Notícias
Amor em forma de ração, vacinas e abrigos temporários
Arcy Colares Rodrigues, 27, e a alegria completa por ter o seu cão de volta: "Nosso cachorro estava com a gente. Quando amanheceu, a água estava batendo no peito e nós entramos em desespero", diz o morador de Canoas (Foto; acervo pessoal)
Brasília (DF) – “Passamos a madrugada inteira acordados. Nosso cachorro estava com a gente. Quando amanheceu, a água estava batendo no peito e nós entramos em desespero. Peguei minha filha, minha mulher e ia voltar para pegar o Fumaça, mas a correnteza estava muito forte e eu não consegui. Só o resgatei depois”. O relato é do Arcy Colares Rodrigues, 27 anos, morador da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. Para ajudar gaúchos como o Arcy, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), detalhou, nesta terça-feira (21), como os recursos destinados à compra de insumos para animais domésticos serão utilizados.
Os recursos previstos na Portaria 1.710, publicada na sexta-feira (17), deverão ser gastos com ração, vacinas e desparasitação, kit de primeiros socorros, abrigos temporários, esterilização cirúrgica e microchipagem. A portaria estabelece que, com a situação de emergência ou estado de calamidade pública declarada pelo estado afetado, serão repassados recursos para a compra desses insumos no valor máximo por município estabelecido, de acordo com a faixa populacional.
Para municípios com até 50 mil habitantes, serão destinados R$ 45 mil; entre 50.001 e 100 mil pessoas receberão R$ 90 mil, enquanto cidades com mais de 100 mil moradores serão beneficiadas com R$ 180 mil.
Confira a tabela ao lado
Os recursos destinados pelo Governo Federal vão ajudar 12.358 animais resgatados, até o momento, nos municípios gaúchos. “Eu chorava muito, lembrava do olhar do Fumaça. Não queria que ele achasse que eu o tinha abandonado. Consegui ajuda com o pessoal do Grad (Grupo de Resgate de Animais em Desastre), entrei na água e consegui resgatar meu Fumaça”, contou, emocionado, Arcy.
Para Arcy, os recursos vão ajudar muito. Ele lamenta a atual situação do Rio Grande do Sul. “Estamos vivendo uma situação muito difícil, perdemos bens materiais, mas muita gente perdeu a vida. Eu tive sorte com o Fumaça e vou poder cuidar dele, mas muitas famílias perderam seus animais”, lamentou.