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Em reunião com instituições vinculadas, Waldez Góes reafirma compromisso com os mais vulneráveis
Durante a reunião, os dirigentes das instituições vinculadas apresentaram resultados e iniciativas e puderam compartilhar os desafios enfrentados (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) – Com a proposta de ampliar o diálogo e alinhar estratégias, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) realizou uma reunião com representantes de todas as secretarias nacionais e instituições vinculadas nesta segunda-feira (4). No encontro, o ministro Waldez Góes reafirmou o compromisso de priorizar os mais vulneráveis no planejamento das ações, criando oportunidades e entregando resultados reais para a população brasileira.
Estiveram presentes representantes das secretarias nacionais de Proteção e Defesa Civil, de Segurança Hídrica, de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial e de Fundos e Instrumentos Financeiros, além da Secretaria-Executiva e das seis instituições vinculadas ao MIDR: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).
"Nós precisamos ter um bom planejamento e sistema de monitoramento para medirmos e corrigirmos nossas ações, visando melhorar os indicadores de áreas que são de nossa competência. Assim, poderemos saber se estamos trabalhando de fato para entregar resultados efetivos para os cidadãos brasileiros", afirmou o ministro. "Esses encontros são uma oportunidade para alinhar a nossa atuação, como uma única equipe, com o programa de governo do presidente Lula", completou.
O secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, defendeu a iniciativa como uma ferramenta para que as áreas atinjam sinergia para elevar o desempenho. "Nossa percepção é de que essas reuniões não são corriqueiras e nem obrigatórias pela legislação. Por isso é tão necessário o nosso engajamento, para que sejam um compromisso nosso. Não é fácil, estamos saindo da nossa zona de conforto, mas é uma oportunidade de atingirmos sinergia, nos identificarmos como parceiros", destacou.
Já a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo, observou que a atuação conjunta pode fortalecer as políticas públicas. "Quero reforçar essa ideia de sistema. Isso não significa a perda de autonomia das instituições, mas uma atuação complementar, de forma a potencializar a ação de todos. Além disso, queremos fortalecer nossa potência interna, por meio da governança. Acredito que, dessa forma, teremos ótimos resultados para entregar, levando essa mensagem para toda a Esplanada", disse.
Resultados e iniciativas
Durante a reunião, os dirigentes das instituições vinculadas apresentaram resultados e iniciativas e puderam compartilhar os desafios enfrentados. As informações foram registradas pela equipe da Secretaria-Executiva do MIDR, que irá oferecer apoio e propor soluções para que os obstáculos sejam superados.
"Na região da Sudam, o desafio é corrigir a concepção de desenvolvimento de cima para baixo, ou seja, que desconsidera o pequeno. Queremos inverter essa lógica e trabalhar para um desenvolvimento inclusivo, principalmente nos municípios, que é onde tudo acontece", ressaltou o superintendente do Desenvolvimento da Amazônia, Paulo Rocha.
A superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto, compartilhou a mesma visão. "Acreditamos que esse modelo de desenvolvimento, no Centro-Oeste, é equivocado e os números confirmam isso. Quer dizer, a aplicação está sendo feita, mas não é somente aplicar, é saber onde está aplicando. Queremos fazer chegar o dinheiro para o pequeno produtor, para fortalecer a agricultura familiar. Essa é a nossa visão de um país rico", disse.
"Estou muito animado, pois este é um ambiente político muito oportuno para a gente. A volta do presidente Lula é um reencontro do Brasil com os brasileiros. Acredito que, nos últimos anos, a Região Nordeste foi a que mais sofreu na relação com o Governo Federal. A Sudene agora vai se reposicionar e se reintegrar, para fomentar o desenvolvimento da região. E essa reunião é fundamental", apontou Danilo Cabral, superintendente do Desenvolvimento do Nordeste.
Para o diretor-geral do Dnocs, Fernando Leão, o diálogo constante propicia uma integração que vai beneficiar todo o País. “Estamos criando condições favoráveis de geração de emprego e renda para o homem do campo. Tudo isso é um reflexo do compromisso contínuo do Governo Federal, do MIDR e de seus entes em promover a coesão territorial e garantir oportunidades de crescimento. Ao facilitar o fluxo de pessoas, bens e ideias, estamos construindo pontes que transcendem barreiras geográficas e unem nossos estados em uma rede mais unificada”, afirmou.
O diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, traçou um breve panorama sobre a Companhia. Um dos destaques foi a produção no Baixio do Irecê, maior projeto de irrigação da América Latina. "O empreendimento está localizado entre Xique-Xique e Itaguaçu, na Bahia, está dividido em nove etapas e já iniciou as atividades produtivas. Somente em 2023, o investimento total em produção pode chegar a R$ 500 milhões, numa área de quase 8 mil hectares. As etapas 1 e 2 receberam financiamento de R$ 100 milhões por parte do Banco do Nordeste, correspondendo a uma área de 1,8 mil hectares que já está em início de produção", explicou.
“Em relação às etapas 3 a 9, objeto do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), com leilão realizado na Bolsa de Valores B3, a empresa vencedora já aprovou uma carta consulta junto ao Banco do Nordeste de R$ 400 milhões. Esse valor iniciará outra etapa do Baixio, com previsão, ainda para este ano, de produzir em mais 6 mil hectares”, completou. Segundo Marcelo, a estimativa é gerar, com a implantação do projeto, mais de 180 mil empregos diretos e indiretos, distribuídos entre comércios, agricultura, setor de serviços e indústrias.
A diretora-presidente substituta da ANA, Ana Carolina Argolo, finalizou as falas. "Os maiores desafios da Agência hoje são chegar a uma gestão integrada dos recursos hídricos, se tornar um braço capacitador dos estados, no sentido de levar informação de qualidade a todo o País, por meio de ferramentas e programas que irão fazer os entes se apropriarem do nosso conhecimento técnico e reproduzirem o que fazemos em âmbito nacional. Por outro lado, levar a agenda da água a outro nível. Desde que a ANA voltou para o MIDR, o ministro nos recebeu com muito afinco e isso tem feito toda a diferença”, concluiu.
Este é o segundo encontro de um programa de reuniões mensais definido pelo MIDR. O primeiro foi realizado no dia 1 de agosto.