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Dia da Independência
Defesa Civil Nacional é homenageada por atuação no Rio Grande do Sul
Defesa Civil Nacional foi homenageada pela atuação no desastre do Rio Grande do Sul. (Foto: Carlos Moura/MIDR)
Brasília (DF) - A Defesa Civil Nacional foi homenageada, neste sábado (7), durante o desfile em comemoração ao 202º ano da Independência do Brasil, por sua atuação nas chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul, no maior desastre climático da história do Brasil em termos de proporções territoriais. Foram atingidos pelas chuvas que castigaram o estado no fim de abril deste ano 478 dos 497 municípios gaúchos.
Graças à ação das defesas civis municipais e estadual, coordenadas pela Defesa Civil Nacional, 82.666 pessoas foram resgatadas e 12.358 animais recuperados. Ainda houve ajuda de agentes do Corpo de Bombeiros, outras pastas do Governo Federal e voluntários.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que, dentro das atribuições de sua Pasta, coordena a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), destacou a importância do desfile. “Um dos eixos temáticos é a reconstrução do Rio Grande do Sul,. Reafirmamos, mais uma vez, o compromisso do Governo Federal com essa retomada econômica, social, da infraestrutura e do desenvolvimento do povo gaúcho. Mais de 30 mil pessoas estiveram nesse desfile cívico, que devemos cada vez mais aplaudir, participar, defender a democracia e a soberania nacional. Agradeço ao presidente Lula por ter devolvido a democracia ao Brasil”, disse Waldez Góes.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, convidou representantes de defesas civis estaduais. Compareceram ao desfile agentes dos estados do Rio Grande do Sul, Maranhão, Rondônia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Goiás, Pará, Amazonas, Ceará e Espírito Santo.
“Nós estivemos ao lado do povo gaúcho desde antes de começar o desastre, porque nós controlamos o Sistema de Defesa Civil e emitimos alertas para a chegada de fortes chuvas. Mas não esperávamos que fosse ser tão intensa e triste como foi. Cenário de guerra mesmo. A homenagem me dá a sensação de dever cumprido. Não que tudo já tenha sido feito, mas estamos no caminho certo. Já enviamos recursos para vários tipos de ajuda, desde assistência humanitária até reconstrução de moradias”, lembrou Wolnei.
A chuva forte no Rio Grande do Sul começou no dia 27 de abril, em Santa Cruz do Sul, na região dos Vales. Sem parar, se estendeu por mais de 10 dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram. A água invadiu municípios, arrasando cidades e destruindo vidas.
O secretário se lembra da reação da população desabrigada ou com risco de perder sua residência. “Foi um sentimento misto. Muita tristeza em ver o caos que se tornou o estado. A água do Rio Guaíba subia. Foram vários dias de reuniões estratégicas, sem deixar de agir, desde a busca por salvar pessoas e animais que estavam desaparecidos, até começarmos a reconstrução de infraestruturas das cidades”, afirma o secretário.
“Por outro lado, foi emocionante ver a união de todos pelo Rio Grande do Sul, independentemente de ideologia política. Tinham muitos voluntários, que nem preparados para salvar vidas são, correndo para ajudar os outros. Parece que o sentimento de humanidade voltou ao país, depois de quatro a seis anos”, emocionou-se.
Neste ano, o evento que celebra do Dia da Independência foi organizado em três eixos temáticos. Além do o apoio e esforços para a reconstrução do Rio Grande do Sul, foram destaques a presidência rotativa do Brasil do G20 e a Cúpula de chefes de Estado que será realizada em novembro, na cidade do Rio de Janeiro, além do aumento da proteção da população, em especial, das crianças, por meio das campanhas de vacinação e a ampliação dos serviços de atendimento primário em saúde, com a retomada do programa Mais Médicos do Governo Federal.
“Convidamos outros estados para o desfile para mostrar que estamos prontos para salvar o Brasil todo. Espero que, mesmo com as intensidades climáticas cada vez maiores, nenhum lugar passe pelo que o Rio Grande do Sul passou. Mas, mesmo se forem desastres de menores consequências, estamos prontos para ajudar. Essa é uma ordem do presidente Lula e sempre iremos cumprir”, finalizou o secretário Wolnei Wolff.
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