Notícias
Defesa Civil
Boa governança é fundamental para a proteção e defesa civil, afirma Waldez Góes em encontro com coordenadores estaduais
Durante o encontro nesta quarta-feira, houve apresentação do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) a coordenadores estaduais da defesa civil de 21 estados (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) – A efetividade das ações de proteção e defesa civil, seja antes, durante ou após a ocorrência de desastres, depende de uma boa governança entre todos os agentes envolvidos. É preciso que municípios, estados e a União trabalhem em conjunto para a mitigação de riscos e para que o atendimento à população, o restabelecimento de serviços essenciais e a reconstrução de infraestruturas destruídas e danificadas ocorra com o máximo de brevidade. Essa opinião foi defendida nesta quarta-feira (8) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante o 2º Encontro do Conselho Nacional de Gestores de Proteção e Defesa Civil (Congepdec), realizado em Brasília.
"Esta é uma agenda que, desde a minha experiência como governador do Amapá, sempre dediquei um bom tempo, porque entendo que ela tem enorme importância e, se nós não tivermos uma boa governança dela, corremos o risco de comprometer a definição de outras agendas", destacou Waldez Góes.
Durante o encontro, houve apresentação do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) a coordenadores estaduais da defesa civil de 21 estados, além do debate sobre comunicação de emergência e a perspectiva para concessões de serviços climatológicos no âmbito do Programa Cidades Inteligentes. A expectativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) é de que o PNPDC, que está sendo elaborado em parceria com a PUC Rio, seja finalizado no início do próximo ano.
"As políticas públicas têm que chegar aos municípios e têm que ser capazes de construir cidades mais resilientes para que a gente possa dar conta dessas mudanças climáticas que estão aí nos assolando", observou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do MIDR, Wolnei Wolff. “E o Plano Nacional será muito importante nesse trabalho, porque vai estabelecer diretrizes, estratégias e metas para a gestão de riscos e desastres a serem implementadas em todo o território brasileiro”, completou.
Waldez Góes destacou, ainda, a importância de uma cooperação eficaz entre os diversos níveis de governo e atores da sociedade civil. O ministro enfatizou a importância de uma cultura de contingência e de prevenção e instou os estados e municípios a se prepararem adequadamente. "Nós não temos cultura de contingência para a resposta em defesa civil. Aquela cultura de dizer ‘eu estou preparado, pode não acontecer, mas eu estou preparado´, infelizmente nós não temos", afirmou.
O presidente do Congepdec, coronel Henguel Ricardo Pereira, ressaltou o trabalho que vem sendo realizado pelo Governo Federal na área de proteção e defesa civil. “Ficamos confortáveis de saber que, realmente, nós temos um ministro que conhece as dificuldades enfrentadas pelos estados municípios, que conhece as necessidades e que está aí para nos apoiar", destacou.
O coordenador-geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ministro José Solla, destacou o compromisso do MIDR no apoio a outros países que enfrentaram desastres, como foi o caso do Canadá, que enfrentou graves incêndios florestais, e da Turquia, onde houve um terremoto. "É preciso prestar esse apoio, sobretudo aos países vizinhos, então, nós temos uma preocupação muito grande em relação ao que existe na região de fronteira", informou.