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Defesa Civil realiza último workshop participativo para construção do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil
Workshop reuniu representantes das defesas civis estaduais e municipais, do terceiro setor, da academia e da iniciativa privada (Foto: Dênio Simões/MIDR)
Brasília (DF) – O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, e a PUC-Rio promoveram, nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em Brasília, workshop com representantes da Região Centro-Oeste para construção do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC), que entrega prevista para o início de 2024. O objetivo foi colher sugestões das defesas civis estaduais e municipais e de representantes do terceiro setor, da academia e da iniciativa privada.
Este foi o quinto e último workshop regional voltado à participação social na construção do PNPDC. As outras quatro regiões – Norte, Nordeste, Sul e Sudeste – tiveram os encontros realizados em setembro e outubro. As discussões tiveram ênfase nos cincos eixos da gestão de riscos e desastre: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.
Para diretora de Articulação e Gestão da Defesa Civil Nacional, Karine Lopes, os workshops trouxeram a oportunidade de apresentar, para as Defesas Civis estaduais e municipais, secretarias de governo, entidades privadas e sociedade civil organizada, o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que está em construção.
“Foi um processo muito participativo. Ouvimos muitas sugestões e este debate está sendo muito rico, cheio de encontros e de possibilidades de fazer um plano que, de fato, reflita as necessidades nacionais”, destacou Karine. “Com as informações referentes a toda a coleta de dados para o Plano, estamos construindo juntos as diretrizes, as metas e os indicadores para a construção da proposta do Plano Nacional”, acrescentou.
Coordenadora do projeto de elaboração do PNPDC, a professora Adriana Leiras, da PUC-Rio, informou que as experiências das defesas civis que foram compartilhadas nos encontros servirão de base para as próximas etapas, em que será detalhado o trabalho de proteção e defesa civil nos cinco eixos de atuação. “Finalizamos hoje os workshops presenciais, que tiveram o objetivo de definir metas, indicadores e diretrizes que apontem as especificidades regionais para que elas sejam adotadas no plano”, informou.
Para a assessora nacional da Caritas Brasileiras na área de Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências, Vitória Mesquita, a participação do terceiro setor no evento traz a voz da comunidade para o debate.
“Nós temos agentes das Caritas que estão atuando em várias emergências, tanto no Norte do Brasil, no Amazonas, onde há estiagem, como no Sul, com as enchentes. Temos o compromisso de levar a nossa visão enquanto sociedade civil do que está acontecendo agora, neste exato momento, mas também queremos nos capacitar para dar respostas em tempo real para os nossos agentes que estão na ponta”, informou Vitória.
Já o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil de Goiânia, Robledo Mendonça, destacou que a troca de informações sobre a realidade de cada região contribui para elaboração do plano.
“Eu acho de fundamental importância esta discussão e compartilhar a realidade das defesas civis municipais. A elaboração deste plano vai ser um norteador para as Defesas Civis estaduais e municipais e vai melhorar a conscientização e o fortalecimento delas, principalmente das municipais”, destacou Mendonça.
Sobre o projeto do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil
O projeto de elaboração da proposta do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil tem como objetivo estabelecer diretrizes, estratégias e metas para a gestão de riscos e desastres no país, a serem implementadas em todo o território brasileiro. Sob a coordenação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, a iniciativa é desenvolvida em parceria com o Laboratório HANDs (LabHANDs), da PUC-Rio, que lidera uma equipe técnica interinstitucional composta por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).