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G20 Brasil 2024
Defesa Civil Nacional debate redução do risco de desastres com representantes da Índia e da África do Sul
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Brasília (DF) – Coordenador do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, se reuniu, nesta segunda-feira (8), com integrantes da "troika" – presidências atual, anterior e seguinte do G20. Portanto, o Brasil, atual presidente, conversou com representantes da Índia (presidência de 2023) e da África do Sul (presidência de 2025). O Ministério das Cidades também participou da reunião virtual.
Na ocasião, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, destacou a importância do encontro para o fortalecimento do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 e citou o evento climático que atingiu o Rio Grande do Sul, resultando em mudanças na agenda de reuniões. “Foi um desastre de enormes proporções em área de impacto e muitas perdas e danos,mas o governo brasileiro não mediu esforços, contando também com a solidariedade internacional, para salvar vidas e garantir o pronto restabelecimento e o planejamento da recuperação das áreas atingidas”, disse.
O secretário afirmou que o cenário no Rio Grande do Sul intensificou a necessidade de avanços em políticas e ações efetivas de redução do risco de desastre no Brasil. “O desastre no estado gaúcho também se desdobrou na condução brasileira do grupo de trabalho do G20 de modo a se fazer ajustes, tanto para trazer a experiência vivida, como para aprender com os países do grupo suas melhores práticas, abordagem que pretendemos compartilhar no evento presencial do G20 no Rio de Janeiro”, completou Wolnei. O evento no Rio de Janeiro vai ocorrer entre os dias 26 e 30 de julho.
Principais temas
Na reunião, o secretário Wolnei Wolff e o secretário nacional de Políticas para os Territórios Periféricos do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, apresentaram os quatros temas principais da pauta do encontro virtual. O primeiro item foi a continuidade do legado da Índia e a contribuição brasileira para o seguimento com a África do Sul.
“Agradecemos e reconhecemos o legado da presidência da Índia na estruturação e organização do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres, de modo a construir subsídios para tornar os países do G20 mais resilientes ao risco de desastres, cada vez mais intensos e recorrentes com os impactos das mudanças climáticas”, disse o secretário Wolnei.
Wolnei afirmou ainda que o legado dos países membros no que diz respeito ao compartilhamento de conhecimentos e experiências e compreensão aprofundada das políticas e mecanismos necessários para o crescimento e desenvolvimento resiliente, sustentável e inclusivo tem sido um norte para a presidência do Brasil. “A presidência brasileira conduz esse trabalho com foco especial na abordagem inclusiva de populações mais vulneráveis da sociedade, sem deixar ninguém para trás e fortalecendo um caminho de continuidade com a futura presidência da África do Sul”, acrescentou o secretário.
O segundo item da pauta foi a validação dos produtos que estavam previstos durante a presidência da Índia, mas que só ficaram prontos agora, bem como os que ainda estão em fase de conclusão. “No Rio de Janeiro, vamos ouvir nossos pares, mas entendemos que o consenso inicial deve vir da troika, visto que isso não apenas vai sedimentar a contribuição indiana, como também deve estar de acordo com os anseios e perspectivas de trabalho da África do Sul”, completou Wolff.
O terceiro item foca na gestão brasileira dos seguintes pontos: desigualdade, infraestrutura resiliente, recuperação e reconstrução e financiamento.
“O primeiro ponto é o de combate às desigualdades e redução das vulnerabilidades com foco prioritário nas pessoas e comunidades mais vulneráveis. O segundo é o da resiliência das infraestruturas e dos serviços que elas oferecem com foco na redução de perdas e danos, na garantia da vida das pessoas, especialmente as mais vulneráveis, e no planejamento e gestão do uso do solo com vistas ao desenvolvimento sustentável e resiliente”, explicou o secretário Guilherme Simões.
O terceiro ponto é o da oportunidade de inovação adaptativa para uma reconstrução e recuperação inclusiva e resiliente em situações de pós-desastres, como ocorre no Rio Grande do Sul atualmente. “O quarto é o de estruturas nacionais sólidas e do setor privado para reduzir o risco financeiro sistêmico dos desastres e fomentar o financiamento para uma prática efetiva de redução do risco de desastre”, completou o secretário.
O quarto e último tema da pauta foi a avaliação e validação dos assuntos debatidos na reunião e que serão abordados em reuniões bilaterais e na agenda presencial no Rio de Janeiro.
Presidência do Brasil
Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.
A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.
Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.
G20
O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.
Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais. Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes, integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
Atualmente, a agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
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