas, que perderam quase todos os bens materiais, mas a esperança é o fato de continuarem vivas. E a presença do Governo Federal, do estadual e municipal passa de alguma forma um alento para é da esperança para essa dessas pessoas que a gente vai poder, de alguma forma, ajudar num primeiro momento, a restabelecer as condições no menor tempo possível para que a vida volte à normalidade”, destaca o secretário.
É importante lembrar que ainda há a necessidade de fazer a contabilidade de quantas pontes, tanto na zona rural quanto na urbana, foram destruídas para entrarem em um novo plano de trabalho. “A presença do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa, da Saúde e do Desenvolvimento Social pode trazer um pouquinho de alívio essas pessoas apontando que que eles não estão sozinhos”, avalia.
“População atônita”
Antes de ir ao estado capixaba, o secretário Wolnei Wolff esteve no Rio de Janeiro, onde se reuniu com prefeitos de Petrópolis, Teresópolis, entre outras cidades fluminenses. “Após a chuva de sexta-feira e com a possibilidade vir mais chuva (que infelizmente se concretizou), houve a remoção e a retirada da população que mora em locais mais perigosos. Essas pessoas vão para a casa de parentes e amigos, que são os alojados. Quando não tem, ficam abrigadas na escola Independência e recebem café da manhã, almoço e jantar”, destacou.
“Iremos apoiar também a reconstrução de parte do cemitério de Petrópolis. Temos alguns com cinco ou seis gavetas verticais, e com a enxurrada desabou essa parte. Os desabrigados ficam indo em suas casas para ver se estão de pé, se foram roubadas e quando nos encontram, sempre pedem para vermos se suas residências estão em boas condições ou se vão cair. É uma comoção que a gente percebia que as pessoas estavam atônitas”, descreveu.