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Estudos sobre desenvolvimento regional são apresentados durante conferência
Durante a edição alagoana da Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional, os participantes acompanharam a exposição de estudos acerca de assuntos ligados ao desenvolvimento regional brasileiro. Evento é promovido pelo Ministério da Integração Nacional, em parceria com Ipea.
No painel intitulado "Financiamento do Desenvolvimento Regional", Alexandre Manoel, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, afirmou que os municípios com menor receita disponível per capita (3% dos municípios) dispõem de menos de R$ 822 por cidadão, quando a média é de R$ 738. Entre eles Sapé (PB), Cajazeiras (PB), José de Freitas (PI), Águas Lindas de Goiás (GO) e Campo Alegre (AL). "Somente 3% dos municípios possuem mais de R$ 3.368 para cada cidadão. A média é R$ 4.366, seis vezes maior que a daqueles de menor receita", informou.
Já no painel "Governança, Participação Social e Diálogo Federativo", Joana Alencar, pesquisadora do Ipea, apresentou resultados de pesquisa que aponta o perfil e a atuação dos integrantes dos conselhos nacionais. Foram identificados elementos acerca de cidadãos que participam das instituições sociais, essenciais para planejamento, formulação e controle das políticas públicas.
Ao discorrer sobre o tema "Desigualdades Regionais e Critérios de Elegibilidade", Herton Ellery Araújo do Ipea apresentou indicadores sociais do Brasil e de Alagoas. De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego no estado, por exemplo, em um comparativo de 2000 a 2010 registrou, respectivamente, 17,6% e 10,7%, com uma taxa de crescimento anual do emprego de 4,8%. No nordeste, essas taxas foram de 15,9% em 2000; e 9,7% em 2010, com taxa de crescimento anual de 4,8%. No Brasil os números foram de 15,3% e 7,6% - crescimento anual do emprego de 6,7%.
Tratando do tema "Vetores do Desenvolvimento Regional Sustentável", foi feita análise sobre as diferenças regionais que marcam a formação social e econômica da população brasileira, o que reflete nas questões relacionadas a sustentabilidade. "Em termos quantitativos, no período de 2000 a 2008, houve aumento de 120% na quantidade de resíduos e rejeitos dispostos em aterros sanitários e uma redução de 18% na quantidade encaminhada para lixões. Porém, ainda há 74 mil toneladas por dia de resíduos e rejeitos sendo dispostos em aterros controlados e lixões", afirmou.
As conferências estaduais antecedem a etapa nacional que acontecerá em Brasília, em dezembro. Durante os encontros os participantes discutem e elaboram ideias para contribuir com a elaboração da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional.