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DEFESA CIVIL
Cheias do Rio Grande do Sul: agilidade federal evita impacto negativo de 1,1 ponto percentual no PIB do estado
Publicação “Avaliação dos Efeitos e Impactos das Inundações no Rio Grande do Sul” foi entregue ao ministro Waldez Góes (Fotos: Marcio Pinheiro)
Brasília (DF) - A atuação do governo federal no estado do Rio Grande do Sul, em função das inundações ocorridas entre abril e maio de 2024, evitou um resultado negativo de 1,1 ponto percentual no PIB gaúcho, cuja previsão de crescimento anual é de 4,7%. Entre as ações efetivas para o resultado estão a transferência de recursos às famílias e aos negócios atingidos, junto com a agilidade das obras de recuperação.
Os dados estão na publicação “Avaliação dos Efeitos e Impactos das Inundações no Rio Grande do Sul”, entregue nesta quinta-feira (28) ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. O relatório foi produzido em parceria entre Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Grupo Banco Mundial, com instituições do sistema das Nações Unidas.
“Ao máximo possível o governo federal tem buscado ser eficiente numa política de gestão de riscos e, no caso do Rio Grande do Sul, ao envolver todas as instâncias de poder, conseguiu responder com rapidez e frustrar as previsões iniciais em relação à economia do estado”, disse Waldez Góes.
Para o ministro, o resultado constatado pelas organizações internacionais é consequência do montante de R$ 98,6 bilhões destinados ao Rio Grande do Sul e à dedicação no acompanhamento da situação do estado. “Para continuar a política de resposta, até hoje temos a sala de situação instalada na Casa Civil, ao lado do presidente”. Segundo ele, o relatório vai apontar a intensidade que deve ser buscada pelas políticas públicas de reconstrução, com ênfase na diminuição das desigualdades sociais.
“Atuamos em agendas imediatas, como a ajuda e a proteção às pessoas, a garantia ao auxílio reconstrução, o reestabelecimento dos serviços e o abastecimento do estado. Mas agora vem a infraestrutura, principalmente de proteção: os diques, as casas de bomba e as comportas. Estamos firmes no propósito de garantir prevenção definitiva para o Rio Grande do Sul”, ressaltou o ministro.
Em função das mudanças climáticas, com repercussões em todo o mundo, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou as recomendações do documento entregue ao MIDR. “Levando em conta essa importante reação do governo federal, mas, olhando para frente, temos alertas precoces e estruturas resilientes, que evitam inundações e protegem os mais vulneráveis. Temos que nos preparar”, completou.
Setores específicos
Além da avaliação das ações do poder público no estado, o documento apresenta dados sobre o impacto das inundações nos setores: saúde, educação, habitação, transportes, cultura, água potável, setor elétrico, alojamento e restaurantes, indústria, comércio, agricultura, pecuária, populações afetadas e meio ambiente.
Com um total de R$ 61 bilhões de perdas econômicas, o setor produtivo foi o mais atingido. O valor corresponde a 69% do total do prejuízo, estimado em R$ 88,9 bilhões. Dessa quantia, 21% se refere aos setores sociais, com R$ 19 bilhões; 8% à infraestrutura, com R$ 7 bilhões; e 1,8% ao meio ambiente, com R$ 1,6 bilhão.
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