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DEFESA CIVIL
Defesa Civil Alerta será usado nas barragens do Rio São Francisco
As 21 barragens do PISF possuem Planos de Ação de Emergência, o que facilita a implementação do Defesa Civil Alerta. (Foto: Adalberto Marques)
Brasília (DF) – O novo sistema de alertas de desastres da Defesa Civil Nacional, o Defesa Civil Alerta, será utilizado em situações de risco envolvendo barragens. A ampliação da tecnologia é o próximo passo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e órgãos vinculados. A previsão é que a ferramenta seja aplicada, inicialmente, em 21 das 27 barragens do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).
O MIDR também espera levar o Defesa Civil Alerta para as barragens da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Para colocar o projeto em prática, os órgãos envolvidos se reúnem para estruturar estratégias e agendar testes.
“Vamos expandir a capacidade de emissão de alertas para outros setores, outras áreas de risco. Como o setor de barragens do Brasil é organizado, tem o mapeamento das áreas de risco e um sistema de monitoramento, nossa intenção é começar a trabalhar com as barragens que estão vinculadas ao ministério para fazermos uma experiência e, em um segundo momento, expandir para outras barragens de reserva de água, produção de energia elétrica, mineração, entre outros”, disse o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do MIDR, Armin Braun.
As 21 barragens do PISF estão localizadas nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e possuem sistemas de monitoramento e alerta definidos, além de Planos de Ação de Emergência (PAE), o que vai facilitar a implementação do Defesa Civil Alerta. “Ainda precisamos definir como será a interação dos operadores das barragens com o sistema de alertas e com a defesa civil do município”, completou Braun, destacando a importância da ferramenta. “Com a tecnologia, esperamos chegar no maior número de pessoas possível para, de fato, proteger a população e salvar vidas. Entendemos que as pessoas que estão sob risco de rompimento de barragem precisam do nosso olhar”, concluiu.
O secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, reforçou os motivos que levaram o MIDR a priorizar as 21 barragens do PISF. “São barragens que atendem aos requisitos cobrados na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Por isso, achamos melhor incrementar o Defesa Civil Alerta na rotina de avisos para as comunidades dessas barragens em caso de ameaça ou risco de dano na estrutura. Será uma ferramenta mais assertiva no processo de comunicação da população e, consequentemente, no salvamento de vidas”, explicou o secretário, ressaltando que os testes devem começar em outubro durante simulações.
Sobre o Defesa Civil Alerta
O Defesa Civil Alerta, criado em parceria com o Ministério da Comunicações, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e quatro operadoras de telefonia, utiliza a rede de telefonia celular para emitir um alerta de desastre em mensagem de texto, com aviso sonoro, suspendendo qualquer conteúdo em uso na tela do usuário. O alerta também vai funcionar nos celulares em modo silencioso. Com o novo sistema, os residentes em áreas de risco vão receber as mensagens sem a necessidade de qualquer cadastro prévio. Confira AQUI o passo a passo de como funciona a ferramenta.
Receberão as notificações os celulares (smartphones) compatíveis com a tecnologia de transmissão via celular com cobertura móvel 4G ou 5G no momento do envio da mensagem, e localizados em área de risco mapeada pela defesa civil. O sistema não atende celulares com 3G.
Há dois tipos de alerta: extremo e severo. O primeiro é o nível máximo de alerta, caracterizado por ameaças extremas à vida ou à propriedade. Já o segundo indica a necessidade de medidas de proteção. No caso do alerta extremo, a mensagem acionará um sinal sonoro no celular, semelhante a uma sirene, ainda que o aparelho esteja no modo silencioso, o que vai permitir maior eficiência do alerta nas situações de risco. No caso do alerta severo, o sinal sonoro será um “beep” similar ao do SMS e não irá soar no modo silencioso.
Não haverá cobrança para o recebimento de alertas de emergência sem fio. Qualquer contato em nome das prestadoras ou instituições relacionadas ao projeto, solicitando o pagamento de valores, pode ser uma tentativa de golpe.
Confira mais informações sobre o Defesa Civil Alerta AQUI.
Projeto-piloto
No dia 10 de agosto, o Defesa Civil Alerta foi enviado para 11 municípios brasileiros, marcando o início do projeto-piloto do novo sistema de alertas de desastres da Defesa Civil Nacional, que terá duração de 30 dias.
Após o projeto-piloto, a tecnologia será implementada de maneira gradativa no restante do país.