Notícias
PREOCUPAÇÃO GLOBAL
Autoridades de 25 países vêm a Belém para debater redução de desastres
Líderes dos países membros e convidados do G20 vão discutir estratégias para mitigar os riscos de desastres intensificados pelas mudanças climáticas e melhorar a resiliência das nações. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Brasília (DF) – O próximo encontro presencial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20, coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em parceria com o Ministério das Cidades, contará, até o momento, com a presença de representantes de 25 países e 11 organismos internacionais. O evento ocorrerá entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, em Belém, no Pará, e será o último antes da 19ª reunião de cúpula do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
No encontro, líderes dos países membros do G20 vão discutir estratégias para mitigar os riscos de desastres ampliados e intensificados pelas mudanças climáticas e melhorar a resiliência das nações. Entre outros temas, a reunião também abordará o combate às desigualdades para reduzir as vulnerabilidades, a necessidade de cobertura de sistemas de alerta precoce para todos, a importância de desenvolver infraestruturas resilientes a catástrofes e alterações climáticas, e estratégias de financiamento para a Redução do Risco de Desastres (RRD). O evento faz parte da presidência brasileira do G20, que vai até 30 de novembro deste ano com foco em uma agenda inclusiva e sustentável.
No dia 1º, os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Cidades, Jader Filho, vão se reunir com o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Redução do Risco de Desastres, Kamal Kishore, com o ministro da Índia e vice-ministro da África do Sul, que, junto com o Brasil formam a Troika, além dos ministros e vice-ministros de vários países presentes na reunião. Esses encontros vão promover a troca de experiências sobre prevenção, mitigação e ações de resposta eficientes em casos de desastres.
Em seguida, Waldez participará de uma mesa redonda com autoridades internacionais, onde será debatido o tema Resiliência pelo Design: Financiando o Futuro da Redução de Riscos de Desastres. Será uma discussão fechada entre o governo brasileiro e autoridades sobre como aumentar investimentos público e privado em gestão de riscos por meio de abordagens colaborativas aos desafios comuns.
Cabe ao MIDR debater assuntos como: ações estratégicas dos países para fortalecer a capacidade institucional e aumentar, alocar e utilizar efetivamente os fundos para redução de riscos de desastres; e integração dos esforços em agendas de desenvolvimento nacionais e subnacionais mais amplas, com engajamento de múltiplos formadores de opinião, para garantir gastos eficientes, alcançar resultados pretendidos e construir resiliência enquanto reduzem vulnerabilidades.
O evento também terá espaço para o lançamento de estudos relacionados ao engajamento comunitário para pessoas em situação de vulnerabilidade, infraestrutura resiliente a desastres, soluções baseadas na natureza e recuperação inclusiva e resiliente.
Waldez Góes e o ministro Jader filho convidarão os países membros e convidados do G20, além de organismos internacionais, para direcionarem as ações em prol da construção de cidades mais resilientes e seguras, tendo a preservação da vida como prioridade. Haverá, também, um debate aberto sobre a intensificação de esforços para abordar desigualdades e vulnerabilidades, com o objetivo de minimizar o risco de desastres e construir resiliência a longo prazo.
O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 adotou seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. São elas:
Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;
Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;
Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;
Estratégias de Financiamento para Redução do Risco de Desastres;
Recuperação, Reabilitação e Reconstrução em Caso de Desastres;
Soluções baseadas na natureza.
Confira aqui como foi o primeiro encontro presencial do GTRRD no Rio de Janeiro
Presidência do Brasil
Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.
A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.
Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.
G20
O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.
Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais.
Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
Para mais informações, clique aqui.
Outras notícias:
Medidas urgentes para proteger populações vulneráveis
Brasil dá voz às comunidades na reunião ministerial
Ministro quer parte da taxação de grandes fortunas para a defesa civil